Ciência
Buraco negro de massa estelar ‘adormecido’ é descoberto

Um tipo elusivo de buraco negro foi descoberto pela primeira vez em uma galáxia vizinha, de acordo com um novo estudo baseado em observações do Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO).
Buracos negros de massa estelar adormecidos, que se formam quando estrelas massivas chegam ao fim de suas vidas, são particularmente difíceis de detectar, pois não interagem muito com o ambiente.
Isso ocorre porque, ao contrário da maioria dos buracos negros, os adormecidos não emitem altos níveis de radiação de raios-X.
Embora pensado para ser um fenômeno cósmico bastante comum, esse tipo de buraco negro anteriormente não havia sido “inequivocamente detectado fora de nossa galáxia“, de acordo com a equipe de pesquisadores americanos e europeus envolvidos no estudo.
O buraco negro recém-detectado, chamado VFTS 243, tem pelo menos nove vezes a massa do nosso Sol e orbita uma estrela azul e quente com 25 vezes a massa do Sol, tornando-o parte de um sistema binário.
“É incrível que quase não saibamos de buracos negros adormecidos, dado o quão comuns os astrônomos acreditam que sejam”, disse o coautor do estudo Pablo Marchant, astrônomo da KU Leuven, uma universidade na Bélgica, em um comunicado à imprensa.
A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Astronomy nesta segunda-feira (18).
Processo de eliminação
Para encontrar o buraco negro, que não pode ser observado diretamente, os astrônomos analisaram 1.000 estrelas massivas (cada uma pesando pelo menos oito vezes a massa do sol) na região da Nebulosa da Tarântula da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia próxima à Via Láctea.
A descoberta foi feita por um processo de eliminação, disse o coautor Tomer Shenar, que trabalhava na KU Leuven, na Bélgica, quando o estudo começou e agora é bolsista Marie-Curie na Universidade de Amsterdã, na Holanda.
Primeiro, os pesquisadores identificaram as estrelas que faziam parte de sistemas binários — estrelas se movendo em torno de um companheiro cósmico.
Em seguida, eles procuraram sistemas binários onde o companheiro não era visível, e uma análise cuidadosa acabou revelando que o VFTS 243 era um buraco negro adormecido, explicou ele por e-mail.
“O que vemos aqui é uma estrela, pesando cerca de 25 vezes a massa do nosso Sol, movendo-se periodicamente (a cada 10 dias ou mais) em torno de algo ‘invisível’, que não podemos ver nos dados”, disse Shenar.
“A análise nos diz que essa outra ‘coisa’ deve ser pelo menos 9 vezes mais massiva que o nosso Sol. A parte principal da análise é a eliminação: o que pode pesar nove massas solares e não emitir nenhuma luz? Um buraco negro é a única possibilidade que nos resta (isto, ou um alienígena gordo e invisível).”
“Pode haver mais lá, mas apenas para este podemos mostrar a presença de um buraco negro de forma inequívoca”, disse Shenar.
O buraco negro foi encontrado após seis anos de observações do instrumento Fiber Large Array Multi Element Spectrograph (Flames) montado no Very Large Telescope do ESO. O Flames permite que os astrônomos observem mais de uma centena de objetos ao mesmo tempo.
Polícia do buraco negro
Alguns dos 40 autores do estudo são conhecidos nos círculos de astronomia como a polícia dos buracos negros, de acordo com o comunicado de imprensa, porque desmascararam várias outras descobertas de outros buracos negros.
O artigo disse que mais de 10 descobertas de sistemas binários de buracos negros nos últimos dois anos foram contestadas. No entanto, eles estavam confiantes de que sua descoberta não era um “alarme falso”.
“Sabemos quais são os desafios e fizemos tudo ao nosso alcance para descartar todas as outras opções”, disse Shenar.
A equipe de pesquisa disse que convidou o escrutínio de suas últimas descobertas.
“Na ciência, você está sempre certo até que alguém prove que você está errado, e não posso saber se isso nunca aconteceria — só sei que nenhum de nós pode detectar uma falha na análise”, disse Shenar.
Ciência
Dr Volnei Barboza fala sobre a acupuntura e seus benefícios substancial da medicina tradicional chinesa…

As crenças iniciais da acupuntura se baseavam em conceitos que são comuns na medicina tradicional chinesa, como uma energia da vida chamada qi
Acreditava-se que o qi fluía dos órgãos primários do corpo (órgãos zang fu) para tecidos “superficiais” do corpo como pele, músculos, tendões, ossos e juntas através de canais chamados meridianos. Os acupontos se localizam, quase sempre, ao longo dos meridianos Os que não se localizam ao longo dos meridianos são chamados extraordinários, e aqueles que não têm localização específica são chamados pontos a-shi.
Os acupontos propriamente ditos ficam sob a pele, não na superfície, e para que sejam estimulados devidamente e com segurança, as agulhas são introduzidas em diferentes graus de inclinação conforme o caso. Yintang, por exemplo, um acuponto localizado entre as sobrancelhas, deve ser punturado perpendicularmente em relação à pele no sentido do topo da cabeça para baixo, pinçando-se a pele levemente entre os dedos no momento da introdução da agulha; VB30, por outro lado, um ponto localizado em ambas as nádegas, deve ser punturado profundamente em ângulo de 90º.
O sentido das agulhas, o tempo e a forma de estimulação também podem variar conforme o tratamento específico. Condições de excesso (de chi ou de xué) são tratadas com estimulações menos vigorosas e pouco demoradas, ao passo que condições de vazio ou deficiência pedem manobras de entrada e retirada (não se retira totalmente a agulha, apenas se dá pequenos solavancos para cima e para baixo), fricção (na parte áspera da agulha), giros de um lado para outro ou mesmo pequenos petelecos na ponta exposta da agulha.
É costume também utilizar um “mandril” para inserir as agulhas. Trata-se de um pequeno tubo plástico descartável dentro do qual corre a agulha. A leve pressão da ponta do mandril sobre a pele ajuda a reduzir a dor da entrada, mas acupunturistas muito experientes muitas vezes optam por inserir a agulha em um movimento rápido à mão livre até a profundidade indicada, o que não é possível com o mandril (a diferença entre o comprimento do mandril e da agulha é o quanto se conseguirá inserir da agulha no primeiro movimento).
Sensação de qi
De-qi (Chinês: 得气; pinyin: dé qì; “chegada de qi”) se refere a uma alegada sensação de torpor, distensão ou formigamento elétrico no local da agulha. Se essa sensação não ocorre, então se justifica dizendo que o acuponto não foi localizado corretamente, ou a agulha não foi inserida na profundidade correta, ou houve manipulação inadequada. Se o de-qi não é imediatamente sentido no local de inserção da agulha, várias técnicas de manipulação costumam ser empregadas para promovê-la, como arrancar, sacudir e tremer.[61]
Uma vez que o de-qi é observado, técnicas podem ser utilizadas para “influenciar” o de-qi: por exemplo, através de certa manipulação, o de-qi pode, supostamente, ser transferido do local da agulha para locais mais distantes do corpo. Outras técnicas objetivam “tonificar” (chinês: 补; pinyin: bǔ) ou “sedar” (chinês: 泄; pinyin: xiè) o qi.
As primeiras técnicas são usadas em padrões de deficiência, as últimas em padrões de excesso de energia.[61] O de-qi é mais importante na acupuntura chinesa, enquanto os pacientes ocidentais e japoneses podem não considerá-lo uma parte necessária do tratamento.[52]
Práticas relacionadas
Do-in, uma forma não invasiva de trabalho corporal, usa pressão física aplicada aos acupontos por meio das mãos, dos cotovelos ou de outros instrumentos.A acupuntura é, frequentemente, acompanhada de moxabustão, a queima de preparações cônicas de moxa (feitas a partir de várias espécies do gênero Artemisia secas) sobre ou próximo à pele, frequentemente porém nem sempre em acupontos ou próximo a eles. Tradicionalmente, a acupuntura é usada para tratar doenças agudas, enquanto a moxabustão é usada para tratar doenças crônicas.
A moxabustão pode ser direta (o cone é colocado diretamente sobre a pele e permite-se que ele queime a pele, produzindo uma bolha e, eventualmente, uma cicatriz) ou indireta (o cone é colocado sobre uma fatia de alho, gengibre ou outro vegetal, ou um cilindro de moxa é mantido acima da pele, perto o bastante para aquecer ou queimar a pele).
Ventosaterapia é uma antiga forma chinesa de medicina alternativa na qual é criada uma sucção local sobre a pele; os praticantes acreditam que isso mobiliza um curativo fluxo de sangue.
Eletroacupuntura é uma forma de acupuntura na qual as agulhas são ligadas a um aparelho que gera pulsos elétricos contínuos (isso já foi descrito como, essencialmente, estimulação nervosa elétrica transdermal TENS mascarada como acupuntura).
Acupuntura de agulha de fogo é uma técnica que envolve a rápida inserção de agulhas aquecidas por fogo em partes do corpo.
Sonopuntura é uma estimulação do corpo similar à acupuntura usando som ao invés de agulhas. Isso pode ser feito usando transdutores que emitam ultrassom a uma profundidade de oito a seis centímetros em acupontos da pele. Alternativamente, pode ser usado um diapasão ou outros aparelhos emissores de som.
Injeção em acupontos é a injeção de várias substâncias (como remédios, vitaminas ou extratos herbais) nos acupontos. Essa técnica combina acupuntura tradicional com a injeção de uma dose efetiva de um remédio aprovado, e seus defensores sustentam que ela é mais eficiente que qualquer tratamento isolado, especialmente para o tratamento de alguns tipos de dor crônica. Entretanto, um estudo de 2016 revelou que a maior parte dos trabalhos publicados sobre o tema era de pouco valor devido a problemas metodológicos, e que testes em escala mais ampla seriam necessários para chegar a conclusões mais precisas.
Com base no conceito de microssistemas de acupuntura e sob os mesmos fundamentos da medicina tradicional chinesa que caracterizam a acupuntura, se desenvolveram técnicas explorando as possibilidades terapêuticas de regiões específicas do corpo como o pavilhão auricular (orelha) e as mãos.
Dentre estas, a mais antiga e difundida é a auriculopuntura ou auriculoterapia, já registrada no Neijing (500-300 a.C.). Tal técnica conta hoje com mais de uma escola: a chinesa clássica e a francesa, tendo sido esta última fundada pelo neurocirurgião francês Paul Nogier em 1957. Bem mais recente, o microssistema de acupuntura dos pontos das mãos – Korio Soo-Ji-Chim (Acupuntura de Mão, Coreana) foi desenvolvida apenas em 1975, por Tae Woo Yoo.[75] Os microssistemas são identificados seguindo a mesma lógica da reflexologia, ou seja, uma determinada área do corpo traz pontos reflexos de todo o corpo. Na auriculoterapia, por exemplo, visualiza-se um feto invertido sobre o pavilhão auricular para saber a que parte do corpo se refere cada região da orelha. Não há evidência científica, no entanto, de que a auriculoterapia possa curar doenças. A acupuntura do couro cabeludo, desenvolvida no Japão, é baseada em considerações reflexológicas do couro cabeludo.
A acupuntura cosmética é o uso da acupuntura numa tentativa de reduzir as rugas do rosto.
A acupuntura de veneno de abelha é a injeção de veneno de abelha purificado e diluído nos acupontos.
Colin A. Ronan, em sua “História ilustrada da ciência da Universidade de Cambridge”, assinala o período histórico de surgimento/consolidação de algumas das ideias básicas da ciência chinesa que eventualmente levaram ao desenvolvimento da técnica da acupuntura, como a concepção de Yin / Yang (陰陽) no princípio do século IV a.C. e a teoria dos Cinco elementos Wu Xing (五行), entre 370 e 250 a.C. por Tsou Yen (Zou Yan), o membro mais destacado da Academia Chi-Hsia (Zhi-Xia) do príncipe Hsuan (Xuan).
Na medicina tradicional chinesa, a doença é, geralmente, percebida como uma desarmonia em energias como yin, yang, qi, xuĕ, zàng-fǔ e meridianos, e na interação entre o corpo e o ambiente.[62]:77 A terapia se baseia em quais “padrões de desarmonia” podem ser identificados.[80][81]:1 Por exemplo, acredita-se que algumas doenças são causadas quando meridianos são invadidos por excesso de frio, vento e umidade.[81]:169-73 Visando a determinar qual é o padrão existente, os praticantes examinam itens como cor e formato da língua, a força relativa dos pontos de pulsação, o odor da respiração, a qualidade da respiração e o som da voz.[82][83] A medicina tradicional chinesa não diferencia claramente causa e efeito dos sintomas.[84]
FONTE: http://drvolneibarboza.com.br/
Ciência
1ª Edição da Feira Educacional “Estude em Pequim, China” acontece em São Paulo no dia 10 de junho com entrada gratuita.

São Paulo recebe, no próximo dia 10 de junho, terça-feira, a primeira edição da feira “Estude em Pequim, China” – promovida pelo Instituto Confúcio da Unesp em parceria com a ESPM. O evento contará com a participação de 15 instituições de ensino chinesas, divididas em sete universidades, sete escolas de ensino médio e o Chinese Testing International Co., Ltd., central – responsável pela realização dos exames de proficiência em chinês.
Com entrada gratuita, a Feira Educacional acontece das 10h às 16h no campus da ESPM. A cerimônia de abertura acontecerá às 10h30. O objetivo é oferecer aos alunos oportunidades de graduação, mestrado e doutorado nas universidades chinesas, bem como promover cursos de verão ou inverno e programas de intercâmbio na China para alunos do ensino médio.
Cada instituição de ensino chinesa terá um estande com especialistas para esclarecer dúvidas sobre os cursos, de como encontrar a melhor opção para o perfil do aluno, além de acomodação, vistos, taxas, processos de candidatura e oportunidades de carreira internacional.
A Feira é direcionada a estudantes do ensino médio até o doutorado, que estudam ou não mandarim e que queiram estudar em Pequim, na China.
Veja a lista completa das instituições participantes:
- Universidade de Pequim
- Instituto de Tecnologia de Pequim
- Universidade Médica da Capital
- Universidade Normal da Capital
- Colégio de Política para Jovens de Beijing
- Universidade de Tecnologia do Norte da China
- Universidade Vocacional de Ciência e Tecnologia de Pequim
- Segunda Escola Secundária Afiliada à Universidade Normal da Capital
- Escola Secundária Zhongguancun de Pequim
- Escola Experimental Afiliada à Escola de Formação de Professores do Distrito de Haidian de Pequim
- Escola Secundária Afiliada à Universidade Tsinghua – Campus da Rua Xueyuan
- Escola Yuying de Pequim
- Escola Secundária Afiliada à Universidade Tsinghua – Zhixin
- Escola Secundária nº 39 de Pequim
Serviço
Feira “Estude em Pequim, China” e a “Exposição HSK 2025
Onde: ESPM – Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 – Vila Mariana, São Paulo – SP
Quando: 10 de junho, terça-feira.
Horário: das 10h às 16h (cerimônia de abertura às 10h30)
Entrada gratuita
Ciência
Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: Dr. Marcelo Taveira alerta para a importância do diagnóstico precoce.

Celebrado no dia 26 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma tem como objetivo chamar a atenção para uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo. Silencioso na maior parte dos casos, o glaucoma afeta o nervo óptico de forma progressiva e pode comprometer a visão de maneira definitiva se não for diagnosticado e tratado a tempo.
Segundo o oftalmologista Dr. Marcelo Taveira, membro da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR) e da International Society of Refractive Surgery, o principal desafio no combate ao glaucoma é justamente o fato de que, nos estágios iniciais, a doença não apresenta sintomas. “O glaucoma é traiçoeiro porque rouba a visão de forma lenta e silenciosa. Muitas vezes, o paciente só percebe quando já perdeu parte importante da capacidade visual”, afirma.
O que é o glaucoma e quem está mais propenso a desenvolver a doença?
De acordo com Dr. Marcelo, o glaucoma é caracterizado pelo dano irreversível ao nervo óptico e o principal fator desencadeante é o aumento da pressão intraocular. “Existem diferentes tipos de glaucoma, mas o mais comum é o glaucoma de ângulo aberto, que evolui lentamente e sem dor”, explica.
Fatores como idade acima de 40 anos, histórico familiar, hipertensão ocular, diabetes e miopia elevada aumentam o risco de desenvolver a doença. “Se você se encaixa em algum desses grupos, é fundamental realizar consultas oftalmológicas periódicas”, orienta.
A importância do diagnóstico precoce
O oftalmologista reforça que a única forma de detectar o glaucoma precocemente é através de exames oftalmológicos de rotina, como a tonometria (medição da pressão intraocular) e a avaliação do nervo óptico. “Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de controlar a doença e preservar a visão”, afirma Dr. Marcelo.
Ele lembra que, embora o glaucoma não tenha cura, seu avanço pode ser freado com tratamento adequado. “O controle pode ser feito com o uso de colírios, procedimentos a laser ou cirurgias, dependendo do estágio da doença e da resposta ao tratamento”, explica.
Conscientização para preservar a visão
Para Dr. Marcelo Taveira, campanhas como o Maio Verde — mês de combate ao glaucoma — e a data de 26 de maio são essenciais para mudar o cenário da cegueira evitável. “O glaucoma é responsável por uma parcela significativa dos casos de cegueira que poderiam ser evitados. Informação e prevenção são nossas melhores armas”, conclui.
FONTE: Sarah Monteiro