Conecte-se Conosco

Cinema

Mostra Ecofalante de Cinema Rio acontece de 5 a 12 de junho e celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Publicado

em

MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA CHEGA AO RIO COM UMA SELEÇÃO DOS MELHORES FILMES SOCIOAMBIENTAIS DA ATUALIDADE . 

 

** Mostra Ecofalante de Cinema Rio acontece de 5 a 12 de junho e celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente

 

** gratuita, programação acontece no Estação Net Rio (Rio de Janeiro-RJ) e no Cine Arte UFF (Niterói-RJ)

 

** obras selecionadas para os festivais de Sundance, Tribeca, DOCNYC, Cinéma du Réel, Hot Docs e Visions du Réel, entre outros

 

* entre os longas, está “Solo Comum”, do qual participam nomes como Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson

 

** de Werner Herzog, “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft” é um dos destaques internacionais

 

** “Amor, Mulheres e Flores”, de Marta Rodriguez e Jorge Silva, é exibido na mesma versão restaurada em 4k mostrada na seção Cannes Classics, do Festival de Cannes de 2023

 

** “Tesouros do Lixo”, obra-prima do importante documentarista senegalês Samba Félix Ndiaye (1945-2009), é um dos filmes restaurados exibidos na Mostra Ecofalante de Cinema Rio

 

** os debates “Redes Sociais: Como Regular um Território Sem Lei” e “Restauração e Regeneração dos Ecossistemas: O Que Está Sendo Feito no Brasil”, com convidados como Ivana Bentes, acontecem no Estação Net Rio

 

** festival é uma realização da Ecofalante e conta com patrocínio do Itaú e da IHS

 

 

Criada em 2012 e reconhecida como a mais importante vitrine sul-americana para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais, a Mostra Ecofalante de Cinema chega ao Rio de Janeiro com uma seleção dos melhores filmes sobre essa temática feitos em diferentes países. Entre os destaques recentes do circuito internacional, produções brasileiras, títulos clássicos, debates e encontros.

 

A Mostra Ecofalante de Cinema Rio reúne um total de 24 filmes, que ganham exibições gratuitas na Estação Net Rio (Rio de Janeiro-RJ) e no Cine Arte UFF (Niterói-RJ).

 

A programação celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, e está organizada nas sessões Panorama Internacional Contemporâneo, Sessões Especiais (com obras brasileiras e clássicas) e Programas educativos.

 

Entre as obras de destaque estão longa-metragem assinado por Werner Herzog, títulos exibidos em importantes festivais internacionais e obras clássicas da América Latina e da África. Um ciclo de debates acompanha as projeções com participação de Ivana Bentes, Helena Strecker, Luiz Fernando Duarte de Moraes, Renato Crouzeilles, Jerônimo Boelsums e outros nomes.

 

 

Abertura

 

Atração de abertura da programação, no dia 5 de junho (quarta-feira), no Estação Net Rio, “Food, Inc. 2” é uma continuação de “Food, Inc.”, que em 2008 causou furor ao alertar que nossas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais, tendo sido indicado ao Oscar, conquistado o Emmy e exibido na Mostra Ecofalante de Cinema. Agora, “Food, Inc. 2” revela que as corporações multinacionais aumentaram ainda mais sua influência, se especializaram no mercado de alimentos ultraprocessados e estão promovendo uma crise internacional de saúde. Nesta sequência, os diretores Robert Kenner e Melissa Robledo acompanham agricultores inovadores, produtores de alimentos com visão de futuro, ativistas dos direitos trabalhistas e legisladores para denunciar as empresas de multiprocessados, inspirar mudanças e construir um futuro mais saudável e sustentável.

 

 

Panorama Internacional Contemporâneo

 

O casal pioneiro de vulcanólogos Katia e Maurice Krafft se tornou notório por dedicar sua vida a documentar de perto a magnitude desses fenômenos naturais, ainda pouco compreendidos. Esse vasto material é apresentado pelo cineasta Werner Herzog em “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft”, uma homenagem aos dois, que morreram numa pesquisa de campo enquanto filmavam, atingidos por uma avalanche de pedras e cinzas fumegantes. Grande vencedor do importante festival DOC LA (EUA), o filme também foi laureado em festivais na Europa e na Ásia. Diretor de mais de 70 filmes, Herzog assina, entre outros, “Fitzcarraldo” (1982), “O Homem-Urso” (2005) e “Encontros no Fim do Mundo” (2007), este último, indicado ao Oscar de melhor documentário. Estas três obras integraram uma retrospectiva promovida na sétima edição da Mostra Ecofalante de Cinema, que exibiu 18 títulos do realizador.

 

Lançado pelo Festival de Sundance, “TikTok, Boom” traz histórias pessoais do aplicativo mais baixado do mundo contadas por um elenco de nativos da Geração Z, jornalistas e especialistas. Sua diretora, Shalini Kantayya, é uma ativista ambiental norte-americana cujos filmes exploram os direitos humanos na interseção de ciência e tecnologia. A realizadora ficou conhecida por “Coded Bias” (2019), também lançado no Festival de Sundance e já exibido na Mostra Ecofalante de Cinema. A sessão de 6/06, quinta-feira, às 18h30, no Estação Net Rio é seguida do debate “Redes Sociais: Como Regular um Território Sem Lei”, com participação da ensaísta e professora Ivana Bentes, da pesquisadora Helena Strecker e com mediação da jornalista Audrey Furlaneto. Na ocasião, são discutidas diversas questões envolvidas nas redes sociais, inclusive a tentativa de regulação.

 

Dos mesmos cineastas de “Solo Fértil” (disponível na Netflix e na plataforma Ecofalante Play), Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell, a Mostra Ecofalante de Cinema Rio apresenta “Solo Comum”, longa premiado no Festival de Tribeca (EUA). Com participação de celebridades como Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson, o filme explora como a agricultura regenerativa pode ajudar a curar o solo, a nossa saúde e o planeta. Joshua dirigiu também “Fields of Fuel” (2008), vencedor do prêmio do público no Festival de Sundance, e “Pump – Histórias do Petróleo” (2014), exibido no Festival do Rio. O casal assina também “Petróleo: O Grande Vício” / “The Big Fix” (2012), já programado na Mostra Ecofalante de Cinema. A sessão de “Solo Comum” em 11/06, às 18h30, no Estação Net Rio é seguido do debate “Restauração e Regeneração dos Ecossistemas: O Que Está Sendo Feito no Brasil”, que traça um panorama das iniciativas relacionadas à contenção do avanço das mudanças climáticas no país, com mediação da jornalista Audrey Furlaneto e participação de Luiz Fernando Duarte de Moraes, pesquisador do Embrapa; Renato Crouzeilles, diretor científico da MOMBAK; e Jerônimo Boelsums, professor do Departamento de Ciências Ambientais da UFRRJ.

 

Já o sueco “A Sociedade do Espetáculo”, de Roxy Farhat e Göran Hugo Olsson, é uma adaptação visual e humorística do clássico ensaio de Guy Debord, “A Sociedade do Espetáculo” (1967). Hoje, o ato de consumir o que não precisamos vai além de uma atividade recreativa sem sentido; tornou-se uma nova ordem espiritual mundial, inflexível até mesmo diante da crise climática que ameaça nossa futura existência. Criado a partir de imagens contemporâneas, found footage e cenas originais, o documentário examina como a circulação de imagens cria vontades e muda a forma como nos vemos e interagimos uns com os outros. Gören Olsson projetou-se internacionalmente com “Sobre a Violência” (2014), premiado no Festival de Berlim e exibido na programação Especial Semana do Meio

 

Vencedor do prêmio de melhor direção da competição de documentários norte-americanos no Festival de Sundance, “Não Te Vi Ali” é o longa de estreia de Reid Davenport, um jovem cineasta cadeirante norte-americano. A chegada inesperada de uma tenda de circo em frente à sua residência o leva a revisitar a história do lendário P.T. Barnum e seu Circo de Horrores, cujo legado marcou a sua vida. Este é o ponto de partida para seu filme-solo, em que nos convida a vivenciar seu dia a dia, da perspectiva de sua cadeira de rodas. A obra percorreu ainda prestigiosos festivais: São Francisco, Edimburgo, Sydney, Melbourne (Austrália), DOC NYC (EUA), Hot Docs (Canadá) e Festival de Documentários de Sheffield (Reino Unido). O filme será exibido com legendas descritivas.

 

A produção holandesa “O Jogo Mental“, continuação do documentário multipremiado “Shadow Game” (2021), é co-dirigido pelo jovem refugiado afegão Sajid Khan Nasiri – um dos protagonistas do primeiro filme – e as diretoras Eefje Blankevoort e Els van Driel. Este documentário intimista, que mostra a face brutal da migração na Europa, acompanha de perto a experiência traumática de Sajid, cuja travessia do Afeganistão até a Bélgica, à procura de segurança e de um novo lar, foi documentada com a única ajuda do celular do adolescente.

 

“Plastic Fantastic”, da alemã Isa Willinger, constata que plásticos estão por toda parte – existem 500 vezes mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas em nossa galáxia. Encontra-se plástico não só nos oceanos, como também em rios, no ar, no solo e dentro de nós. Embora a crise se aprofunde e a reciclagem não dê conta do problema, a indústria do plástico continua a aumentar sua produção. O documentário acompanha representantes dessa indústria e cientistas e ativistas para descobrir qual futuro essa crise nos reserva, tendo sido selecionado para os festivais CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e Festival de Documentários de Munique. A diretora Willinger ganhou projeção internacional com o premiado longa “Olá, IA” (2019), exibido na Mostra Ecofalante de Cinema.

 

Passado nas profundezas das florestas montanhosas do oeste do Uganda, na África, “República dos Gafanhotos” acompanha a estação chuvosa, quando ocorre um dos maiores fenômenos naturais do mundo: milhões, às vezes bilhões, de gafanhotos de chifres longos se reúnem para acasalar. Aproveitando-se do acontecimento, o homem encontrou uma maneira de lucrar com este belo ciclo reprodutivo. Em estilo cinema verdade, o documentário retrata uma equipe local de captura, enquanto esses exploradores modernos percorrem florestas e remotos vilarejos em busca de fortuna. Trata-se do segundo longa-metragem do diretor Daniel McCabe, consagrado internacionalmente com “This is Congo” (2017), selecionado para o Festival de Veneza e premiado em diversos festivais, tendo sido exibido na Mostra Ecofalante de Cinema.

 

A produção francesa “Estado Limite” tem por protagonista o único psiquiatra do Hospital Beaujon, instalação de 400 leitos nos subúrbios de Paris. Dedicado aos seus pacientes, ele faz o possível para aliviar suas dores, ouvir suas palavras e os proteger de seus próprios demônios. No entanto, o serviço público de saúde vai mal – não há tempo suficiente e os cuidadores estão desmoronando. O filme venceu o prêmio de melhor longa-metragem francês, o prêmio da crítica no Festival de Champs-Élysées (França) e a menção honrosa no festival CPH:DOX (Dinamarca), tendo sido exibido nos festivais de Estocolmo, Dokufest (Kosovo) e Zurique.

 

Qual é o preço que alguns pagam pela carne suína do mundo? Este é um dos temas levantados em “O Cheiro do Dinheiro”, filme de Shawn Bannon que foi eleito como melhor documentário no Festival de Sarasota (EUA). Na obra, uma comunidade rural da Carolina do Norte se torna o epicentro da explosão da indústria suína nos EUA e a batalha de seus residentes se transforma numa guerra contra uma das empresas mais poderosas do mundo e sua poluição devastadora. O filme trata de racismo ambiental de forma contundente.

 

Em “Rowdy Girl: Santuário Animal”, de Jason Goldman, uma ex-criadora de gado do Texas, incapaz de aceitar a realidade cruel da pecuária, se torna vegana e transforma o negócio de carne bovina de seu marido em um santuário de criação animal. Quando a sua história viraliza, ela percebe sua verdadeira vocação: ajudar fazendeiros na transição de uma economia à base de animais para uma à base de plantas. O filme foi destaque no Hot Docs, evento canadense considerado um dos mais importantes festivais de documentários das Américas.

 

A caça de baleias é uma questão vital para o povo indígena da pequena Ilha de São Lourenço, no Mar de Bering. Portanto, quando Chris Agra Apassingok se tornou a pessoa mais jovem a arpar uma baleia para a sua aldeia no Alasca, sua mãe orgulhosamente compartilhou a notícia no Facebook. Para sua surpresa, milhares de ativistas digitais atacaram Chris sem compreender totalmente o alcance do feito dele. “O Povo da Baleia”, uma coprodução EUA/Rússia dirigida por Pete Chelkowski e Jim Wickens, acompanha a luta dos Apassingok para reconstruir sua identidade destroçada e encontrar um novo ponto de apoio tanto na tradição quanto na modernidade. O filme foi destaque nos festivais norte-americanos DOC NYC, Mill Valley e de Camden.

 

Coprodução EUA/Países Baixos, “Os Caçadores de Barragens” segue a viagem da engenheira ambiental espanhola Pao Fernández Garrido por diversos países para testemunhar a recuperação dos rios daquele continente. Dirigido por Francisco Campos-Lopez Benyunes, o filme nos revela quem são as pessoas que trabalham incansavelmente para remover barreiras fluviais e restaurar alguns dos mais icônicos rios da região. O longa foi recebido com emoção por plateias de festivais como o Wild and Scenic e o Environmental Film Fest, ambos nos EUA.

 

Sessões especiais: Clássicos

 

Coprodução entre Senegal e a França de 1989, a série “Tesouros do Lixo” é uma das obras clássicas selecionadas para a Mostra Ecofalante de Cinema Rio. Reunindo cinco filmes curtos do importante documentarista senegalês Samba Félix Ndiaye (1945-2009), que foram restaurados em 2021, “Tesouros do Lixo” é considerada uma das principais obras desse cineasta, tido como um dos mais relevantes nomes do cinema de seu país e frequentemente chamado de “pai do documentário africano”. Com um olhar preciso e sensível, ele trata das pequenas ocupações do setor informal que resistem ao tempo, como a fabricação de objetos artesanais a partir de materiais retirados do lixo. A obra foi exibida no importante festival Cinéma du Réel, na França. Com “Les Malles” (1989), um dos curtas que compõem essa série,  Ndiaye  venceu o prêmio de melhor documentário no Festival de Amiens (França). Foi premiado ainda no Cinéma du Réel pelo longa “Ngor, l’Esprit des Lieux” (1991).

 

Os realizadores colombianos Jorge Silva (1941-1987) e Marta Rodríguez são nomes de referência no documentarismo latino-americano. Sua produção engajada teve início nos anos 1960 e conquistou reconhecimento internacional, tendo acumulando premiações em eventos importantes, como o Festival de Berlim. A programação da Mostra Ecofalante de Cinema Rio, em sua edição de 2024, exibe a versão restaurada em 4k de um de seus títulos clássicos: “Amor, Mulheres e Flores”, de 1988, sobre as características sociais dos trabalhadores da plantação de flores.  A versão foi destaque na seção Cannes Classics do Festival de Cannes de 2023. A obra questiona qual seria o custo da beleza e denuncia o uso de agrotóxicos nos campos floridos da savana colombiana e as condições de trabalho da mão de obra majoritariamente feminina. Partindo de uma abordagem antropológica, o filme recolhe durante cinco anos os testemunhos dos trabalhadores e acompanha-os no seu quotidiano. Trata-se de um pioneiro filme sobre emancipação, dignidade e luta pelo meio ambiente.

 

 

Sessões especiais: Brasileiros

 

O média-metragem “Vida Sobre as Águas”, de Danielle Khoury Gregorio e Marcio Isensee e Sá, celebra a arquitetura única das comunidades ribeirinhas da Amazônia. Das casas sobre palafitas às moradias flutuantes, o filme destaca as adaptações engenhosas para lidar com as paisagens inundadas desafiadoras e sempre em transformação das planícies fluviais amazônicas brasileiras. Através de narrativas íntimas de moradores e construtores locais, o documentário revela as técnicas de construção coletiva que materializam uma arquitetura territorialmente integrada, construída em harmonia com o ambiente da Bacia Amazônica e profundamente enraizada no rico patrimônio da região. Ao final da sessão de 8/06, sábado, às 16h00, no Estação Net Rio, acontece um bate-papo com a equipe do filme.

 

Cuidadoras da memória e do futuro, mulheres indígenas do rio Negro contam sua história no média “Rionegrinas”, dirigido por Fernanda Ligabue e Juliana Radler. Na produção é destacada a trajetória de lutas e as conquistas dessas mulheres. Também é focalizada a criação do Departamento das Mulheres Indígenas da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (DMIRN-FOIRN).

 

Localizada em Ceilândia (DF), Sol Nascente é considerada atualmente a maior favela do Brasil. Lá vivem Socorro, Jurailde e Bizza, que lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O longa “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, acompanha a saga desses protagonistas para preparar a alimentação das centenas de pessoas que chegarão a Brasília para assistir à cerimônia de posse do terceiro mandato do presidente Lula. Em meio a ameaças de golpe, o filme traz entrevistas íntimas sobre suas vidas e a organização coletiva, revelando que o futuro se cozinha a muitas mãos. A obra foi vencedora do prêmio do público e de menção honrosa do júri na Mostra Brasília no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

 

 

Programa Ecofalante Universidades

 

A seção Programa Ecofalante Universidades traz filmes que fazem parte do projeto educacional da Ecofalante. Ele leva o debate socioambiental a escolas e universidades durante todo o ano e seu catálogo é composto por mais de 250 títulos. Dentre esses títulos, alguns foram exibidos em edições anteriores da Mostra Ecofalante de Cinema. É o caso de “Parceiros da Floresta”, de Fred Rahal Mauro, que mostra projetos de parcerias entre setores privado, público e comunidades locais que geram soluções para a proteção e restauração de florestas tropicais. Este filme-manifesto percorre três continentes revelando parcerias que aliam tecnologia, negócios e conhecimento tradicional para gerar benefícios verdadeiramente compartilhados.

 

“A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu”, de Andy Costa, enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a floresta amazônica em pé. Essas pessoas vivem na região do Médio Xingu, importante área da Amazônia brasileira que enfrenta grande pressão de desmatamento em função do garimpo, da extração de madeira, da pecuária e da monocultura. Defendem modos de vida que, adaptados às novas realidades, abrigam saberes e conhecimentos preciosos para o cuidado com a floresta, aliado ao desenvolvimento da bioeconomia.

 

Fred Rahal Mauro também responde, ao lado da codiretora Cassandra Mello, pelo longa “Escute: A Terra Foi Rasgada”, que parte do universo de três povos indígenas pressionados pela destruição causada pelo garimpo para propor uma aproximação do pensamento dos Yanomami, Munduruku e Mebêngôkre (Kayapó). Trata-se de uma narrativa sobre resistência e resiliência, na figura de uma união inédita que firma a manutenção de seus territórios físicos e subjetivos. A obra também já foi exibida na Mostra Ecofalante de Cinema.

 

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema, “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” é assinado por Joana Moncau, Elpida Nikou e pelo Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi. Na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, um coletivo feminino divulga as denúncias dos indígenas através de produções audiovisuais. O filme acompanha essas jovens durante a produção de um documentário sobre as ações de seu povo para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros.

 

Uma iniciativa multiplataforma que inclui ainda um podcast, vídeos no YouTube e matérias especiais, o filme “Mulheres na Conservação” retrata mulheres pesquisadoras que lutam pela conservação da biodiversidade no Brasil. Trata-se de um olhar delicado e sensível sobre a vida e o trabalho de sete heroínas da luta ambiental. Participam as pesquisadoras Barbara Pinheiro, Beatriz Padovani, Flavia Miranda, Marcia Chame, Maurizélia de Brito e Silva, Neiva Guedes e Patricia Medici. A direção é assinada pela jornalista Paulina Chamorro e pelo fotógrafo João Marcos Rosa.

 

A programação da Mostra Ecofalante de Cinema que tem lugar no Rio de Janeiro de 5 a 12 de junho não se caracteriza como uma itinerância e sim como uma prévia da 13ª edição do evento, que acontece em São Paulo, de 31 de julho a 14 de agosto. Segundo o diretor do evento, Chico Guariba, ” Boa parte dos filmes que estamos apresentando nas telas cariocas é inédita e só será exibida na 13ª edição do festival, em São Paulo, no final de julho. O público pode conhecer as mais recentes obras de destaque no circuito internacional, ao lado de novos filmes brasileiros e títulos clássicos da América Latina e da África. É uma seleção estimulante que permite refletir sobre questões urgentes do país e do planeta”.

Todas as informações sobre exibições e demais atividades do evento poderão ser encontradas na plataforma Ecofalante: www.ecofalante.org.br.

 

A Mostra Ecofalante de Cinema Rio é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O evento tem patrocínio do Itaú e IHS. Tem apoio institucional do Instituto Francês, do Pedagogias da Imagem – projeto de extensão da SeCult-UFRJ, do Programa Ecofalante Universidades e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Os parceiros educacionais são a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.

 

A Ecofalante é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade, atua na formação de professores, exibições e debates em escolas, universidades e aparelhos culturais, além de produzir seminários e workshops sobre cinema, educação e sustentabilidade. A Ecofalante é responsável também pela plataforma de streaming gratuita Ecofalante Play, voltada a educadores, e o Ecofalante Universidades, programa de extensão educacional.

 

Serviço:

Mostra Ecofalante de Cinema Rio

www.ecofalante.org.br

de 5 a 12 de junho de 2024

gratuito

Estação Net Rio – rua Voluntários da Pátria 35, Botafogo – Rio de Janeiro

Cine Arte UFF – rua Miguel de Frias 9, Icaraí – Niterói

 

evento viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura

 

patrocínio: Itaú e IHS

apoio institucional: Instituto Francês, Pedagogias da Imagem – projeto de extensão da SeCult-UFRJ, Programa Ecofalante Universidades e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

parceiros educacionais: Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

produção: Doc & Outras Coisas

coprodução: Química Cultural

realização: Ecofalante e Ministério da Cultura

 

redes sociais

www.facebook.com/mostraecofalante

www.twitter.com/mostraeco

www.youtube.com/mostraecofalante

www.instagram.com/mostraecofalante

 

atendimento à Imprensa:

ATTi Comunicação e Ideias

Eliz Ferreira e Valéria Blanco (11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441

 

 

 

 

PROGRAMAÇÃO

 

5 de junho (quarta-feira)

Estação Net Rio

19h30 – Cerimônia de abertura

20h00 – “Food, Inc. 2” (EUA, 94 min) – Robert Kenner e Melissa Robledo

 

6 de junho (quinta-feira)

Estação Net Rio

18h30 – “TikTok Boom” (EUA, 87 min) – Shalini Kantayya

20h30 – Debate com convidados: “Redes Sociais: Como Regular um Território Sem Lei”

 

Cine Arte UFF

18h00 – “O Povo da Baleia” (EUA/Rússia, 80 min) – Pete Chelkowski e Jim Wickens

20h00 – “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft” (Reino Unido/Suíça/EUA/França, 84 min) – Werner Herzog

 

7 de junho (sexta-feira)

Estação Net Rio

18h30 – “O Jogo Mental” (Holanda, 61 min) – Sajid Khan Nasiri, Eefje Blankevoort e Els van Driel

20h00 – “Não Existe Almoço Grátis” (Brasil, 74 min) – Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel – Sessão seguida de bate-papo com equipe do filme

 

Cine Arte UFF

18h00 – Sessão de médias-metragens: “A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu” (Brasil, 27 min) – Andy Costa + “Parceiros da Floresta” (Brasil, 48 min) – Fred Rahal Mauro – Sessão seguida de bate-papo com equipe de “A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu”

20h00 – “A Sociedade do Espetáculo” (Suécia, 94 min) – Roxy Farhat e Göran Hugo Olsson

 

8 de junho (sábado)

Estação Net Rio

14h45 – “Tesouros do Lixo” (Senegal/França, 60 min) – Samba Félix Ndiaye

16h –  Sessão de médias-metragens: “Rionegrinas” (Brasil, 38 min) – Fernanda Ligabue e Juliana Radler + “Vida Sobre as Águas” (Brasil, 31 min) – Danielle Khoury Gregorio e Marcio Isensee e Sá – Sessão seguida de bate-papo com a equipe de “Vida Sobre as Águas”

18h30 – “Rowdy Girl: Santuário Animal” (EUA, 72 min) – Jason Goldman

20h – “A Sociedade do Espetáculo” (Suécia, 94 min) – Roxy Farhat e Göran Hugo Olsson

 

Cine Arte UFF

18h – “Solo Comum” (EUA, 102 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell – Sessão com acessibilidade (cc)

20h – “TikTok, Boom” (EUA, 87 min) – Shalini Kantayya

 

9 de junho (domingo)

Estação Net Rio

14h45 – “Amor, Mulheres e Flores” (Colômbia, 58 min) – Marta Rodríguez e Jorge Silva

16h30 – “Não Te Vi Ali” (EUA, 76 min) – Reid Davenport – Sessão com acessibilidade (cc)

18h00 – “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft” (Reino Unido/Suíça/EUA/França, 84 min) – Werner Herzog

20h00 – “Os Caçadores de Barragens” (EUA/Países Baixos, 71 min) – Francisco Campos-Lopez Benyunes

 

Cine Arte UFF

18h00 – “Tesouros do Lixo” (Senegal/França, 60 min) – Samba Félix Ndiaye

19h30 – “Plastic Fantastic” (Alemanha, 102 min) – Isa Willinger

 

10 de junho (segunda-feira)

Estação Net Rio

18h30 – “República dos Gafanhotos” (EUA, 94 min) – Daniel McCabe

20h30 – “O Povo da Baleia” (EUA/Rússia, 80 min) – Pete Chelkowski e Jim Wickens

 

Cine Arte UFF

18h00 – “O Cheiro do Dinheiro” (EUA, 84 min) – Shawn Bannon

20h00 – “Estado Limite” (França, 102 min) – Nicolas Peduzzi

 

11 de junho (terça-feira)

Estação Net Rio

18h30 – “Solo Comum” (EUA, 95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell – Sessão com acessibilidade (cc)

20h30 – Debate com convidados: “Restauração e Regeneração dos Ecossistemas: O Que Está Sendo Feito no Brasil”

 

Cine Arte UFF

18h00 – “Escute: A Terra Foi Rasgada” (Brasil, 88 min) – Cassandra Mello e Fred Rahal Mauro

20h00 – Sessão de médias-metragens: “Rionegrinas” (Brasil, 38 min) – Fernanda Ligabue e Juliana Radler + “Vida Sobre as Águas” (Brasil, 31 min) – Danielle Khoury Gregorio e Marcio Isensee e Sá

 

12 de junho (quarta-feira)

Estação Net Rio

18h30 – “Plastic Fantastic” (Alemanha, 102 min) – Isa Willinger

20h30 – “O Cheiro do Dinheiro” (EUA, 84 min) – Shawn Bannon

 

Cine Arte UFF

18h00 – “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” (Brasil, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi + “Mulheres na Conservação” (Brasil, 46 min) – Paulina Chamorro e João Marcos Rosa

20h00 – “Os Caçadores de Barragens” (EUA/Países Baixos, 71 min) – Francisco Campos-Lopez Benyunes

 

 

DADOS SOBRE OS FILMES

 

* “A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu” (Brasil, 2023, 27 min) – Andy Costa

O filme enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a floresta amazônica em pé. Essas pessoas se sentem parte da floresta. Vivem na região do Médio Xingu, importante área da Amazônia brasileira que enfrenta grande pressão de desmatamento em função do garimpo, da extração de madeira, da pecuária e da monocultura. Defendem modos de vida que, adaptados às novas realidades, abrigam saberes e conhecimentos preciosos para o cuidado com a floresta, aliado ao desenvolvimento da bioeconomia.

 

* “A Sociedade do Espetáculo” (“La Société du Spectacle”, Suécia, 2023, 94 min) – Roxy Farhat e Göran Hugo Olsson

Adaptação cinematográfica satírica e autocrítica da obra-prima teórica do escritor francês Guy Debord (1931-1994) e um ataque frontal ao espetáculo abrangente em que vivemos.

Exibido no festival CPH:DOX (Dinamarca).

 

* “Amor, Mulheres e Flores” (“Amor, Mujeres y Flores”, Colômbia, 1988, 58 min) – Marta Rodríguez e Jorge Silva

O filme traça as características sociais dos trabalhadores da plantação de flores em Bogotá (Colômbia) e sua reivindicação por melhores condições de vida e saúde entre as histórias de vida e amor femininas.

 

* “Escute: A Terra Foi Rasgada” (Brasil, 2023, 88 min) – Cassandra Mello e Fred Rahal

A partir do universo de três povos indígenas pressionados pela destruição causada pelo garimpo, o filme propõe uma aproximação do pensamento dos Yanomami, Munduruku e Mebêngôkre (Kayapó), na formação de uma aliança histórica em defesa dos territórios. É, portanto, uma narrativa sobre resistência e resiliência, na figura de uma união inédita que firma a manutenção de seus territórios físicos e subjetivos. Para além da destruição causada pelo garimpo, este é um filme sobre a impossibilidade de separação entre a existência indígena e o seu território.

 

* “Estado Limite” (“État Limite”, França, 2023, 102 min) – Nicolas Peduzzi

Como você presta um bom atendimento em uma instituição doente? Num hospital perto de Paris, um psiquiatra dedica-se à sua missão correndo o risco de perder terreno.

Vencedor do prêmio de melhor longa-metragem francês e prêmio da crítica no Festival de Champs-Élysées (França); menção honrosa no festival CPH:DOX (Dinamarca); exibido nos festivais de Estocolmo, Dokufest (Kosovo) e Zurique.

 

* “Food, Inc. 2” (EUA, 2023, 94 min) – Robert Kenner e Melissa Robledo

Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou os sobre uma realidade preocupante: as suas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais. E, no entanto, como revela esta poderosa continuação, os senhores supremos das empresas e da alimentação apenas reforçaram o seu controle sobre as nossas quintas e lojas.

Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Telluride (EUA) e Docville (Bélgica).

 

* “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” (Brasil, 2022, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

Na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, três mulheres munduruku integram o Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que divulga as denúncias dos indígenas para além das margens do rio Tapajós. O filme acompanha essas jovens durante a produção de um documentário sobre as ações de seu povo para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. Expulsar os invasores sempre é arriscado, mas nos tempos de governo Bolsonaro foi ainda mais.

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema.

 

* “Mulheres na Conservação” (Brasil, 2023, 46 min) – Paulina Chamorro e João Marcos Rosa

A jornalista Paulina Chamorro e o fotógrafo João Marcos Rosa retratam sete mulheres pesquisadoras que lutam pela conservação da biodiversidade no Brasil. Participam as pesquisadoras Barbara Pinheiro, Beatriz Padovani, Flavia Miranda, Marcia Chame, Maurizélia de Brito e Silva, Neiva Guedes e Patricia Medici.

 

* “Não Existe Almoço Grátis” (Brasil, 2023, 74 min) – Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

Em Sol Nascente, considerada atualmente como a maior favela do Brasil, Socorro, Jurailde e Bizza lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Para a posse do terceiro mandato do presidente Lula, elas estão encarregadas de cozinhar para centenas de pessoas que chegarão a Brasília para assistir à cerimônia. Em meio a ameaças de golpe, o filme acompanha esta saga e traz entrevistas íntimas sobre suas vidas e a organização coletiva, revelando que o futuro se cozinha a muitas mãos.

Vencedor do prêmio do público e menção honrosa do júri da Mostra Brasília no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; exibido no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

 

* “Não Te Vi Ali” (“Didn’t See You There”, EUA, 2022, 76 min) – Reid Davenport

Estimulado pelo espetáculo de uma tenda de circo que fica do lado de fora de seu apartamento em Oakland (EUA), um cineasta deficiente inicia uma jornada meditativa explorando a história da aberração, da visão e da (in)visibilidade.

Vencedor do prêmio de melhor direção da competição de documentários norte-americanos no Festival de Sundance; menção honrosa no Prêmio Cinema Eye; melhor documentário da região de Bay Aerea no Festival de São Francisco; Prêmio The Truer Than Fiction nos Independent Spirit Awards; exibido nos festivais de Edimburgo, Sydney, Melbourne (Austrália), DOC NYC (EUA), Hot Docs (Canadá) e Festival de Documentários de Sheffield (Reino Unido).

 

* “O Cheiro do Dinheiro” (“The Smell of Money”, EUA, 2022, 84 min) – Shawn Bannon

Qual é o preço que alguns pagam pela carne suína do mundo? Os residentes da Carolina do Norte enfrentam uma das empresas mais poderosas do mundo na luta pelos seus direitos ao ar puro, à água pura e a uma vida livre do fedor das fezes de porco.

Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Sarasolta (EUA); exibido nos festivais da Filadélfia, Hot Docs (Canadá) e de Cleveland (EUA).

 

* “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft” (“The Fire Within: A Requiem for Katia and Maurice Krafft”, Reino Unido/Suíça/EUA/França, 2022, 84 min) – Werner Herzog

Maurice e Katia Krafft dedicaram suas vidas à exploração dos vulcões do mundo. Seu legado consiste em imagens inovadoras de erupções e suas consequências, compostas nesta colagem visual deslumbrante.

Vencedor dos prêmios de melhor filme e melhor produtor no festival DOC LA (EUA); melhor documentário no Festival Internacional de TV de Xangai; prêmio do público e prêmio especial do júri no Festival de Gijon (Espanha); exibido no Doclisboa (Portugal), Festival de Documentários de Sheffield (Reino Unido), Festival de Viena, Festiva de Hong Kong e no Festival de Documentários Ji.hlava (República Tcheca).

 

* “O Jogo Mental” (“The Mind Game”, Holanda, 2023, 61 min) – Sajid Khan Nasiri, Eefje Blankevoort e Els van Driel

Chamam-lhe “o jogo”: a viagem arriscada que muitos menores não acompanhados empreendem para procurar proteção na Europa Ocidental. Para Sajid Khan Nasiri, o jogo começou aos 14 anos, depois que o Talibã matou seu pai no Afeganistão.

 

* “O Povo da Baleia” (“One With the Whale”, EUA/Rússia, 2023, 80 min) – Pete Chelkowski e Jim Wickens

Se você não caça você morre. Essa é a realidade na pequena ilha do Alasca que abriga a família Apassingok. Quando o tímido adolescente Chris se torna o mais jovem a arpoar uma baleia para sua aldeia, começa outra luta pela sobrevivência.

Exibido nos festivais norte-americanos DOC NYC, Mill Valley e de Camden.

 

* “Os Caçadores de Barragens” (“#DamBusters”, EUA/Países Baixos, 2022, 71 min) – Francisco Campos-Lopez Benyunes

O filme acompanha a viagem da engenheira espanhola Pao Fernández Garrido por cinco países europeus para saber por que as barreiras fluviais estão sendo removidas e conhecer os heróis em sua busca apaixonada pela restauração de seus rios e ecossistemas.

Exibido no Festival Wild and Scenic e no Environmental Film Fest (ambos nos EUA).

 

* “Parceiros da Floresta” (Brasil, 2022, 48 min) – Fred Rahal Mauro

O filme percorre três continentes evidenciando casos de parcerias entre setores privado, público e comunidades locais que geram soluções para a proteção e restauração de florestas tropicais globais aliando tecnologia, negócios e conhecimento tradicional para gerar benefícios verdadeiramente compartilhados.

 

* “Plastic Fantastic” (Alemanha, 2023, 102 min) – Isa Willinger

Sobre diferentes atores que lidam com a produção de plástico, por um lado, e com a sua eliminação, por outro. Torna-se claro que todos vivemos num sistema interligado.

Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e Festival de Documentários de Munique.

 

* “República dos Gafanhotos” (“Grasshopper Republic”, EUA, 2023, 94 min) – Daniel McCabe

Nas profundezas das florestas do Uganda, milhões de gafanhotos reúnem-se para acasalar em enxames devastadores. Um grupo de jovens montou uma estranha engenhoca à beira dos campos de cultivo, com barris e chapas de metal, para colher os gafanhotos, uma iguaria apreciada pelos moradores da cidade.

Exibido nos festivais Visions du Réel (Suíça), DOC NYC (EUA), Docville (Bélgica), Guanajuato (México), Cleveland, Camdem e Seattle (os três últimos nos EUA).

 

* “Rionegrinas” (Brasil, 2023, 38 min) – Fernanda Ligabue e Juliana Radler

O filme narra a trajetória de lutas e conquistas das mulheres do rio Negro (AM) dentro do movimento indígena e na criação do Departamento das Mulheres Indígenas da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (DMIRN-FOIRN).

 

* “Rowdy Girl: Santuário Animal” (“Rowdy Girl”, EUA, 2023, 72 min) – Jason Goldman

Determinada a tornar o planeta um lugar melhor, a ex-criadora de gado do Texas, Renee King-Sonnen, transforma a operação de carne bovina de seu marido em um santuário de animais de fazenda, incentivando outros agricultores a fazer a transição da agricultura animal para a produção de alimentos à base de plantas.

Exibido no Hot Docs (Canadá) e no Festival de Hamptons (EUA).

 

* “Solo Comum” (“Common Ground”, EUA, 2023, 95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell

A solução dos agricultores regenerativos para trazer a saúde do solo em todo o continente e além.

Vencedor do prêmio Human/Nature no Festival de Tribeca; prêmio do público no Festival de Palm Springs; exibido nos festivais de Vancouver e Mill Valley (EUA).

 

* “Tesouros do Lixo” (“Trésors des Poubelles”, Senegal/França, 1989, 65 min) – Samba Félix Ndiaye

No Senegal, os pequenos trabalhadores constituem uma resistência contra a invasão de bens de consumo. O filme detalha as etapas de fabricação de objetos artesanais a partir de materiais reciclados: uma celebração do gênio de Dakar.

Exibido no festival Cinéma du Réel (França).

 

* “TikTok Boom” (EUA, 2022, 97 min) – Shalini Kantayya

Dissecando uma das plataformas de mídias sociais mais influentes do cenário contemporâneo, o documentário examina os aspectos algorítmico, sociopolítico e econômico, as influências culturais e o impacto do aplicativo. Embora o filme compartilhe um interesse genuíno na comunidade TikTok e em sua mecânica inovadora, traz também um saudável ceticismo em torno das questões de segurança, dos desafios políticos globais e dos preconceitos raciais por trás da rede.

Exibido nos festivais de Sundance, São Francisco, SXSW, CPH:DOX (Dinamarca) e de Zurique.

 

* “Vida Sobre as Águas” (Brasil, 2023, 31 min) – Danielle Khoury Gregorio e Marcio Isensee e Sá

Celebração da arquitetura única das comunidades ribeirinhas da Amazônia. Das casas sobre palafitas às moradias flutuantes, o filme destaca as adaptações engenhosas para lidar com as paisagens inundadas desafiadoras e sempre em transformação das planícies fluviais amazônicas brasileiras. Através de narrativas íntimas de moradores e construtores locais, o documentário revela as técnicas de construção coletiva que materializam uma arquitetura territorialmente integrada, construída em harmonia com o ambiente da Bacia Amazônica e profundamente enraizada no rico patrimônio da região.

Exibido no Festival de Arquitetura e Urbanismo de Istambul e no Festival de Cinema e Arquitetura de Barcelona.

 

 

 

Cinema

Vai até o dia 15/10 a 9ª edição da Mostra de Cinema Chinês de São Paulo| Gratuito.

Publicado

em

De

Vai até o dia 15/10 a 9ª edição da Mostra de Cinema Chinês de São Paulo| Gratuito

***na programação filmes premiados como “É só por um tempo”, a animação “Boonie Bears: Viagem no Tempo”, e o documentário “De Trem Bala para a China”

Vai até o dia 15 de outubro no CCSP (Centro Cultural São Paulo), com entrada gartuita, a 9ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo, realizada pelo Instituto Confúcio na Unesp. O evento celebra cinco décadas da cinematografia chinesa, trazendo 14 filmes clássicos e contemporâneos que passeiam por diversos aspectos da sociedade e cultura do país.

Com a curadoria de Shi Wenxue, mestre em Ciências do Cinema pela Academia de Cinema de Pequim e Lilith Li, fundadora da LiLiMB Culture, a programação da Mostra de Cinema Chinês deste ano nos leva a uma viagem cinematográfica pela China, suas tradições, sua modernidade e sua visão de mundo.

A programação traz a beleza natural do Planalto de Loess no clássico “Vida”, de Tianming Wuatém, e o retrato do amor urbano contemporâneo em “À Espera do Amor”, de Shixian Wu. Já “Vidas Comuns”, de Yulin Liu Putong Nannu, explora as nuances da vida jovem e adulta na China moderna.

Em “Pós-verdade”, de Chengpeng Dong, vencedor do prêmio de Filme Mais Comentado do Ano no Weibo Movie Night Awards, o telespectador reflete sobre valores sociais atuais, e “Quatro Primaveras”, de Qingyi Lu, considerado um dos Dez Melhores Filmes em Língua Chinesa segundo a Associação de Críticos de Cinema de Shanghai, captura a essência das estações do ano e Sabores da vida usa a gastronomia como metáfora para as experiências da vida.

A seleção dos longas também inclui exemplos da crescente indústria de animação chinesa, como “Boonie Bears: Viagem no Tempo”, de Huida Lin, considerado um dos filmes de animação mais influente de 2024 no Douyin Movie Wonder Night e produções que celebram as artes tradicionais, como “A Lenda da Serpente Branca”, de Xianfeng Zhang, entre outros.

O evento traz outra novidade em 2024, parte da Mostra será exibida em algumas cidades do interior paulista, nos “Pontos MIS”, do Museu da Imagem e do Som, em nova parceria, entre os dias 21/10 e 11/11. A programação e lista de cidades serão divulgadas em breve.

Programação completa:

9ª mostra de cinema 2024 – presencial

 

Serviço

9ª MOSTRA DE CINEMA CHINÊS

Até 15 de outubro no CCSP – Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 – São Paulo)| Sala Lima Barreto| 98 lugares

ENTRADA GRATUITA

Classificação Indicativa: Livre

Retirada dos ingressos: 1h30 antes da sessão

9ª mostra de cinema 2024 – presencial

Programação

Quinta-feira, 10 de outubro

15h00: À Espera do Amor (107 minutos)

17h15: A Lenda da Serpente Branca (101 minutos)

19h30: É Só Por um Tempo (103 minutos)

Sexta-feira, 11 de outubro

15h00: Sabores da Vida (115 minutos)

17h15: Fora dos Palcos (123 minutos)

19h40: Pós-verdade (112 minutos)

Sábado, 12 de outubro

15h30: Vidas Comuns (110 minutos)

17h40: É só por um tempo (103 minutos)

20h00: Quatro Primaveras (105 minutos)

Domingo, 13 de outubro

15h20: Boonie Bears: Viagem no Tempo (108 minutos)

17h30: Vida (125 minutos)

20h00: O Fio da Espada (102 minutos)

Terça-feira, 15 de outubro

15h00: O Fio da Espada (102 minutos)

17h10: Retorno ao Tibete (109 minutos)

19h30: Vida (125 minutos)

 

Continue lendo

Ciência

De 5 a 11 de outubro, o Sesc São Paulo amplia o alcance de um dos mais importantes eventos sul-americanos de produção audiovisual voltada para temáticas socioambientais: a Mostra Ecofalante de Cinema.

Publicado

em

De

14 filmes de 6 países, em 9 unidades do Sesc no estado debatem questões socioambientais na Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema.

 

 

De 5 a 11 de outubro, o Sesc São Paulo amplia o alcance de um dos mais importantes eventos sul-americanos de produção audiovisual voltada para temáticas socioambientais: a Mostra Ecofalante de Cinema. A Itinerância do festival, com programação gratuita, leva um recorte da programação da Mostra, que aconteceu no mês de agosto na capital paulista, para o interior e litoral do estado.

As unidades do Sesc Bertioga, Birigui, Guarulhos, Itaquera, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Registro, Sorocaba e Santos serão palco de bate-papos e exibições de filmes que abordam temas como emergência climática, agricultura regenerativa, ativismo e direitos trabalhistas, entre outros, apresentados na 13ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema.

Entre os filmes internacionais, destaca-se “Solo Comum”. Premiado no Festival de Tribeca (EUA), o longa dirigido por Joshua e Rebecca Harrell Tickell aborda a agricultura regenerativa e seus benefícios para o solo, a saúde e a regulação do clima. A obra conta com a participação de celebridades como Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson e será exibida nas unidades de Ribeirão Preto, Itaquera, Mogi das Cruzes e Birigui.

Outro filme que circulará por diversas unidades – Santos, Ribeirão Preto, Itaquera e Guarulhos – é “Food, Inc. 2”. Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou sobre uma realidade preocupante: as refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais, com corporações multinacionais aumentando sua influência. “Food, Inc. 2”, de Robert Kenner e Melissa Robledo, revela que as empresas alimentícias apenas reforçaram seu controle sobre os supermercados. O filme acompanha agricultores inovadores, produtores de alimentos visionários, ativistas dos direitos trabalhistas e legisladores que enfrentam essas empresas para inspirar mudanças e construir um futuro mais saudável e sustentável.

O Sesc Ribeirão Preto recebe com exclusividade os títulos “Filhos do Katrina”, “Humano Não-Humano” e “Rowdy Girl: Santuário Animal”. O primeiro, vencedor do prêmio de melhor documentário de cineasta estreante no Festival de Tribeca, revela que o furacão Katrina não apenas destruiu parte de Nova Orleans em 2005, mas também transformou a vida de muitos jovens, incluindo o diretor Edward Buckles Jr., que tinha apenas 13 anos na época. “Filhos do Katrina” dá voz àqueles que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo. A relação do longa com as recentes tragédias no Rio Grande do Sul reforça a necessidade urgente da adaptação das cidades às mudanças climáticas.

O curta belga “Humano Não-Humano”, de Natan Castay, questiona a noção de humanidade por meio de um trabalhador que desfoca rostos no Google Street View por um centavo cada. O filme foi premiado como melhor curta-metragem documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica), recebeu menção honrosa no Doclisboa e foi selecionado para festivais como Gotemburgo, Helsinque, Visions du Réel (Suíça) e o Festival de Documentários de Montreal.

Em “Rowdy Girl: Santuário Animal”, de Jason Goldman, uma ex-criadora de gado do Texas se torna vegana e transforma o negócio de carne bovina de seu marido em um santuário de animais. O filme foi destaque no Hot Docs, um dos mais importantes festivais de documentários da América.

Birigui, Itaquera e Santos exibem “TikTok, Boom”, de Shalini Kantayya, uma ativista ambiental cujos filmes exploram direitos humanos na intersecção entre ciência e tecnologia. Lançada no Festival de Sundance, a produção traz histórias pessoais do aplicativo mais baixado do mundo, contadas por nativos da Geração Z, jornalistas e especialistas.

Água é Vida!”, de Will Parrinello, será exibido no Sesc Piracicaba e Sesc Santos, e causou impacto no Festival de Mill Valley (EUA), onde venceu o prêmio do público. Com a participação de Diego Luna, o longa revela que, enquanto a mineração e as hidrelétricas ameaçam o abastecimento de água na América Central e do Sul, os povos indígenas lutam para proteger seus recursos e modos de vida. A câmera segue três líderes comunitários que enfrentam riscos de cárcere e assassinato enquanto lideram movimentos para proteger a água de empresas estrangeiras e governos corruptos.

As unidades de Guarulhos e Santos exibem “Plastic Fantastic”, da alemã Isa Willinger, que revela que plásticos estão por toda parte — existem 500 vezes mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas na galáxia. O longa participou de importantes festivais internacionais de documentários, como CPH (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e o Festival de Documentários de Munique.

Os padrões globais de cleptocracia e extrativismo são examinados no sueco “Breaking Social: O Fim do Contrato Social”, de Fredrik Gertten, presente na programação do Sesc Registro. O filme foca naqueles que quebram o chamado contrato social e recorrem a paraísos fiscais, colhendo lucros sem retribuir à sociedade. A obra circulou nos principais festivais de documentários, como IDFA (Amsterdã), Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH (Dinamarca) e Dokufest (Kosovo).

A coprodução EUA/Quênia, consagrada no Festival de Tribeca, onde foi eleita melhor documentário e venceu o prêmio de melhor fotografia, “Entre as Chuvas” será apresentada no Sesc Piracicaba. Filmado ao longo de quatro anos, a obra foca em uma comunidade queniana cuja infância se vê presa em uma cultura tradicional vítima das mudanças climáticas. Um jovem pastor questiona não apenas seu caminho como guerreiro, mas também a erosão cultural que moldou sua vida. A direção é de Andrew H. Brown e Moses Thuranira.

Outra coprodução, entre Brasil e França, “Samuel e a Luz” será exibida nos Sesc Bertioga e Guarulhos, mostrando o impacto da chegada da eletricidade e do turismo no cotidiano de um vilarejo de pescadores na costa de Paraty (RJ). Dirigido por Vinícius Girnys, o longa foi vencedor do prêmio de melhor documentário e do Prêmio Feisal no Festival de Guadalajara (México), e recebeu o prêmio de melhor documentário na Mostra Internacional de São Paulo, além de participar de festivais como Visions du Réel (Suíça), Hot Docs (Canadá), Festival de Cartagena, Porto/Post/Doc (Portugal), Festival de Dublin (Irlanda), Cinélatino (EUA), Rencontres de Toulouse (França) e Movies That Matter (Holanda).

Entre os títulos brasileiros que compõem a Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema, destaca-se “Rejeito”. Com exibição programada nas unidades do Sesc em Bertioga, Piracicaba, Registro, Guarulhos e Sorocaba, o filme alerta que, após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam milhões de pessoas em Minas Gerais. A obra, dirigida por Pedro de Filippis, mostra uma conselheira ambiental confrontando o modus operandi do governo e das mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas. O filme acumula uma respeitável trajetória, tendo vencido o prêmio de melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO), o prêmio da juventude no CineEco (Portugal) e menção especial no Festival Indie Memphis (EUA).

 

O longa paranaense “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” será exibido nas unidades Ribeirão Preto, Sorocaba, Piracicaba e Bertioga e revela como, no coração da Floresta Amazônica, um povo originário está vivenciando o renascimento de sua identidade após décadas de escravidão e opressão. Desde o ano 2000, os Huni Kuin, da Terra Indígena Humaitá, começaram a resgatar sua cultura e modo de vida ancestral. Dirigido por Lara Jacoski e Patrick Belem, o filme foi vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (EUA).

No longa “Memórias da Chuva”, apresentado no Sesc Bertioga, o veterano cineasta cearense Wolney Oliveira retrata a população obrigada a abandonar uma cidade do interior para dar lugar à construção de um açude que abastecerá a capital do estado. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos; da velha cidade, só restaram lembranças. Exibido no Festival de Havana, o filme venceu o prêmio de melhor edição e o prêmio do público no Fest Aruanda.

Além das exibições, a programação — totalmente gratuita — inclui bate-papos e oficinas, com o objetivo de ampliar os debates e reflexões sobre os temas abordados.

A programação completa está disponível em sescsp.org.br/itineranciaecofalante.

Serviço:

Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema

De 5 a 11 de outubro

Unidades do Sesc: Bertioga, Birigui, Guarulhos, Itaquera, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Registro, Sorocaba e Santos.

Grátis

sescsp.org.br/itineranciaecofalante

 

 Sinopses:

* “Água é Vida!” (“Water for Life”, EUA, 2023, 91 min) – Will Parrinello
Enquanto a mineração e as hidrelétricas ameaçam o abastecimento de água na América Central e do Sul, os povos indígenas lutam para proteger os seus recursos e modo de vida. O documentário acompanha três líderes comunitários que enfrentam riscos de cárcere e assassinato enquanto lideram movimentos para proteger a água de empresas estrangeiras e governos corruptos. O direito à água potável é um problema global – na América Latina, tornou-se uma questão de vida ou morte. Com participação do ator Diego Luna.
Vencedor do prêmio do público no Festival de Mill Valley (EUA).

* “Breaking Social: O Fim do Contrato Social” (“Breaking Social”, Suécia, 2023, 92 min) – Fredrik Gertten

Todas as sociedades se baseiam na ideia de um contrato social. Nos é dito que se trabalharmos arduamente, se tratarmos os outros com respeito, se cumprirmos as regras, seremos recompensados. Mas há também aqueles que quebram as regras, que recorrem aos paraísos fiscais e colhem lucros sem retribuir à sociedade. O filme examina os padrões globais de cleptocracia e extrativismo.

Exibido no IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo), Festival de Documentários de Munique e Bergan (EUA).

* “Entre as Chuvas” (“Between the Rains”, EUA/Quênia, 2023, 82 min) – Andrew H. Brown e Moses Thuranira

Filme realizado em colaboração com a comunidade Turkana-Ngaremara, do Quênia, que busca compreender as experiências de uma infância presa em uma cultura tradicional que é vítima das mudanças climáticas.

Vencedor dos prêmios de melhor documentário e melhor fotografia no Festival de Tribeca; melhor documentário internacional no Festival de Calgary (Canadá); exibido no Sheffield DocFest (Reino Unido) e no Festival de Zurique.

* “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (Brasil-PR, 2023, 70 min) – Lara Jacoski e Patrick Belem

No coração da Floresta Amazônica brasileira, o povo originário Huni Kuin está experenciando o renascimento de sua identidade depois de décadas de escravidão e opressão, desde quando capturados nas florestas e proibidos de viver sua cultura. Foi apenas a partir do ano 2000 que os Huni Kuin da Terra Indígena Humaitá, começaram a se lembrar de quem eram ao se unirem a recordar de sua cultura e modo de vida ancestral e espiritual. Após mais de 20 anos de fortalecimento através da guiança do líder espiritual Ninawá Pai da Mata, as comunidades da Terra Indígena do Humaitá vivem hoje um ápice cultural.

Vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (ambos nos EUA).

* “Filhos do Katrina” (“Katrina Babies”, EUA, 2021, 79 min) – Edward Buckles Jr.

Em 2005, o furacão Katrina não apenas destruiu grande parte da cidade de Nova Orleans, mas também mudou para sempre a vida de muitos jovens. O cineasta Edward Buckles Jr. tinha 13 anos quando isso aconteceu. Neste seu filme de estreia, ele dá voz aos que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo da época.

Vencedor do prêmio de melhor documentário de diretor estreante no Festival de Tribeca; exibido no Festival de Zurique

* “Food, Inc. 2” (EUA, 2023, 94 min) – Robert Kenner e Melissa Robledo

Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou os sobre uma realidade preocupante: as suas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais. E, no entanto, como revela esta poderosa continuação, os senhores supremos das empresas e da alimentação apenas reforçaram o seu controle sobre as nossas quintas e lojas.

Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Telluride (EUA) e Docville (Bélgica).

* “Humano Não-Humano” (“En Attendant Les Robots”, Bélgica, 2023, 38 min) – Natan Castay

O Turco Mecânico foi um autômato construído no século 18 que venceu as cortes europeias no xadrez. Indignado com a sua derrota, Napoleão exigiu que se desmontasse a máquina e assim revelou a fraude: nas entranhas mecânicas estava um ser humano. Hoje, essa anedota deu nome à plataforma de micro tarefas da Amazon, a Amazon Mechanical Turk. Otto passa noite e dia desfocando rostos no Google Street View por um centavo cada. Ao lado de seus colegas, Otto mergulha em um mundo robótico que questiona a noção de humanidade.

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica); menção honrosa no Doclisboa; exibido nos festivais de Gotemburgo, Helsinque, Visions du Réel (Suíça), Festival de Documentários de Montreal e Festival de Curtas de Pequim.

* “Memórias da Chuva” (Brasil-CE, 2023, 76 min) – Wolney Oliveira

A população de Jaguaribara, cidade do interior cearense, distante 162 km de Fortaleza, é obrigada a abandonar sua cidade para dar lugar a construção do Castanhão, açude que vai fornecer água para Fortaleza. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos, da velha cidade só restou lembranças.

Vencedor do prêmio de melhor edição e prêmio do público na Mostra Sob o Céu Nordestino no Fest Aruanda; exibido no Festival de Havana.

* “Plastic Fantastic” (Alemanha, 2023, 102 min) – Isa Willinger

Sobre diferentes atores que lidam com a produção de plástico, por um lado, e com a sua eliminação, por outro. Torna-se claro que todos vivemos num sistema interligado.

Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e no Festival de Documentários de Munique. 

* “Rejeito” (Brasil-SP/EUA, 2023, 75 min) – Pedro de Filippis

Após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. Uma conselheira ambiental do Estado confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas.

Vencedor do prêmio de melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO); prêmio da juventude no CineEco (Portugal); menção especial no Festival Indie Memphis (EUA); exibido no IDFA-Amsterdã, Cinéma du Réel (França), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Camden (EUA).

* “Rowdy Girl: Santuário Animal” (“Rowdy Girl”, EUA, 2023, 72 min) – Jason Goldman

Determinada a tornar o planeta um lugar melhor, a ex-criadora de gado do Texas, Renee King-Sonnen, transforma a operação de carne bovina de seu marido em um santuário de animais de fazenda, incentivando outros agricultores a fazer a transição da agricultura animal para a produção de alimentos à base de plantas.

Exibido no Hot Docs (Canadá) e no Festival de Hamptons (EUA).

* “Solo Comum” (“Common Ground”, EUA, 2023, 95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell

A solução dos agricultores regenerativos para trazer a saúde do solo em todo o continente e além.

Vencedor do prêmio Human/Nature no Festival de Tribeca; prêmio do público no Festival de Palm Springs; exibido nos festivais de Vancouver e Mill Valley (EUA).

* “TikTok, Boom” (EUA, 2022, 97 min) – Shalini Kantayya

Dissecando uma das plataformas de mídias sociais mais influentes do cenário contemporâneo, o documentário examina os aspectos algorítmico, sociopolítico e econômico, as influências culturais e o impacto do aplicativo. Embora o filme compartilhe um interesse genuíno na comunidade TikTok e em sua mecânica inovadora, traz também um saudável ceticismo em torno das questões de segurança, dos desafios políticos globais e dos preconceitos raciais por trás da rede.

Exibido nos Festival de Sundance, SXSW, Festival de São Francisco, CPH:DOX (Dinamarca) e no Festival de Zurique.

 

                                           Informações para a imprensa:

 

Marina Reis l marina.reis@sescsp.org.br l (11) 2607-8455 l (11) 97633-1152

Cinthya Martins l cinthya.martins@sescsp.org.br l (11) 2067- 3855

Aline Ribenboim l aline.ribenboim@sescsp.org.br I (11) 26078559

Continue lendo

Cinema

Evento será entre 24 e 29 de setembro na capital mineira com programação inteiramente gratuita que inclui homenagem a Anna Muylaert, tributo a Alejandro Jodorowsky, pré-estreias latinas e filmes brasileiros premiados.

Publicado

em

De

A 18ª edição da CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte, vai acontecer entre os dias 24 e 29 de setembro, transformando a cidade mineira na capital do cinema. Serão exibidos 110 filmes (59 longas, 2 médias e 49 curtas), de 15 países (Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Espanha, França, México, Panamá, República Dominicana e Uruguai) e 13 estados brasileiros (AL, AM, BA, ES, GO, MG, MS, PA, PB, PE, PR, RJ e SP), em 75 sessões, todas com entrada franca, distribuídos em 10 mostras temáticas: Continente, Território, Homenagem, Diálogos Históricos, A Cidade em Movimento, Vertentes, Praça, Curtas-metragens, CineMundi, Mostrinha, Cine-Escola e IC Play.

As projeções se espalham por 10 espaços de Belo Horizonte: Cine Theatro Brasil (Grande Teatro e Teatro de Câmara), Fundação Clóvis Salgado (Cine Humberto Mauro, Sala João Ceschiatti, Sala Juvenal Dias, Jardim Interno e Jardim do Parque), salas de cinema do Centro Cultural Minas Tênis Clube, Una Cine Belas Artes, Cine Santa Tereza, Teatro Sesiminas, Cine Cardume Rodoviária, Praça da Liberdade e Casa da Mostra.

A CineBH é uma importante plataforma para a exibição e discussão do cinema, com foco na produção latino-americana, e promove intercâmbio cultural e artístico entre filmes e realizadores do continente numa seleção diversificada de trabalhos que abordam questões sociais, políticas e culturais nas narrativas cinematográficas da América Latina. Confira a seguir os recortes da Mostra.

MOSTRA TERRITÓRIO E MOSTRA CONTINENTE

 

O tema deste ano na CineBH é “Estados do Cinema Latino-Americano” e irá percorrer vários dos 20 filmes programados para as seções latino-americanas, divididas nas mostras Território, de caráter competitivo, para realizadores em início de carreira de longa-metragem, e Continente, não competitiva. Os país que aparecem com trabalhos na seleção são Brasil, República Dominicana, Uruguai, Argentina, Colômbia, Chile, Panamá, Argentina, Costa Rica e México. A maior parte dos títulos é inédita no país e se diferencia por aproximações e abordagens do continente fora dos padrões estabelecidos principalmente em eventos europeus.

Na Mostra Continente, os filmes inéditos no país que ganham pré-estreia na CineBH são:
“Nada”, de Adriano Guimarães (Brasil)
“Maestra”, de Bruna Piantino (Brasil)
“Maldita Eva”, de Pablo Spatola (Argentina)
“Pibas Superpoderosas”, de Leonora Kievsky (Argentina)
“Altamar”, de Ernesto Jara Vargas (Costa Rica)

Já os inéditos da Mostra Território são:
“Mala Reputación”, de Marta Garcia, Sol Infante Zamudio (Uruguai/Argentina)
“Carropasajero”, de Juan Pablo Polanco Carranza, Cesar Alejandro Jaimes Léo (Colômbia)
“Sariri”, de Laura Donoso (Chile)
“Posesión Suprema”, de Lucas Silva (Colômbia)
“Ausente”, de Ana Carolina Soares (Brasil)
“Las Almas”, de Laura Basombrío (Argentina)
“Suraras”, de Barbara Marcel (Brasil/Alemanha)

Além destes, a Continente inclui os seguintes títulos: “La Mujer Salvaje”, de Alán González (Cuba); “Ramona”, de Victoria Linares Villegas (República Dominicana); “Idade da Pedra”, de Renan Rovida (Brasil); “Praia Formosa”, de Julia De Simone (Brasil e Portugal); “Pepe”, de Nelson Carlos de los Santos Arias (República Dominicana/Namíbia/ Colômbia); “Rio Vermelho”, de Guillermo Quintero (Colômbia); e “Dois Sertões”, de Caio Resende, Fabiana Leite (Brasil). Já a Território é completada por “Bila Burba”, de Duiren Wagua (Panamá).

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui e aqui.

MOSTRA VERTENTES

Estreante na programação da CineBH, a proposta da Mostra Vertentes é exibir um cinema brasileiro cujo caminho já foi iniciado por seus realizadores e, por isso, provocam expectativa e curiosidade – seja pela presença de sucesso em outros festivais, por suas trajetórias ao redor mundo, pelos nomes envolvidos ou então a conjugação de tudo isso. O fundamental da Vertentes é apresentar ao público trajetórias em andamento, com suas errâncias que, por fatores diversos, trouxeram-nas até os nossos olhares em Belo Horizonte. Como um riacho que se divide em diversos fluxos de itinerários e destinos, as vertentes simbolizam direções particulares, carregando histórias, conflitos, transformações e redescobertas multifacetadas.

Os títulos desta primeira edição da Mostra Vertentes, todos inéditos em Belo Horizonte, são: “O Dia que Te Conheci”, de André Novais Oliveira (MG); “Pasárgada”, de Dira Paes (SP/RJ); “Barba Ensopada de Sangue”, de Aly Muritiba (SP); e “Oeste Outra Vez”, de Erico Rassi (GO).

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui.

MOSTRA HOMENAGEM

A 18ª CineBH prestará uma homenagem especial à cineasta paulista Anna Muylaert, uma das vozes mais marcantes do cinema brasileiro contemporâneo. A celebração ocorrerá na noite de 24 de setembro, no prestigiado Cine Theatro Brasil, onde a diretora estará presente para a exibição em pré-estreia de seu novo filme, “O Clube das Mulheres de Negócios” . O trabalho de Muylaert é conhecido por seus personagens complexos e contraditórios, que muitas vezes refletem as tensões sociais brasileiras, desde as dinâmicas de poder entre homens e mulheres até as relações entre empregadores e empregados.

Durante a mostra, terão sessões presenciais, em vários espaços da cidade, os seguintes filmes de Muylaert: “Que Horas Ela Volta?” (2015), “Durval Discos” (2002), “Alvorada” (2022) e “Mãe Só Há Uma” (2016). Estes e todos os outros títulos dirigidos por Anna Muylaert, incluindo curtas e longas-metragens, poderão ser vistos na plataforma online da CineBH, gratuitamente, durante o período do festival.

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui.

MOSTRA PRAÇA

A Mostra Praça desta edição da CineBH está dedicada à música, seja por documentários que perfilam grupos e sonoridades à ficção cujo ponto de partida é uma loja de discos de vinil e no qual o ritmo narrativo é cadenciado pela musicalidade. Num ambiente a céu aberto, rodeado de árvores, transeuntes, vento e tudo que forma a paisagem urbana, assistir a esses filmes será algo próximo a participar de grandes concertos, aqui intermediados pela linguagem do cinema a conduzir atenções e sensibilidades.

Os filmes serão exibidos na Praça da Liberdade, espaço de grande importância cultural e cartão postal da cidade. Os títulos serão os documetários “Nada Será como Antes – A Música do Clube da Esquina”, de Ana Rieper, e “Luiz Melodia – No Coração do Brasil”, de Alessandra Dorgan; a ficção “Durval Discos”, de Anna Muylaert, em cópia restaurada; e a animação “Teca e Tuti – Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido,Tiago MAL e Diego M. Doimo, além de curtas da Mostrinha.

MOSTRA CINEMUNDI

Na celebração dos 15 anos do Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting, há uma seleção de alguns dos títulos de maior repercussão cujos projetos passaram pelo maior programa de coprodução do audiovisual brasileiro, além de aguardadas pré-estreias. O recorte terá filmes em exibição em formato online, na plataforma do evento, e também presencialmente, na capital mineira. Os títulos a serem exibidos em formato presencial são: “Levante”, de Lillah Hallah (2023, RJ/SP); “Elon Não Acredita na Morte”, de Ricardo Alves Jr. (2016, MG); “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (2019, Brasil/França); “Benzinho”, de Gustavo Pizzi (2018, RJ); “Amor, Plástico e Barulho”, de Renata Pinheiro (2013, PE); “Tinta Bruta”, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (2018, RS); “A Transformação de Canuto”, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho (2023, PE / SP/ RS); e “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges (2023, BA).

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui.

MOSTRA DIÁLOGOS HISTÓRICOS

A proposta desta edição da Mostra Diálogos Históricos, sempre voltada a um olhar ao passado reconfigurado no presente, é prestar tributo aos 95 anos do cineasta chileno Alejandro Jodorowsky exibindo seus filmes de começo de carreira, todos produzidos no México: “Fando e Lis” (1967), “El Topo” (1970) e “A Montanha Sagrada” (1973). A ideia é retornar ao princípio da trajetória cinematográfica de Jodorowsky tendo por base sua forte relação com a América Latina. Estes três títulos foram os únicos dele feitos integralmente no continente.

Multiartista nascido no Chile em 1929, Jodorowsky trabalhou com circo, mímica, histórias em quadrinhos, teatro e tarô. Seu primeiro filme, inserido no meio de todas essas atividades, foi o curta-metragem “A Gravata” (1957), realizado na França, mas só dez anos depois ele de fato fez do cinema uma atividade mais constante. O primeiro longa-metragem foi “Fando e Lis” (1968), já no México, para onde se mudou em 1960 depois de se desiludir com os rumos políticos e sociais do Chile e de uma breve estada em Paris.

Todas as sessões serão acompanhadas de um bate-papo com o professor e pesquisador Estevão Garcia, um dos principais estudiosos no Brasil da obra de Alejandro Jodorowsky.
MOSTRA A CIDADE EM MOVIMENTO

A mostra A Cidade em Movimento exibe produções independentes de Belo Horizonte e região metropolitana em diálogo direto com a vivência nas cidades. Este ano, o tema é “Imagens de uma cidade criativa”, com filmes de distintos formatos e gêneros, de qualquer ano de produção, para o diálogo acerca de assuntos e questões da cidade do ponto de vista social, político, ambiental e cultural. O objetivo é expor as curvas, arcos e bordas e encontrar, nesse movimento, uma cidade que reconhece e reluz sua potência criativa, ao passo que historiciza e reivindica sempre novos amanhãs.

Foram selecionados 20 filmes, entre curtas e longas-metragens, que serão exibidos em seis sessões acompanhadas de recortes temáticos e rodas de conversas com militantes e pesquisadores. Os temas, com respectivos participantes, são “Presença: maternidade solo e políticas de cuidado”, com Dera; “Corpo-território: lugar de memória e resistência”, com Robert Frank; “Existências trans e não-bináries: amor, deboche e futurismo”, com Túlio Colombo; “Arte e desejo: corpos em criação”, com Henrique Limadre; e “Entre(laços) e gerações”, com Cristina Tolentino.

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas da Mostra A Cidade em Movimento aqui.

MOSTRA DE CURTAS-METRAGENS

Em 17 curtas-metragens, divididos por quatro sessões, o espectador da CineBH vai se deparar com filmes de tentativas poéticas que tensionam e modulam, cada qual a seu modo, um jeito de ser e estar no mundo, de olhar para o território e o país a partir de um princípio que foge do real propriamente dito para envergar-se em direção a suas tessituras, especulações e fendas. O curta-metragem, ainda que pessoal, ainda que autorreferencial, pode ser um reino de ficções — de si e do outro. Olhar para estes filmes é tentar dar vazão a obras de diferentes estados a partir de abordagens com a linguagem que conversam com momentos políticos atuais sem abrir mão de tentar inventar, com mais ou menos grana, um modo formal que queira, antes de tudo, encenar, reavivar uma práxis do cinema que existe enquanto tal a partir de uma desvinculação com a verdade.

Confira títulos, sinopses e fichas técnicas de todos os filmes aqui.

MOSTRINHA E CINE ESCOLA

Para toda família, a CineBH promove a Mostrinha de Cinema, com sessões no Minas Tênis Clube, no Cine Santa Tereza e na Praça da Liberdade. As sessões serão acompanhadas pelos personagens da Turma do Pipoca e intervenções circenses. Os filmes este ano são as animações “Teca e Tuti – Uma Noite na Biblioteca” e “Brichos 3: Megavírus” e uma série de curtas-metragens para todas as idades. Já as Sessões Cine-Escola são promovidas para estudantes e educadores em dez sessões de filmes, com exibição de produções brasileiras entre longa e curtas, programados por faixas etárias (5 a 7 anos, 8 a 10 anos, 11 a 13 anos e a partir de 14 anos) em três espaços da cidade: Teatro Sesiminas, Cine Santa Tereza e Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec. As sessões são destinadas às escolas inscritas previamente pelo site cinebh.com.br.

PROGRAMAÇÃO ONLINE
Diversos títulos que integram a 18ª CineBH integrarão a programação online do evento, que vai reunir títulos, alguns exibidos apenas neste formato, na plataforma do evento cinebh.com.br. A seleção inclui títulos da Mostra CineMundi, da Mostra A Cidade em Movimento e da Mostra Homenagem e serão disponibilizados para visualização simultaneamente à realização da programação presencial da Mostra na capital mineira.

Além disso, um recorte especial com 7 curtas exibidos no evento farão parte da programação da Mostra Tiradentes na plataforma IC Play. Os filmes serão exibidos gratuitamente de 25 de setembro a 9 de outubro no site: https://www.itauculturalplay.com.br/.

ACESSE AQUI A SELEÇÃO DE FILMES DA 18ª CINEBH

***
A 18ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e o 15º Brasil CineMundi integram o Cinema sem Fronteiras 2024 – programa internacional de audiovisual idealizado pela Universo Produção e que reúne também a Mostra de Cinema de Tiradentes (centrada na produção contemporânea, em janeiro) e a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto (que difunde o audiovisual como patrimônio e ferramenta de educação, em junho).
***

 

SERVIÇO
18a CINEBH – MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE BELO HORIZONTE
24 a 29 de setembro de 2024 | PROGRAMAÇÃO GRATUITA

LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA
LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA
Patrocínio: CLARO, AYMORÉ, ANCINE, ITAÚ, COPASA, CODEMGE/GOVERNO DE MINAS GERAIS
Parceria Cultural: INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL, CASA DA MOSTRA, CIRCUITO LIBERDADE/FUNDAÇÃO CLOVIS SALGADO/GOVERNO DE MINAS GERAIS

Idealização e realização: UNIVERSO PRODUÇÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E TURISMO DE MINAS GERAIS
MINISTÉRIO DA CULTURA | GOVERNO FEDERAL – UNIÃO E RECONSTRUÇÃO

***
Informações pelo telefone: (31) 3282-2366
No Instagram: @universoproducao
No Youtube: Universo Produção
No Twitter: @universoprod
No Facebook: brasilcinemundi/cinebh / universoproducao
No LinkedIn: universo-produção
Site oficial do evento: www.cinebh.com.br

Link para fotos |https://www.flickr.com/photos/universoproducao/

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Universo Produção- Laura Tupynambá– (31) 3282.2366 -imprensa@universoproducao.com.br
Jozane Faleiro – (31) 992046367 – jozane@luzcomunicacao.com.br
Wandra Araújo – (31) 999645007 – imprensa@luzcomunicacao.com.br
Eliz Ferreira – (11) 991102442 – eliz@atticomunicacao.com.br
Valéria Blanco – (11) 991050441 – atticomunicacao1@gmail.com
Produção de textos: Marcelo Miranda e Luz Comunicação

 

Continue lendo
Propaganda

Destaque