Economia
O Dólar abaixo dos R$ 5: reflexões sobre o momento econômico atual
*Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank, e **Cássio Zeni, sócio da Rubik Capital
No cenário econômico atual, um dos indicadores que tem chamado a atenção é a queda do dólar frente ao real. Desde março de 2020, a moeda norte-americana atingiu pela primeira vez o patamar dos R$ 5 e permaneceu assim por boa parte do período até março de 2022. Já desde abril de 2023, esse valor vem se mantendo em um nível menor.
Em dezembro, a queda acontecia com o mercado ainda repercutindo a indicação do Federal Reserve de que os juros podem começar a cair em 2024. Não à toa, a decisão de política monetária do Banco Central do Brasil veio em linha com as expectativas.
Segundo o Relatório Focus, publicado no dia 18 do último mês de 2023 pela instituição financeira brasileira, a projeção para o dólar recuou de R$ 4,95 para R$ 4,93 no período, enquanto para o próximo ano a expectativa foi mantida em R$ 5,00. Já em 2025 a projeção caiu de R$ 5,10 para R$ 5,08, e em 2026 também há uma estimativa de diminuição, de R$ 5,15 para R$ 5,11.
Esse novo patamar carrega implicações diversas para a economia brasileira e merece uma análise mais detalhada.
Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank, comenta que o valor do dólar em relação ao real está intrinsecamente ligado a uma série de fatores, incluindo políticas monetárias, fluxos de comércio internacional, cenário político e econômico global, entre outros. Por isso, a queda abaixo dos R$ 5 pode ser interpretada como um reflexo de um conjunto de variáveis que impactam diretamente o mercado de câmbio.
Uma delas é a política de juros adotada pelo Bacen, que busca controlar a inflação e estimular o crescimento econômico. Cássio Zeni, sócio da Rubik Capital, explica que as taxas de juros mais baixas no Brasil podem tornar os investimentos em real mais atraentes, diminuindo a demanda por dólares. Além disso, a retomada da confiança dos investidores estrangeiros na economia brasileira pode contribuir para a valorização da moeda nacional.
Ou seja, a desvalorização do dólar tem implicações diretas nas transações comerciais do Brasil. As importações tornam-se mais acessíveis, o que possivelmente beneficiará empresas que dependem de insumos estrangeiros, reduzindo custos de produção e, por conseguinte, os preços ao consumidor. No entanto, as exportações também podem ser impactadas negativamente, tornando os produtos brasileiros mais caros no mercado internacional.
Em resumo, diferentes setores da economia são afetados de maneira distinta pela queda do dólar. Companhias que dependem fortemente de materiais importados, como aquelas do setor tecnológico, podem experimentar melhorias em suas margens de lucro. Por outro lado, indústrias exportadoras devem enfrentar desafios na competitividade de seu portfólio.
Como os investidores devem agir nesse contexto?
O investidor brasileiro é apresentado a uma nova oportunidade de entrada no mercado exterior com a redução do valor do dólar. A possibilidade de investir em produtos atrelados à moeda norte-americana se torna chamativa, como forma de proteção da volatilidade encontrada no Brasil e levando em consideração a presente valorização do real.
Inclusive, dados mensais do Investimento Direto no Exterior (IDE) publicados pelo Bacen reforçam esse movimento. De acordo com a instituição financeira, cerca de USD 4,3 bilhões, alta do ano, foram investidos em companhias no exterior no mês de outubro de 2023.
Zeni ressalta que tem se tornado cada vez mais fácil investir fora do Brasil, com muitos bancos e corretoras abrindo os caminhos para o investimento offshore, em especial nos Estados Unidos. Desse modo, ao aumentar a exposição ao dólar e à bolsa americana, o investidor diversifica sua carteira, reduzindo os riscos atrelados ao território brasileiro e obtendo acesso ao mercado mais desenvolvido do mundo.
Já Bazzo enfatiza que o poder de compra da população deve crescer com a situação, principalmente, em relação a eletrônicos, veículos e outros bens de consumo importados. Por outro lado, vale frisar que é fundamental reconhecer que as flutuações cambiais são normais em economias globais interconectadas. Assim, o impacto dessa mudança no câmbio dependerá, em grande parte, de como o País aproveitará as oportunidades que surgem no caminho.
O governo, empresas e consumidores não podem perder a atenção aos desenvolvimentos econômicos e ajuste de estratégias conforme o necessário. A estabilidade cambial é um objetivo almejado, mas a compreensão e adaptação às mudanças são cruciais para garantir um crescimento financeiro sustentável e equilibrado.
*Luiz Felipe Bazzo é CEO do transferbank, uma das principais soluções de pagamentos e recebimentos internacionais do Brasil.
**Cássio Zeni, sócio da Rubik Capital, gestora de recursos especializada em consultoria financeira.
Economia
Aumento no transporte rodoviário de cargas na Região Centro Oeste traz aumento no PIB e crescimento demográfico
Nos últimos meses, o setor de transporte rodoviário de cargas fracionadas tem demonstrado um crescimento significativo nas rotas que ligam São Paulo à região Centro Oeste. Segundo Célio Martins, gerente de novos negócios da Transvias, houve um aumento expressivo no volume de consultas e movimentações nessas rotas. “Estamos observando um crescimento robusto, especialmente nas rotas para Sinop, Sorriso e Goiás. Isso reflete uma retomada econômica, crescimento demográfico e claro um aumento na demanda por transporte de cargas fracionadas nessas regiões”, afirma Martins.
O PIB do setor de Transporte, Armazenagem e Correios cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2023, um indicador da vitalidade do setor. Este crescimento, comparado ao aumento da atividade econômica brasileira de 1,9% no mesmo período, sugere uma contribuição significativa do setor para a economia do país . A importância do investimento contínuo na malha rodoviária é corroborada pela Pesquisa CNT de Rodovias 2023, que aponta para a necessidade de ações que garantam a reconstrução, restauração e manutenção das estradas, essenciais para a sustentabilidade do setor.
Nos últimos anos, os municípios de Sorriso (MT), Sinop (MT) e Goiânia (GO) têm mostrado um expressivo crescimento demográfico e econômico, o que tem aumentado significativamente a demanda por serviços de transporte rodoviário de cargas. Esses fatores são interligados, uma vez que o desenvolvimento econômico atrai mais habitantes e, por consequência, eleva a necessidade de infraestrutura de transporte eficiente.
Sorriso-MT
Sorriso, conhecida como a “Capital Nacional do Agronegócio”, tem um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 6,23 bilhões, o que a coloca entre as maiores economias do Mato Grosso. Entre janeiro e abril de 2024, o número de consultas no município aumentou 80,25% em comparação ao mesmo período de 2023, indicando um forte crescimento demográfico e econômico. Com uma população estimada em 110.635 habitantes em 2022, Sorriso é um polo agrícola, especialmente na produção de soja e milho.
Sinop-MT
Sinop também se destaca como um importante centro agrícola e industrial do estado. Com um PIB de R$ 6,59 bilhões, a cidade experimentou um crescimento de 95,94% no número de consultas no primeiro quadrimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Sinop é um ponto estratégico para o escoamento de grãos, sendo fundamental na logística de transporte rodoviário.
Goiânia-GO
Goiânia, capital de Goiás, teve um crescimento impressionante de 111,29% no número de consultas no mesmo período. Com uma economia diversificada e um PIB robusto, a cidade é um centro regional de serviços e comércio. A infraestrutura rodoviária de Goiânia é crucial para conectar a cidade com o restante do país, facilitando o transporte de mercadorias e contribuindo para seu desenvolvimento econômico.
Célio Martins, gerente de novos negócios na Transvias, destaca a importância do transporte rodoviário no desenvolvimento dessas regiões: “O crescimento dessas cidades está diretamente ligado à eficiência do transporte de cargas. A demanda crescente por transporte reflete o dinamismo econômico dessas regiões. A melhoria na infraestrutura rodoviária é essencial para sustentar esse crescimento.”
Contudo, o crescimento econômico não se restringe apenas a essas cidades. O estado de Mato Grosso liderou o crescimento econômico no país, com um aumento de 10,6% no PIB em 2023, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário. Mato Grosso do Sul também apresentou um crescimento robusto de 6,6%, enquanto Goiás continua a expandir sua economia com uma forte base agrícola e industrial.
“O crescimento demográfico e econômico em Sorriso, Sinop e Goiânia reflete um desenvolvimento mais amplo na região Centro-Oeste do Brasil. A demanda por transporte rodoviário está intimamente ligada a esse crescimento, e investimentos contínuos em infraestrutura são cruciais para sustentar o desenvolvimento econômico e atender às necessidades de uma população em expansão”, finaliza Célio.
Sobre o Transvias
Fundado em 1951, o Transvias se consolidou como o principal guia de transportes do Brasil. Com a missão de facilitar o redespacho de carga em todo o território nacional e no Mercosul, o Transvias é uma ferramenta indispensável para conectar indústrias, comércios e transportadoras. O guia oferece uma plataforma abrangente, tanto em sua versão impressa, que circula semestralmente, quanto na sua versão online, sempre atualizada.
O Transvias mantém um extenso cadastro atualizado com mais de 12 mil transportadoras, cobrindo mais de 1.4 milhão de rotas em todo o país. Esta rede extensa permite uma eficiente conexão entre transportadoras e clientes em todos os estados do Brasil, aumentando a eficácia e agilidade nas transações comerciais e no transporte de cargas. Especializado no transporte de cargas fracionadas, o Transvias atende à crescente demanda de empresas e indivíduos que necessitam de transporte para quantidades menores de produtos. Este sistema é crucial para setores como e-commerce, varejo e indústria, e oferece vantagens como transparência nas negociações de frete e eficiência na entrega de mercadorias.
O Transvias desempenha um papel vital na economia brasileira, facilitando não apenas transações comerciais, mas também contribuindo significativamente para o crescimento econômico do país. O mercado de carga fracionada, essencial no setor logístico brasileiro, representa cerca de 61% do total do transporte de cargas no país, com um movimento anual de mais de U$70 bilhões.
Para mais informações, visite o site do Transvias: https://www.transvias.com.br
Economia
Atraso na Declaração do Imposto de Renda: Consequências e Dicas Práticas
O prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física de 2024 termina em 31 de maio. Quem não cumprir o prazo pode enfrentar uma série de complicações financeiras e legais, de acordo com Patrícia Bastazini, Co-fundadora da Bastazini Contabilidade.
Confira abaixo algumas informações em consequência dos atrasos
- Multa por Atraso: A multa inicial para quem não declara no prazo é de R$165,74, podendo chegar até 20% do imposto devido, dependendo do tempo de atraso e do valor do imposto devido.
- CPF Bloqueado: Ter o CPF irregular impede a realização de diversas atividades, como abrir conta bancária, solicitar empréstimos, e até receber benefícios como aposentadoria ou seguro-desemprego.
- Inscrição em Cadastro de Inadimplentes: Não declarar resulta na inscrição do nome no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal), limitando transações financeiras e acesso a serviços.
- Malha Fina e Sonegação Fiscal: A Receita Federal pode investigar as movimentações financeiras, e em casos de sonegação, as punições podem incluir detenção de seis meses a dois anos.
Dicas Práticas
Patrícia Bastazini, co-fundadora da Bastazini Contabilidade, oferece algumas dicas valiosas para evitar problemas com a declaração do Imposto de Renda:
– Organize-se: “Manter a documentação organizada e iniciar o preenchimento da declaração cedo são práticas essenciais para evitar o atraso. Utilize calendários e lembretes.”
– Use Tecnologia a Seu Favor: “Softwares de gestão financeira podem ajudar a manter o controle de receitas e despesas, facilitando a declaração no próximo ano.”
– Envie Mesmo com Falta de Documentos: “Se o prazo está acabando e você ainda não tem todos os documentos, envie a declaração e faça uma retificadora depois. Isso evita a multa por atraso.”
– Consulte um profissional: “Quando estiver em dúvida, consulte um contador. É melhor investir em orientação profissional do que enfrentar multas e complicações futuras.”
“Não declarar o Imposto de Renda dentro do prazo estabelecido traz diversas complicações que podem afetar significativamente sua vida financeira e legal. Portanto, é crucial cumprir com essa obrigação anualmente e buscar ajuda profissional se necessário. Além disso, a utilização de ferramentas de organização e o cumprimento dos prazos podem prevenir muitas dessas dores de cabeça”, aponta a especialista
Sobre a Bastazini Contabilidade
A Bastazini Contabilidade, co-gerenciada pela contadora Patrícia Bastazini , é uma empresa líder no setor de serviços contábeis, amplamente reconhecida por sua especialização em Imposto de Renda para Pessoa Física e gestão de Holdings Familiares. Com uma reputação alicerçada na excelência, integridade e inovação, a empresa se destaca no mercado.
Sua expertise particular no manejo do Imposto de Renda de Pessoa Física é um dos principais atrativos. A equipe da Bastazini Contabilidade oferece assistência ao longo de todo o ano, detalhada e personalizada, assegurando que os indivíduos otimizem suas declarações de imposto e estejam plenamente em conformidade com as normas tributárias.
Outra especialidade é a administração de Holdings Familiares. Ela fornece soluções sob medida para a gestão de patrimônios e planejamento sucessório, focando na proteção e eficiência fiscal para as famílias e seus legados.
A Bastazini Contabilidade se compromete com a adoção de tecnologias avançadas e melhores práticas do setor, garantindo que sua equipe de profissionais altamente qualificados ofereça soluções eficientes e adaptadas às necessidades de cada cliente. O principal objetivo da empresa é exceder as expectativas, mantendo seus clientes sempre um passo à frente no cenário financeiro dinâmico atual. Informações adicionais podem ser encontradas no site da empresa.
Economia
Como ensinar educação financeira para os seus filhos
As crianças estão cada vez mais conectadas, com mais acesso a propagandas e conteúdos que instigam o consumo. Nesse cenário, é possível educá-las para serem consumidores conscientes, preocupados em ter uma reserva de dinheiro e independência financeira? A resposta dos especialistas é que sim! A especialista em finanças Talita Luiz, fundadora da Quattro Investimentos reuniu dicas importantes para ensinar os seus filhos.
Muitos adultos têm dificuldades para controlar gastos. Mas isso não significa que essa falta de educação financeira deva ser hereditária. “Não é porque não tivemos educação financeira que nossos filhos não terão. Passar por alguma dificuldade ou desafio financeiro deve servir de motivação para os pais educarem seus filhos”, declara Talita.
Mesada ainda é um bom instrumento para ensinar educação financeira?
É consenso entre economistas que ao receber um valor fixo, a criança pode aprender a gerenciar seu dinheiro e a economizar para alcançar seus objetivos. A partir desse pagamento recorrente, as crianças têm uma percepção melhor sobre o uso e o valor do dinheiro. Assim, elas começarão a compreender conceitos relevantes, como a necessidade de poupar.
E você sabia que uma mesada educativa pode ensinar até mesmo sobre frustração? Isso porque, ao recebê-la, seu filho entenderá que o dinheiro é limitado e que nem sempre é possível comprar tudo o que se quer, na hora desejada.
Conversar abertamente sobre dinheiro: é importante que os pais conversem com os filhos sobre dinheiro desde cedo. Fale sobre a importância de economizar, gastar com sabedoria e evitar dívidas. Dar o exemplo: os filhos aprendem muito com o exemplo dos pais. Se os pais mostram uma boa gestão financeira, os filhos vão entender que isso é importante e podem seguir o exemplo.
Ensinar a diferença entre necessidades e desejos: ajude seus filhos a entenderem a diferença entre o que é realmente necessário e o que é apenas um desejo. Eles podem aprender a priorizar necessidades e economizar dinheiro para os itens que desejam.
Envolva seus filhos nas decisões financeiras: inclua seus filhos nas decisões financeiras da família. Eles podem ajudar a planejar as despesas da casa, como escolher um plano de celular ou escolher o destino das férias.
Ajude seu filho a criar metas: além de oferecer os recursos, ajude seu filho a fazer um plano financeiro. De acordo com a idade dele, você poderá explicar o que são metas financeiras de curto prazo e de longo prazo (como o presente de Natal). Assim, ele poderá definir o que deseja alcançar, quanto isso custa e como ele pode usar a mesada para atingir esses resultados.
Estimule o controle financeiro: também é necessário que seu filho saiba controlar as finanças. Então mostre para ele a necessidade de anotar os gastos, explicando que esse controle ajuda a identificar como o dinheiro tem sido usado ao longo da semana ou do mês.
Incentive o empreendedorismo: para crianças um pouco mais velhas, vale ensinar sobre a possibilidade de complementar a mesada ao empreender. Explique como a criança pode vender itens feitos por ela para aumentar o próprio dinheiro. Assim, ela também entenderá que o esforço e o comprometimento podem ser recompensados.
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