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Cinema

FESTIVAL MIX BRASIL DE CULTURA DA DIVERSIDADE COMEMORA A SUA 30ª EDIÇÃO

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“Projeto Flâneur #Experimento nº1”. Foto: Divulgação.

Celebrando “Toda Forma de Existir”, o Festival Mix Brasil, maior evento cultural dedicado à diversidade da América Latina e um dos maiores do mundo, chega a sua 30ª edição ocupando oito espaços culturais de São Paulo. Com uma programação majoritariamente presencial, o evento inova mais uma vez, incluindo em sua programação experiências de realidades estendidas.

De 9 a 20 de novembro, o Festival traz 119 filmes de 35 países e de 12 estados brasileiros, experiências XR vindas da França, Holanda, Taiwan, China e Chile, 6 espetáculos teatrais inéditos, shows musicais, literatura, performances, palestras e workshops sobre temas relevantes para comunidade LGBTQIA+, Show do Gongo, além de homenagear com o prêmio Ícone Mix a artista multimídia Linn da Quebrada.

O Festival abrirá no dia 9 de novembro para convidados com o filme brasileiro “Três Tigres Tristes” de Gustavo Vinagre, vencedor do prêmio Teddy de Melhor longa no Festival de Berlim e inédito em São Paulo. A abertura também contará com a première do “Projeto Flâneur  #Experimento nº1” – que levará o público a flanar pelas histórias das minorias LGBTQIA+ pelo centro da cidade de São Paulo, mesclando as instalações em realidade virtual e aumentada com performances presenciais.

 

Cinema

O Panorama Internacional traz títulos, a maioria inéditos no Brasil, de diretores e atores que tiveram suas obras premiadas e selecionadas nas últimas edições dos festivais de Cannes, Berlim, Sundance, San Sebastian, Locarno, Tribeca, Toronto e Frameline. Entre os destaques estão “Close” de Lukas Dhont, que estará presente no Festival – seu  filme foi o vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes e indicado da Bélgica ao Oscar; “Algo Que Você Disse Ontem à Noite” de Luis De Filippis, levou o prêmio Sebastiane do Festival de San Sebastian; “Túnica Turquesa” de Maryam Touzani,  Prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes; “Nelly & Nadine” de Magnus Gertten, vencedor do Teddy de Melhor Documentário em Berlim, conta a história real de duas mulheres que se conheceram em um campo de concentração; e “Girl Picture”, Prêmio do público em Sundance e indicado da Finlândia ao Oscar 2023.

Já “Fogo-Fátuo”, exibido na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes; e “Winter Boy”, seleção oficial do Festival de Toronto, são os novos filmes do português João Pedro Rodrigues e do francês Christophe Honoré, respectivamente. Na lista dos internacionais ainda estão “Sublime” de Mariano Biasin, eleito o melhor filme  Latino em San Sebastián; “Antes Que Eu Mude de Ideia” de Trevor Anderson, melhor atuação para Vaughan Murrae  no Festival de Locarno; “Casa Susanna” de Sébastien Lifshitz, seleção oficial de Veneza; “The Five Devils” de Léa Mysius, protagonizado pela atriz francesa Adèle Exarchopoulos (de “Azul É a Cor Mais Quente”) e seleção oficial do Festival de Cannes;  “O Amor” de Shariff Nasr, Seleção oficial do Frameline; e “Objetos não Identificados” de Juan Felipe Zuleta, prêmio do público no Outfest Los Angeles.

 

Brasileiros

Amazonas, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo representam a cinematografia nacional nos oito longas e médias que compõem a Mostra Competitiva. Os títulos concorrendo ao Coelho de Ouro de melhor filme brasileiro são: “A Filha do Palhaço” de Pedro Diógenes, prêmio melhor atuação no Cine Ceará;  “Germino Pétalas no Asfalto”  de Coraci Ruiz e Julio Matos, melhor trilha sonora no Festival Guarnicê; “Paloma” de Marcelo Gomes, melhor longa da Première Brasil no Festival do Rio,  “Panteras” de Breno Baptista, seleção oficial do Queer Lisboa; “Regra 34” de Julia Murat, vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; “Transe” de Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor, “Três Tigres Tristes” de Gustavo Vinagre; e  “Uýra – A Retomada da Floresta” de Juliana Curi, eleito pelo público como melhor documentário no Frameline.

Já na programação de curtas-metragens, poderão ser assistidos filmes das cinco regiões do Brasil. Na Mostra Competitiva de Curtas, são 14 filmes de  diversos estados, trazendo um retrato dinâmico da viva e efervescente produção brasileira de curta-metragem. Outros trabalhos nacionais e estrangeiros compõem os 12 programas de curtas divididos pelos temas: “Campos de Batalha”, “Comedy Queers”, “Contos da Pérsia”, “Corações Indomáveis”, “Descolonize Minha Corpa”, “Gen Z”, “Lesbianas”, “Pais, Mães e Filhes”, “Pele Selvagem”, “Sweet & Sour” e  “Crescendo com a Diversidade”, este último destinado ao público de todas as idades. Os curtas da Competitiva Brasil estarão disponíveis online no Sesc Digital a partir de 14 de novembro.

A Spcine participa do 30º Festival Mix Brasil promovendo o MixLab SPcine – com mesas, workshop e um bate-papo com o cineasta belga Lukas Dhont – que discute suas ideias sobre o cinema e seu processo criativo em uma conversa com jovens realizadores brasileiros dentro do MixLab Spcine.  Toda a programação será na Biblioteca Mário de Andrade. A parceria com a Spcine também é representada por alguns títulos dos programas Queer.doc e Reframe que serão exibidos dentro da plataforma Spcine Play (www.spcineplay.com.br), de 14 a 23 de novembro.

 

Experiência XR – Realidades Estendidas

Ao completar 30 anos, o MixBrasil inclui na sua programação experiências XR de realidades estendidas. Essas imersões, as primeiras LGBTQIA+ XR já realizadas na América Latina, vêm da França, Holanda, Taiwan, China e Chile e ganham instalações específicas no Festival. Os visitantes vivenciarão experiências que misturam diferentes linguagens e recursos tecnológicos que tratam de temas como parentalidade pós-humana, transhumanismo, prazer feminino e diferentes identidades de gênero.

Entre elas estão “Projeto Flâneur  #Experimento nº1” que conta com ações interativas e imersivas, levando o público a flanar pelo centro da cidade de São Paulo; “Parentalidade Pós-Humana em Realidade Híbrida”, experiência transmídia que convida casais ou solteiros à ‘procriar’ digitalmente em uma clínica pós-humana usando Inteligência Artificial e simulação visual; “Lady Sapiens – The Experience”, uma viagem no corpo de uma mulher caçadora da era paleolítica; “Lips” convida o público a entrar em um corpo feminino para despertar seu desejo, por meio de toques privado e “No Vapor”, em uma sala cheia de neblina, silhuetas de homens, sozinhos, em pares ou em grupos, abandonam-se à exploração de sua sexualidade.

Ainda no campo tecnológico, o evento traz a mostra de NFTs “Encruzilhada Blockchain” – que reúne artistas LGBTQIA+ de práticas distintas no campo das artes: de carnavalescos a artistas olfativos, passando por escultores digitais, cineastas e performers. Suas obras apresentam estados de transição, corpos tornando-se outros, paisagens naufragadas e distorcidas, passando do natural ao artificial, do digital ao analógico.

 

Teatro e Show do Gongo

Há mais de 20 anos o teatro tem sido uma constante no Festival Mix Brasil.  Este ano seis espetáculos inéditos foram selecionados a partir do edital “Dramática” – valorizando a cena teatral LGBTQIA+ nacional.  São eles: “Útero de Eva” de Sophi Saphirah, no ultrassom, o médico e a mãe pensam que Evaristo é um menino. Ele revela ser Eva; e “Distrito T – Capítulo 1” de Ymoirá Micall, apresenta um recorte sobre um ambiente distópico, também conhecido como lugar nenhum, onde corpos dissidentes confluem ideias.

Completam a seleção as peças “Requiem de Guerra”de Giovana Lago e Don Giovanni, um jovem rapaz tem a delicadeza exorcizada de seu corpo, “Gênero Sapatão” de Natalia Mallo, “Chechênia: um estudo de caso” , parte das inúmeras notícias sobre a violenta política institucional contra homossexuais perpetrada pela Chechênia, “O Sacrifício de Cassamba Becker”,  de João Victor Toledo, sobre uma grande atriz depauperada impecável que finalmente se aposentou e hoje chama de lar o lixão de alguma praia perdida Brasil afora.

As estreias acontecem entre os dias 10 e 15 de novembro no Teatro Sérgio Cardoso e serão disponibilizadas nas plataformas digitais do #Mix e #CulturaEmCasa (https://culturaemcasa.com.br/).

O tradicionalíssimo “Show do Gongo” – em que desapegados realizadores apresentam seus vídeos para o julgamento do público do Mix Brasil, cabendo à fabulosa Marisa Orth traduzir o anseio popular e decidir se os filmes serão gongados ou avaliados pelo júri, volta ao Centro Cultural São Paulo. A plateia mais enlouquecida do Brasil se reúne no dia 16 de novembro a partir das 20h.

 

Música, Literatura e Conversa

O Mix Music,  primeiro festival de música voltado para o público LGBTQIA+ no Brasil, traz a cantora Assucena, depois de seis anos à frente da banda As Baías a artista apresenta seu show solo “Minha Voz e Eu”; Animais Obscenos, alia música, artes cênicas e performance, o show é parte integrante do espetáculo “História do Olho – Um conto de fadas pornô-noir”, e O Nascimento de Vênus,  segundo disco ao vivo de Filipe Catto, marcando sua transição de gênero como uma pessoa trans não-binária e trazendo ao público também um filme/espetáculo/documentário.  O evento traz ainda o esperado Mix Music Novos Talentos no Centro Cultural São Paulo com a apresentação sempre divertida de Silvetty Montilla.

O Mix Literário completa cinco anos unindo autores queer de todo o Brasil. Para comemorar, nesta edição haverá um encontro presencial com a grande escritora-violinista Léonor de Récondo. Com curadoria de Alexandre Rabello, a programação tem ainda Workshop de escrita criativa queer, lançamento do livro “Vagas Notícias de Melinha Marchiotti”, de João Silvério Trevisan, além de mesas com a participação de nomes fundamentais do mercado editorial nacional, autores e editores que discutem o lugar da comunidade LGBTQIA+ na produção literária, além de lançamentos editoriais e sarau.

Entre os destaques estão encontros e lançamentos sobre a edição revista e ampliada de “Seis balas num buraco só”, de João Silvério Trevisan, “Palavra de escritora, acadêmica e puta: fricções entre a confissão e a ficção” com a escritora argentina Camila Sosa Villada,  “Cartas, segredos, confissões: a intimidade queer sob lente de aumento” com Stênio Gardel e André Mung, “Como contar para as crianças: a emergência de uma literatura infantil de temática queer” com Raphaela Comisso e Janaína Leslão e  André Romano, além de outros encontros com escritores que a comunidade queer brasileira e internacional tem revelado e sobre  obras que ensinam.

O Mix Talks traz debates sobre Realidade virtual LGBTQIA+, temas atuais e relevantes, como: “Encruzilhada Blockchain – Exu e a produção LGBTQIAP+ de NFTs”, “As Subjetividades como Atos Perfomáticos” e “Feminismo: Protagonismo Feminino na Esfera Digital”.

Com direção de André Fischer, direção executiva de Josi Geller e direção de programação de Cinema de João Federici, o 30º Festival Mix Brasil  ocupa oito  espaços culturais de São Paulo: CineSesc, Espaço Itaú Augusta – Salas 3 e 4, Centro Cultural São Paulo – Salas Lima Barreto e Paulo Emilio, salas do Circuito Spcine, MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Teatro Sérgio Cardoso e Centro Cultural da Diversidade. Mas, o público de outros estados do Brasil não ficará de fora. A partir de 14 de novembro o Festival disponibiliza uma programação gratuita online.

Toda a programação do 30º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade poderá ser conferida no site mixbrasil.org.br e também através do Facebook: /FestivalMixBrasil, Instagram: @FestivalMixBrasil, Twitter: @fmixbrasil e Youtube: fmixbrasil. A programação online estreia a partir de 14 novembro e poderá ser assistida gratuitamente pelas plataformas do Sesc Digital (sesc.digital/home) e Spcine Play  (spcineplay.com.br/).

O evento é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e conta com a iniciativa da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Unilever, Mercado Livre, Itaú e Spcine e apoio do Sesc e Biblioteca Mário de Andrade.  Pelo segundo ano consecutivo, a Dentsu Creative é a responsável por toda a comunicação do Festival.

 

Serviço

30° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade

9 a 20 de novembro

Gratuito, exceto as sessões do Espaço Itaú Augusta, onde o público pagará o valor único de R$20,00 (em qualquer sessão).

 

Programação completa: mixbrasil.org.br

Locais:  CineSesc – Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do cinema 1h antes do início da sessão. (CINEMA)

Espaço Itaú Augusta  (salas 3 e 4) – Os ingressos começam a ser vendidos na bilheteria do cinema 1h antes do início da sessão. (CINEMA)

Centro Cultural São Paulo – (Salas Lima Barreto, Paulo Emílio, Adoniran Barbosa, Jardel Filho) – Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do espaço 1h antes do início da sessão. (CINEMA, MÚSICA, SHOW DO GONGO, PERFORMANCE)

Teatro Sérgio Cardoso – Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do espaço 1h antes do início da sessão. (Teatro)

MIS – Museu da Imagem e do Som – Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do espaço 1h antes do início da sessão. (EXPERIÊNCIA XR)

Biblioteca Mário de Andrade – (EXPERIÊNCIA XR, TALKS)

Cine Olido – (EXPERIÊNCIA XR).

*Para mais informações, consulte a bilheteria de cada espaço

Cinema

Vai até o dia 15/10 a 9ª edição da Mostra de Cinema Chinês de São Paulo| Gratuito.

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Vai até o dia 15/10 a 9ª edição da Mostra de Cinema Chinês de São Paulo| Gratuito

***na programação filmes premiados como “É só por um tempo”, a animação “Boonie Bears: Viagem no Tempo”, e o documentário “De Trem Bala para a China”

Vai até o dia 15 de outubro no CCSP (Centro Cultural São Paulo), com entrada gartuita, a 9ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo, realizada pelo Instituto Confúcio na Unesp. O evento celebra cinco décadas da cinematografia chinesa, trazendo 14 filmes clássicos e contemporâneos que passeiam por diversos aspectos da sociedade e cultura do país.

Com a curadoria de Shi Wenxue, mestre em Ciências do Cinema pela Academia de Cinema de Pequim e Lilith Li, fundadora da LiLiMB Culture, a programação da Mostra de Cinema Chinês deste ano nos leva a uma viagem cinematográfica pela China, suas tradições, sua modernidade e sua visão de mundo.

A programação traz a beleza natural do Planalto de Loess no clássico “Vida”, de Tianming Wuatém, e o retrato do amor urbano contemporâneo em “À Espera do Amor”, de Shixian Wu. Já “Vidas Comuns”, de Yulin Liu Putong Nannu, explora as nuances da vida jovem e adulta na China moderna.

Em “Pós-verdade”, de Chengpeng Dong, vencedor do prêmio de Filme Mais Comentado do Ano no Weibo Movie Night Awards, o telespectador reflete sobre valores sociais atuais, e “Quatro Primaveras”, de Qingyi Lu, considerado um dos Dez Melhores Filmes em Língua Chinesa segundo a Associação de Críticos de Cinema de Shanghai, captura a essência das estações do ano e Sabores da vida usa a gastronomia como metáfora para as experiências da vida.

A seleção dos longas também inclui exemplos da crescente indústria de animação chinesa, como “Boonie Bears: Viagem no Tempo”, de Huida Lin, considerado um dos filmes de animação mais influente de 2024 no Douyin Movie Wonder Night e produções que celebram as artes tradicionais, como “A Lenda da Serpente Branca”, de Xianfeng Zhang, entre outros.

O evento traz outra novidade em 2024, parte da Mostra será exibida em algumas cidades do interior paulista, nos “Pontos MIS”, do Museu da Imagem e do Som, em nova parceria, entre os dias 21/10 e 11/11. A programação e lista de cidades serão divulgadas em breve.

Programação completa:

9ª mostra de cinema 2024 – presencial

 

Serviço

9ª MOSTRA DE CINEMA CHINÊS

Até 15 de outubro no CCSP – Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 – São Paulo)| Sala Lima Barreto| 98 lugares

ENTRADA GRATUITA

Classificação Indicativa: Livre

Retirada dos ingressos: 1h30 antes da sessão

9ª mostra de cinema 2024 – presencial

Programação

Quinta-feira, 10 de outubro

15h00: À Espera do Amor (107 minutos)

17h15: A Lenda da Serpente Branca (101 minutos)

19h30: É Só Por um Tempo (103 minutos)

Sexta-feira, 11 de outubro

15h00: Sabores da Vida (115 minutos)

17h15: Fora dos Palcos (123 minutos)

19h40: Pós-verdade (112 minutos)

Sábado, 12 de outubro

15h30: Vidas Comuns (110 minutos)

17h40: É só por um tempo (103 minutos)

20h00: Quatro Primaveras (105 minutos)

Domingo, 13 de outubro

15h20: Boonie Bears: Viagem no Tempo (108 minutos)

17h30: Vida (125 minutos)

20h00: O Fio da Espada (102 minutos)

Terça-feira, 15 de outubro

15h00: O Fio da Espada (102 minutos)

17h10: Retorno ao Tibete (109 minutos)

19h30: Vida (125 minutos)

 

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Ciência

De 5 a 11 de outubro, o Sesc São Paulo amplia o alcance de um dos mais importantes eventos sul-americanos de produção audiovisual voltada para temáticas socioambientais: a Mostra Ecofalante de Cinema.

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14 filmes de 6 países, em 9 unidades do Sesc no estado debatem questões socioambientais na Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema.

 

 

De 5 a 11 de outubro, o Sesc São Paulo amplia o alcance de um dos mais importantes eventos sul-americanos de produção audiovisual voltada para temáticas socioambientais: a Mostra Ecofalante de Cinema. A Itinerância do festival, com programação gratuita, leva um recorte da programação da Mostra, que aconteceu no mês de agosto na capital paulista, para o interior e litoral do estado.

As unidades do Sesc Bertioga, Birigui, Guarulhos, Itaquera, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Registro, Sorocaba e Santos serão palco de bate-papos e exibições de filmes que abordam temas como emergência climática, agricultura regenerativa, ativismo e direitos trabalhistas, entre outros, apresentados na 13ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema.

Entre os filmes internacionais, destaca-se “Solo Comum”. Premiado no Festival de Tribeca (EUA), o longa dirigido por Joshua e Rebecca Harrell Tickell aborda a agricultura regenerativa e seus benefícios para o solo, a saúde e a regulação do clima. A obra conta com a participação de celebridades como Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson e será exibida nas unidades de Ribeirão Preto, Itaquera, Mogi das Cruzes e Birigui.

Outro filme que circulará por diversas unidades – Santos, Ribeirão Preto, Itaquera e Guarulhos – é “Food, Inc. 2”. Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou sobre uma realidade preocupante: as refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais, com corporações multinacionais aumentando sua influência. “Food, Inc. 2”, de Robert Kenner e Melissa Robledo, revela que as empresas alimentícias apenas reforçaram seu controle sobre os supermercados. O filme acompanha agricultores inovadores, produtores de alimentos visionários, ativistas dos direitos trabalhistas e legisladores que enfrentam essas empresas para inspirar mudanças e construir um futuro mais saudável e sustentável.

O Sesc Ribeirão Preto recebe com exclusividade os títulos “Filhos do Katrina”, “Humano Não-Humano” e “Rowdy Girl: Santuário Animal”. O primeiro, vencedor do prêmio de melhor documentário de cineasta estreante no Festival de Tribeca, revela que o furacão Katrina não apenas destruiu parte de Nova Orleans em 2005, mas também transformou a vida de muitos jovens, incluindo o diretor Edward Buckles Jr., que tinha apenas 13 anos na época. “Filhos do Katrina” dá voz àqueles que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo. A relação do longa com as recentes tragédias no Rio Grande do Sul reforça a necessidade urgente da adaptação das cidades às mudanças climáticas.

O curta belga “Humano Não-Humano”, de Natan Castay, questiona a noção de humanidade por meio de um trabalhador que desfoca rostos no Google Street View por um centavo cada. O filme foi premiado como melhor curta-metragem documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica), recebeu menção honrosa no Doclisboa e foi selecionado para festivais como Gotemburgo, Helsinque, Visions du Réel (Suíça) e o Festival de Documentários de Montreal.

Em “Rowdy Girl: Santuário Animal”, de Jason Goldman, uma ex-criadora de gado do Texas se torna vegana e transforma o negócio de carne bovina de seu marido em um santuário de animais. O filme foi destaque no Hot Docs, um dos mais importantes festivais de documentários da América.

Birigui, Itaquera e Santos exibem “TikTok, Boom”, de Shalini Kantayya, uma ativista ambiental cujos filmes exploram direitos humanos na intersecção entre ciência e tecnologia. Lançada no Festival de Sundance, a produção traz histórias pessoais do aplicativo mais baixado do mundo, contadas por nativos da Geração Z, jornalistas e especialistas.

Água é Vida!”, de Will Parrinello, será exibido no Sesc Piracicaba e Sesc Santos, e causou impacto no Festival de Mill Valley (EUA), onde venceu o prêmio do público. Com a participação de Diego Luna, o longa revela que, enquanto a mineração e as hidrelétricas ameaçam o abastecimento de água na América Central e do Sul, os povos indígenas lutam para proteger seus recursos e modos de vida. A câmera segue três líderes comunitários que enfrentam riscos de cárcere e assassinato enquanto lideram movimentos para proteger a água de empresas estrangeiras e governos corruptos.

As unidades de Guarulhos e Santos exibem “Plastic Fantastic”, da alemã Isa Willinger, que revela que plásticos estão por toda parte — existem 500 vezes mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas na galáxia. O longa participou de importantes festivais internacionais de documentários, como CPH (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e o Festival de Documentários de Munique.

Os padrões globais de cleptocracia e extrativismo são examinados no sueco “Breaking Social: O Fim do Contrato Social”, de Fredrik Gertten, presente na programação do Sesc Registro. O filme foca naqueles que quebram o chamado contrato social e recorrem a paraísos fiscais, colhendo lucros sem retribuir à sociedade. A obra circulou nos principais festivais de documentários, como IDFA (Amsterdã), Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH (Dinamarca) e Dokufest (Kosovo).

A coprodução EUA/Quênia, consagrada no Festival de Tribeca, onde foi eleita melhor documentário e venceu o prêmio de melhor fotografia, “Entre as Chuvas” será apresentada no Sesc Piracicaba. Filmado ao longo de quatro anos, a obra foca em uma comunidade queniana cuja infância se vê presa em uma cultura tradicional vítima das mudanças climáticas. Um jovem pastor questiona não apenas seu caminho como guerreiro, mas também a erosão cultural que moldou sua vida. A direção é de Andrew H. Brown e Moses Thuranira.

Outra coprodução, entre Brasil e França, “Samuel e a Luz” será exibida nos Sesc Bertioga e Guarulhos, mostrando o impacto da chegada da eletricidade e do turismo no cotidiano de um vilarejo de pescadores na costa de Paraty (RJ). Dirigido por Vinícius Girnys, o longa foi vencedor do prêmio de melhor documentário e do Prêmio Feisal no Festival de Guadalajara (México), e recebeu o prêmio de melhor documentário na Mostra Internacional de São Paulo, além de participar de festivais como Visions du Réel (Suíça), Hot Docs (Canadá), Festival de Cartagena, Porto/Post/Doc (Portugal), Festival de Dublin (Irlanda), Cinélatino (EUA), Rencontres de Toulouse (França) e Movies That Matter (Holanda).

Entre os títulos brasileiros que compõem a Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema, destaca-se “Rejeito”. Com exibição programada nas unidades do Sesc em Bertioga, Piracicaba, Registro, Guarulhos e Sorocaba, o filme alerta que, após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam milhões de pessoas em Minas Gerais. A obra, dirigida por Pedro de Filippis, mostra uma conselheira ambiental confrontando o modus operandi do governo e das mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas. O filme acumula uma respeitável trajetória, tendo vencido o prêmio de melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO), o prêmio da juventude no CineEco (Portugal) e menção especial no Festival Indie Memphis (EUA).

 

O longa paranaense “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” será exibido nas unidades Ribeirão Preto, Sorocaba, Piracicaba e Bertioga e revela como, no coração da Floresta Amazônica, um povo originário está vivenciando o renascimento de sua identidade após décadas de escravidão e opressão. Desde o ano 2000, os Huni Kuin, da Terra Indígena Humaitá, começaram a resgatar sua cultura e modo de vida ancestral. Dirigido por Lara Jacoski e Patrick Belem, o filme foi vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (EUA).

No longa “Memórias da Chuva”, apresentado no Sesc Bertioga, o veterano cineasta cearense Wolney Oliveira retrata a população obrigada a abandonar uma cidade do interior para dar lugar à construção de um açude que abastecerá a capital do estado. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos; da velha cidade, só restaram lembranças. Exibido no Festival de Havana, o filme venceu o prêmio de melhor edição e o prêmio do público no Fest Aruanda.

Além das exibições, a programação — totalmente gratuita — inclui bate-papos e oficinas, com o objetivo de ampliar os debates e reflexões sobre os temas abordados.

A programação completa está disponível em sescsp.org.br/itineranciaecofalante.

Serviço:

Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema

De 5 a 11 de outubro

Unidades do Sesc: Bertioga, Birigui, Guarulhos, Itaquera, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Registro, Sorocaba e Santos.

Grátis

sescsp.org.br/itineranciaecofalante

 

 Sinopses:

* “Água é Vida!” (“Water for Life”, EUA, 2023, 91 min) – Will Parrinello
Enquanto a mineração e as hidrelétricas ameaçam o abastecimento de água na América Central e do Sul, os povos indígenas lutam para proteger os seus recursos e modo de vida. O documentário acompanha três líderes comunitários que enfrentam riscos de cárcere e assassinato enquanto lideram movimentos para proteger a água de empresas estrangeiras e governos corruptos. O direito à água potável é um problema global – na América Latina, tornou-se uma questão de vida ou morte. Com participação do ator Diego Luna.
Vencedor do prêmio do público no Festival de Mill Valley (EUA).

* “Breaking Social: O Fim do Contrato Social” (“Breaking Social”, Suécia, 2023, 92 min) – Fredrik Gertten

Todas as sociedades se baseiam na ideia de um contrato social. Nos é dito que se trabalharmos arduamente, se tratarmos os outros com respeito, se cumprirmos as regras, seremos recompensados. Mas há também aqueles que quebram as regras, que recorrem aos paraísos fiscais e colhem lucros sem retribuir à sociedade. O filme examina os padrões globais de cleptocracia e extrativismo.

Exibido no IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo), Festival de Documentários de Munique e Bergan (EUA).

* “Entre as Chuvas” (“Between the Rains”, EUA/Quênia, 2023, 82 min) – Andrew H. Brown e Moses Thuranira

Filme realizado em colaboração com a comunidade Turkana-Ngaremara, do Quênia, que busca compreender as experiências de uma infância presa em uma cultura tradicional que é vítima das mudanças climáticas.

Vencedor dos prêmios de melhor documentário e melhor fotografia no Festival de Tribeca; melhor documentário internacional no Festival de Calgary (Canadá); exibido no Sheffield DocFest (Reino Unido) e no Festival de Zurique.

* “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (Brasil-PR, 2023, 70 min) – Lara Jacoski e Patrick Belem

No coração da Floresta Amazônica brasileira, o povo originário Huni Kuin está experenciando o renascimento de sua identidade depois de décadas de escravidão e opressão, desde quando capturados nas florestas e proibidos de viver sua cultura. Foi apenas a partir do ano 2000 que os Huni Kuin da Terra Indígena Humaitá, começaram a se lembrar de quem eram ao se unirem a recordar de sua cultura e modo de vida ancestral e espiritual. Após mais de 20 anos de fortalecimento através da guiança do líder espiritual Ninawá Pai da Mata, as comunidades da Terra Indígena do Humaitá vivem hoje um ápice cultural.

Vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (ambos nos EUA).

* “Filhos do Katrina” (“Katrina Babies”, EUA, 2021, 79 min) – Edward Buckles Jr.

Em 2005, o furacão Katrina não apenas destruiu grande parte da cidade de Nova Orleans, mas também mudou para sempre a vida de muitos jovens. O cineasta Edward Buckles Jr. tinha 13 anos quando isso aconteceu. Neste seu filme de estreia, ele dá voz aos que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo da época.

Vencedor do prêmio de melhor documentário de diretor estreante no Festival de Tribeca; exibido no Festival de Zurique

* “Food, Inc. 2” (EUA, 2023, 94 min) – Robert Kenner e Melissa Robledo

Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou os sobre uma realidade preocupante: as suas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais. E, no entanto, como revela esta poderosa continuação, os senhores supremos das empresas e da alimentação apenas reforçaram o seu controle sobre as nossas quintas e lojas.

Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Telluride (EUA) e Docville (Bélgica).

* “Humano Não-Humano” (“En Attendant Les Robots”, Bélgica, 2023, 38 min) – Natan Castay

O Turco Mecânico foi um autômato construído no século 18 que venceu as cortes europeias no xadrez. Indignado com a sua derrota, Napoleão exigiu que se desmontasse a máquina e assim revelou a fraude: nas entranhas mecânicas estava um ser humano. Hoje, essa anedota deu nome à plataforma de micro tarefas da Amazon, a Amazon Mechanical Turk. Otto passa noite e dia desfocando rostos no Google Street View por um centavo cada. Ao lado de seus colegas, Otto mergulha em um mundo robótico que questiona a noção de humanidade.

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica); menção honrosa no Doclisboa; exibido nos festivais de Gotemburgo, Helsinque, Visions du Réel (Suíça), Festival de Documentários de Montreal e Festival de Curtas de Pequim.

* “Memórias da Chuva” (Brasil-CE, 2023, 76 min) – Wolney Oliveira

A população de Jaguaribara, cidade do interior cearense, distante 162 km de Fortaleza, é obrigada a abandonar sua cidade para dar lugar a construção do Castanhão, açude que vai fornecer água para Fortaleza. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos, da velha cidade só restou lembranças.

Vencedor do prêmio de melhor edição e prêmio do público na Mostra Sob o Céu Nordestino no Fest Aruanda; exibido no Festival de Havana.

* “Plastic Fantastic” (Alemanha, 2023, 102 min) – Isa Willinger

Sobre diferentes atores que lidam com a produção de plástico, por um lado, e com a sua eliminação, por outro. Torna-se claro que todos vivemos num sistema interligado.

Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e no Festival de Documentários de Munique. 

* “Rejeito” (Brasil-SP/EUA, 2023, 75 min) – Pedro de Filippis

Após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. Uma conselheira ambiental do Estado confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas.

Vencedor do prêmio de melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO); prêmio da juventude no CineEco (Portugal); menção especial no Festival Indie Memphis (EUA); exibido no IDFA-Amsterdã, Cinéma du Réel (França), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Camden (EUA).

* “Rowdy Girl: Santuário Animal” (“Rowdy Girl”, EUA, 2023, 72 min) – Jason Goldman

Determinada a tornar o planeta um lugar melhor, a ex-criadora de gado do Texas, Renee King-Sonnen, transforma a operação de carne bovina de seu marido em um santuário de animais de fazenda, incentivando outros agricultores a fazer a transição da agricultura animal para a produção de alimentos à base de plantas.

Exibido no Hot Docs (Canadá) e no Festival de Hamptons (EUA).

* “Solo Comum” (“Common Ground”, EUA, 2023, 95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell

A solução dos agricultores regenerativos para trazer a saúde do solo em todo o continente e além.

Vencedor do prêmio Human/Nature no Festival de Tribeca; prêmio do público no Festival de Palm Springs; exibido nos festivais de Vancouver e Mill Valley (EUA).

* “TikTok, Boom” (EUA, 2022, 97 min) – Shalini Kantayya

Dissecando uma das plataformas de mídias sociais mais influentes do cenário contemporâneo, o documentário examina os aspectos algorítmico, sociopolítico e econômico, as influências culturais e o impacto do aplicativo. Embora o filme compartilhe um interesse genuíno na comunidade TikTok e em sua mecânica inovadora, traz também um saudável ceticismo em torno das questões de segurança, dos desafios políticos globais e dos preconceitos raciais por trás da rede.

Exibido nos Festival de Sundance, SXSW, Festival de São Francisco, CPH:DOX (Dinamarca) e no Festival de Zurique.

 

                                           Informações para a imprensa:

 

Marina Reis l marina.reis@sescsp.org.br l (11) 2607-8455 l (11) 97633-1152

Cinthya Martins l cinthya.martins@sescsp.org.br l (11) 2067- 3855

Aline Ribenboim l aline.ribenboim@sescsp.org.br I (11) 26078559

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Cinema

Evento será entre 24 e 29 de setembro na capital mineira com programação inteiramente gratuita que inclui homenagem a Anna Muylaert, tributo a Alejandro Jodorowsky, pré-estreias latinas e filmes brasileiros premiados.

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A 18ª edição da CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte, vai acontecer entre os dias 24 e 29 de setembro, transformando a cidade mineira na capital do cinema. Serão exibidos 110 filmes (59 longas, 2 médias e 49 curtas), de 15 países (Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Espanha, França, México, Panamá, República Dominicana e Uruguai) e 13 estados brasileiros (AL, AM, BA, ES, GO, MG, MS, PA, PB, PE, PR, RJ e SP), em 75 sessões, todas com entrada franca, distribuídos em 10 mostras temáticas: Continente, Território, Homenagem, Diálogos Históricos, A Cidade em Movimento, Vertentes, Praça, Curtas-metragens, CineMundi, Mostrinha, Cine-Escola e IC Play.

As projeções se espalham por 10 espaços de Belo Horizonte: Cine Theatro Brasil (Grande Teatro e Teatro de Câmara), Fundação Clóvis Salgado (Cine Humberto Mauro, Sala João Ceschiatti, Sala Juvenal Dias, Jardim Interno e Jardim do Parque), salas de cinema do Centro Cultural Minas Tênis Clube, Una Cine Belas Artes, Cine Santa Tereza, Teatro Sesiminas, Cine Cardume Rodoviária, Praça da Liberdade e Casa da Mostra.

A CineBH é uma importante plataforma para a exibição e discussão do cinema, com foco na produção latino-americana, e promove intercâmbio cultural e artístico entre filmes e realizadores do continente numa seleção diversificada de trabalhos que abordam questões sociais, políticas e culturais nas narrativas cinematográficas da América Latina. Confira a seguir os recortes da Mostra.

MOSTRA TERRITÓRIO E MOSTRA CONTINENTE

 

O tema deste ano na CineBH é “Estados do Cinema Latino-Americano” e irá percorrer vários dos 20 filmes programados para as seções latino-americanas, divididas nas mostras Território, de caráter competitivo, para realizadores em início de carreira de longa-metragem, e Continente, não competitiva. Os país que aparecem com trabalhos na seleção são Brasil, República Dominicana, Uruguai, Argentina, Colômbia, Chile, Panamá, Argentina, Costa Rica e México. A maior parte dos títulos é inédita no país e se diferencia por aproximações e abordagens do continente fora dos padrões estabelecidos principalmente em eventos europeus.

Na Mostra Continente, os filmes inéditos no país que ganham pré-estreia na CineBH são:
“Nada”, de Adriano Guimarães (Brasil)
“Maestra”, de Bruna Piantino (Brasil)
“Maldita Eva”, de Pablo Spatola (Argentina)
“Pibas Superpoderosas”, de Leonora Kievsky (Argentina)
“Altamar”, de Ernesto Jara Vargas (Costa Rica)

Já os inéditos da Mostra Território são:
“Mala Reputación”, de Marta Garcia, Sol Infante Zamudio (Uruguai/Argentina)
“Carropasajero”, de Juan Pablo Polanco Carranza, Cesar Alejandro Jaimes Léo (Colômbia)
“Sariri”, de Laura Donoso (Chile)
“Posesión Suprema”, de Lucas Silva (Colômbia)
“Ausente”, de Ana Carolina Soares (Brasil)
“Las Almas”, de Laura Basombrío (Argentina)
“Suraras”, de Barbara Marcel (Brasil/Alemanha)

Além destes, a Continente inclui os seguintes títulos: “La Mujer Salvaje”, de Alán González (Cuba); “Ramona”, de Victoria Linares Villegas (República Dominicana); “Idade da Pedra”, de Renan Rovida (Brasil); “Praia Formosa”, de Julia De Simone (Brasil e Portugal); “Pepe”, de Nelson Carlos de los Santos Arias (República Dominicana/Namíbia/ Colômbia); “Rio Vermelho”, de Guillermo Quintero (Colômbia); e “Dois Sertões”, de Caio Resende, Fabiana Leite (Brasil). Já a Território é completada por “Bila Burba”, de Duiren Wagua (Panamá).

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui e aqui.

MOSTRA VERTENTES

Estreante na programação da CineBH, a proposta da Mostra Vertentes é exibir um cinema brasileiro cujo caminho já foi iniciado por seus realizadores e, por isso, provocam expectativa e curiosidade – seja pela presença de sucesso em outros festivais, por suas trajetórias ao redor mundo, pelos nomes envolvidos ou então a conjugação de tudo isso. O fundamental da Vertentes é apresentar ao público trajetórias em andamento, com suas errâncias que, por fatores diversos, trouxeram-nas até os nossos olhares em Belo Horizonte. Como um riacho que se divide em diversos fluxos de itinerários e destinos, as vertentes simbolizam direções particulares, carregando histórias, conflitos, transformações e redescobertas multifacetadas.

Os títulos desta primeira edição da Mostra Vertentes, todos inéditos em Belo Horizonte, são: “O Dia que Te Conheci”, de André Novais Oliveira (MG); “Pasárgada”, de Dira Paes (SP/RJ); “Barba Ensopada de Sangue”, de Aly Muritiba (SP); e “Oeste Outra Vez”, de Erico Rassi (GO).

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui.

MOSTRA HOMENAGEM

A 18ª CineBH prestará uma homenagem especial à cineasta paulista Anna Muylaert, uma das vozes mais marcantes do cinema brasileiro contemporâneo. A celebração ocorrerá na noite de 24 de setembro, no prestigiado Cine Theatro Brasil, onde a diretora estará presente para a exibição em pré-estreia de seu novo filme, “O Clube das Mulheres de Negócios” . O trabalho de Muylaert é conhecido por seus personagens complexos e contraditórios, que muitas vezes refletem as tensões sociais brasileiras, desde as dinâmicas de poder entre homens e mulheres até as relações entre empregadores e empregados.

Durante a mostra, terão sessões presenciais, em vários espaços da cidade, os seguintes filmes de Muylaert: “Que Horas Ela Volta?” (2015), “Durval Discos” (2002), “Alvorada” (2022) e “Mãe Só Há Uma” (2016). Estes e todos os outros títulos dirigidos por Anna Muylaert, incluindo curtas e longas-metragens, poderão ser vistos na plataforma online da CineBH, gratuitamente, durante o período do festival.

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui.

MOSTRA PRAÇA

A Mostra Praça desta edição da CineBH está dedicada à música, seja por documentários que perfilam grupos e sonoridades à ficção cujo ponto de partida é uma loja de discos de vinil e no qual o ritmo narrativo é cadenciado pela musicalidade. Num ambiente a céu aberto, rodeado de árvores, transeuntes, vento e tudo que forma a paisagem urbana, assistir a esses filmes será algo próximo a participar de grandes concertos, aqui intermediados pela linguagem do cinema a conduzir atenções e sensibilidades.

Os filmes serão exibidos na Praça da Liberdade, espaço de grande importância cultural e cartão postal da cidade. Os títulos serão os documetários “Nada Será como Antes – A Música do Clube da Esquina”, de Ana Rieper, e “Luiz Melodia – No Coração do Brasil”, de Alessandra Dorgan; a ficção “Durval Discos”, de Anna Muylaert, em cópia restaurada; e a animação “Teca e Tuti – Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido,Tiago MAL e Diego M. Doimo, além de curtas da Mostrinha.

MOSTRA CINEMUNDI

Na celebração dos 15 anos do Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting, há uma seleção de alguns dos títulos de maior repercussão cujos projetos passaram pelo maior programa de coprodução do audiovisual brasileiro, além de aguardadas pré-estreias. O recorte terá filmes em exibição em formato online, na plataforma do evento, e também presencialmente, na capital mineira. Os títulos a serem exibidos em formato presencial são: “Levante”, de Lillah Hallah (2023, RJ/SP); “Elon Não Acredita na Morte”, de Ricardo Alves Jr. (2016, MG); “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (2019, Brasil/França); “Benzinho”, de Gustavo Pizzi (2018, RJ); “Amor, Plástico e Barulho”, de Renata Pinheiro (2013, PE); “Tinta Bruta”, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (2018, RS); “A Transformação de Canuto”, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho (2023, PE / SP/ RS); e “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges (2023, BA).

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui.

MOSTRA DIÁLOGOS HISTÓRICOS

A proposta desta edição da Mostra Diálogos Históricos, sempre voltada a um olhar ao passado reconfigurado no presente, é prestar tributo aos 95 anos do cineasta chileno Alejandro Jodorowsky exibindo seus filmes de começo de carreira, todos produzidos no México: “Fando e Lis” (1967), “El Topo” (1970) e “A Montanha Sagrada” (1973). A ideia é retornar ao princípio da trajetória cinematográfica de Jodorowsky tendo por base sua forte relação com a América Latina. Estes três títulos foram os únicos dele feitos integralmente no continente.

Multiartista nascido no Chile em 1929, Jodorowsky trabalhou com circo, mímica, histórias em quadrinhos, teatro e tarô. Seu primeiro filme, inserido no meio de todas essas atividades, foi o curta-metragem “A Gravata” (1957), realizado na França, mas só dez anos depois ele de fato fez do cinema uma atividade mais constante. O primeiro longa-metragem foi “Fando e Lis” (1968), já no México, para onde se mudou em 1960 depois de se desiludir com os rumos políticos e sociais do Chile e de uma breve estada em Paris.

Todas as sessões serão acompanhadas de um bate-papo com o professor e pesquisador Estevão Garcia, um dos principais estudiosos no Brasil da obra de Alejandro Jodorowsky.
MOSTRA A CIDADE EM MOVIMENTO

A mostra A Cidade em Movimento exibe produções independentes de Belo Horizonte e região metropolitana em diálogo direto com a vivência nas cidades. Este ano, o tema é “Imagens de uma cidade criativa”, com filmes de distintos formatos e gêneros, de qualquer ano de produção, para o diálogo acerca de assuntos e questões da cidade do ponto de vista social, político, ambiental e cultural. O objetivo é expor as curvas, arcos e bordas e encontrar, nesse movimento, uma cidade que reconhece e reluz sua potência criativa, ao passo que historiciza e reivindica sempre novos amanhãs.

Foram selecionados 20 filmes, entre curtas e longas-metragens, que serão exibidos em seis sessões acompanhadas de recortes temáticos e rodas de conversas com militantes e pesquisadores. Os temas, com respectivos participantes, são “Presença: maternidade solo e políticas de cuidado”, com Dera; “Corpo-território: lugar de memória e resistência”, com Robert Frank; “Existências trans e não-bináries: amor, deboche e futurismo”, com Túlio Colombo; “Arte e desejo: corpos em criação”, com Henrique Limadre; e “Entre(laços) e gerações”, com Cristina Tolentino.

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas da Mostra A Cidade em Movimento aqui.

MOSTRA DE CURTAS-METRAGENS

Em 17 curtas-metragens, divididos por quatro sessões, o espectador da CineBH vai se deparar com filmes de tentativas poéticas que tensionam e modulam, cada qual a seu modo, um jeito de ser e estar no mundo, de olhar para o território e o país a partir de um princípio que foge do real propriamente dito para envergar-se em direção a suas tessituras, especulações e fendas. O curta-metragem, ainda que pessoal, ainda que autorreferencial, pode ser um reino de ficções — de si e do outro. Olhar para estes filmes é tentar dar vazão a obras de diferentes estados a partir de abordagens com a linguagem que conversam com momentos políticos atuais sem abrir mão de tentar inventar, com mais ou menos grana, um modo formal que queira, antes de tudo, encenar, reavivar uma práxis do cinema que existe enquanto tal a partir de uma desvinculação com a verdade.

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui.

MOSTRINHA E CINE ESCOLA

Para toda família, a CineBH promove a Mostrinha de Cinema, com sessões no Minas Tênis Clube, no Cine Santa Tereza e na Praça da Liberdade. As sessões serão acompanhadas pelos personagens da Turma do Pipoca e intervenções circenses. Os filmes este ano são as animações “Teca e Tuti – Uma Noite na Biblioteca” e “Brichos 3: Megavírus” e uma série de curtas-metragens para todas as idades. Já as Sessões Cine-Escola são promovidas para estudantes e educadores em dez sessões de filmes, com exibição de produções brasileiras entre longa e curtas, programados por faixas etárias (5 a 7 anos, 8 a 10 anos, 11 a 13 anos e a partir de 14 anos) em três espaços da cidade: Teatro Sesiminas, Cine Santa Tereza e Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec. As sessões são destinadas às escolas inscritas previamente pelo site cinebh.com.br.

PROGRAMAÇÃO ONLINE
Diversos títulos que integram a 18ª CineBH integrarão a programação online do evento, que vai reunir títulos, alguns exibidos apenas neste formato, na plataforma do evento cinebh.com.br. A seleção inclui títulos da Mostra CineMundi, da Mostra A Cidade em Movimento e da Mostra Homenagem e serão disponibilizados para visualização simultaneamente à realização da programação presencial da Mostra na capital mineira.

Além disso, um recorte especial com 7 curtas exibidos no evento farão parte da programação da Mostra Tiradentes na plataforma IC Play. Os filmes serão exibidos gratuitamente de 25 de setembro a 9 de outubro no site: https://www.itauculturalplay.com.br/.

ACESSE AQUI A SELEÇÃO DE FILMES DA 18ª CINEBH

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A 18ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e o 15º Brasil CineMundi integram o Cinema sem Fronteiras 2024 – programa internacional de audiovisual idealizado pela Universo Produção e que reúne também a Mostra de Cinema de Tiradentes (centrada na produção contemporânea, em janeiro) e a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto (que difunde o audiovisual como patrimônio e ferramenta de educação, em junho).
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SERVIÇO
18a CINEBH – MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE BELO HORIZONTE
24 a 29 de setembro de 2024 | PROGRAMAÇÃO GRATUITA

LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA
LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA
Patrocínio: CLARO, AYMORÉ, ANCINE, ITAÚ, COPASA, CODEMGE/GOVERNO DE MINAS GERAIS
Parceria Cultural: INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL, CASA DA MOSTRA, CIRCUITO LIBERDADE/FUNDAÇÃO CLOVIS SALGADO/GOVERNO DE MINAS GERAIS

Idealização e realização: UNIVERSO PRODUÇÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E TURISMO DE MINAS GERAIS
MINISTÉRIO DA CULTURA | GOVERNO FEDERAL – UNIÃO E RECONSTRUÇÃO

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Informações pelo telefone: (31) 3282-2366
No Instagram: @universoproducao
No Youtube: Universo Produção
No Twitter: @universoprod
No Facebook: brasilcinemundi/cinebh / universoproducao
No LinkedIn: universo-produção
Site oficial do evento: www.cinebh.com.br

Link para fotos |https://www.flickr.com/photos/universoproducao/

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Universo Produção- Laura Tupynambá– (31) 3282.2366 -imprensa@universoproducao.com.br
Jozane Faleiro – (31) 992046367 – jozane@luzcomunicacao.com.br
Wandra Araújo – (31) 999645007 – imprensa@luzcomunicacao.com.br
Eliz Ferreira – (11) 991102442 – eliz@atticomunicacao.com.br
Valéria Blanco – (11) 991050441 – atticomunicacao1@gmail.com
Produção de textos: Marcelo Miranda e Luz Comunicação

 

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