Ciência
Por que o Brasillidera no ranking de violência doméstica?
“Ouvi de um Policial certa vez que se fosse prender todo homem que agride uma mulher no Brasil, não teria espaço na cadeia para os demais crimes, e o tom foi de deboche”
Sempre batemos na mesma tecla quando o assunto é falar de violência doméstica, mas hoje, vamos um pouco mais além, vamos na chave do problema. Veja bem caro leitor, não queremos aqui causar uma revolução no matrimônio moderno, mas sim explicar que certas praticas são abusivas e antiquadas aos dias de hoje, sem falar que muitas delas são CRIMES.
Proibir uma mulher de ter o próprio sustento, realizar seus estudos, é crime. Violência patrimonial, diminuir, ameaçar, humilhar, intimidar, coagir, ridicularizar, manipular, ou quaisquer atitudes que deixe a vítima com medo, é violência psicológica. Ofender em público, ou na internet, é crime. Violência moral, perseguir em ruas ou via internet é crime, stalking é o nome desse crime. E por fim, agredir, submissões físicas, puxões, empurrões, imobilização, etc. é crime, o mais grave de todos: violência física. Exigir da parceira atos sexuais aos quais ela não permite, forçar relações sexuais, se negar a usar preservativos, exposição da ou à nudez, também é crime, violência sexual.
Mas geralmente isso tudo vem em um grande combo, e sempre, independente da forma com que ocorre, isso parte de um RELACIONAMENTO ABUSIVO. Mas bom, o que isso tem a ver com as estatísticas que mostram que nosso país ainda infelizmente lidera nos boletins de ocorrência? Denúncias? E estatísticas de feminicídio? A resposta é a cultura, fato é, e verdade seja dita, o fator cultural ainda é grande denominador comum a essa prática absurda. Ainda nos dias atuais presenciamos pais ensinando suas filhas a não questionar e a sempre “obedecer” o marido, vemos isso claramente em outros países aonde a mulher é vista como algo totalmente submisso em total servidão ao marido. Muita gente vai deixar de ler essa parte mas em alguns lugares o maior desencadeador dessa cultura é a falta de instrução e a fé cega em doutrinas religiosas diversas, e mudar uma cultura de um país, um estado, cidade ou até mesmo bairro é algo extremamente lento e complexo. Há de se convir que em relação ao passado estamos evoluindo e tendo melhorias, mas ainda falta e muito. Precisa ser debatido, difundido em escolas, no cotidiano, na TV, internet, rodas de conversas, não temos que falar apenas da violência temos que prevenir, e a melhor forma de prevenção é o dialogo. RELAÇÕES TÓXICAS MATAM, tudo que começa mal tende a acabar pior, não é por que seus pais, avós viveram uma relação 20, 30, 50 anos que essa relação foi boa, a maioria das vezes ambas as partes têm traumas, problemas que nunca sequer foram externados por que a “sociedade” impôs a eles esse modelo de relação perfeita que claramente é uma utopia. O amor não mata, não proíbe, não agride, se está passando por isso fuja, não é amor.
Você mulher, esteja passando por qualquer tipo de violência não se cale DENUNCIE. Disque 180 Central de Atendimento à Mulher.
POR: CAROLINA VALLER BALDIN. ATIVISTA PELO DIREITO DAS MULHERES.
Instagram: @carol_valler
Facebook: Carolina valler baldin
Ciência
De 5 a 11 de outubro, o Sesc São Paulo amplia o alcance de um dos mais importantes eventos sul-americanos de produção audiovisual voltada para temáticas socioambientais: a Mostra Ecofalante de Cinema.
14 filmes de 6 países, em 9 unidades do Sesc no estado debatem questões socioambientais na Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema.
De 5 a 11 de outubro, o Sesc São Paulo amplia o alcance de um dos mais importantes eventos sul-americanos de produção audiovisual voltada para temáticas socioambientais: a Mostra Ecofalante de Cinema. A Itinerância do festival, com programação gratuita, leva um recorte da programação da Mostra, que aconteceu no mês de agosto na capital paulista, para o interior e litoral do estado.
As unidades do Sesc Bertioga, Birigui, Guarulhos, Itaquera, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Registro, Sorocaba e Santos serão palco de bate-papos e exibições de filmes que abordam temas como emergência climática, agricultura regenerativa, ativismo e direitos trabalhistas, entre outros, apresentados na 13ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema.
Entre os filmes internacionais, destaca-se “Solo Comum”. Premiado no Festival de Tribeca (EUA), o longa dirigido por Joshua e Rebecca Harrell Tickell aborda a agricultura regenerativa e seus benefícios para o solo, a saúde e a regulação do clima. A obra conta com a participação de celebridades como Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson e será exibida nas unidades de Ribeirão Preto, Itaquera, Mogi das Cruzes e Birigui.
Outro filme que circulará por diversas unidades – Santos, Ribeirão Preto, Itaquera e Guarulhos – é “Food, Inc. 2”. Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou sobre uma realidade preocupante: as refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais, com corporações multinacionais aumentando sua influência. “Food, Inc. 2”, de Robert Kenner e Melissa Robledo, revela que as empresas alimentícias apenas reforçaram seu controle sobre os supermercados. O filme acompanha agricultores inovadores, produtores de alimentos visionários, ativistas dos direitos trabalhistas e legisladores que enfrentam essas empresas para inspirar mudanças e construir um futuro mais saudável e sustentável.
O Sesc Ribeirão Preto recebe com exclusividade os títulos “Filhos do Katrina”, “Humano Não-Humano” e “Rowdy Girl: Santuário Animal”. O primeiro, vencedor do prêmio de melhor documentário de cineasta estreante no Festival de Tribeca, revela que o furacão Katrina não apenas destruiu parte de Nova Orleans em 2005, mas também transformou a vida de muitos jovens, incluindo o diretor Edward Buckles Jr., que tinha apenas 13 anos na época. “Filhos do Katrina” dá voz àqueles que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo. A relação do longa com as recentes tragédias no Rio Grande do Sul reforça a necessidade urgente da adaptação das cidades às mudanças climáticas.
O curta belga “Humano Não-Humano”, de Natan Castay, questiona a noção de humanidade por meio de um trabalhador que desfoca rostos no Google Street View por um centavo cada. O filme foi premiado como melhor curta-metragem documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica), recebeu menção honrosa no Doclisboa e foi selecionado para festivais como Gotemburgo, Helsinque, Visions du Réel (Suíça) e o Festival de Documentários de Montreal.
Em “Rowdy Girl: Santuário Animal”, de Jason Goldman, uma ex-criadora de gado do Texas se torna vegana e transforma o negócio de carne bovina de seu marido em um santuário de animais. O filme foi destaque no Hot Docs, um dos mais importantes festivais de documentários da América.
Birigui, Itaquera e Santos exibem “TikTok, Boom”, de Shalini Kantayya, uma ativista ambiental cujos filmes exploram direitos humanos na intersecção entre ciência e tecnologia. Lançada no Festival de Sundance, a produção traz histórias pessoais do aplicativo mais baixado do mundo, contadas por nativos da Geração Z, jornalistas e especialistas.
“Água é Vida!”, de Will Parrinello, será exibido no Sesc Piracicaba e Sesc Santos, e causou impacto no Festival de Mill Valley (EUA), onde venceu o prêmio do público. Com a participação de Diego Luna, o longa revela que, enquanto a mineração e as hidrelétricas ameaçam o abastecimento de água na América Central e do Sul, os povos indígenas lutam para proteger seus recursos e modos de vida. A câmera segue três líderes comunitários que enfrentam riscos de cárcere e assassinato enquanto lideram movimentos para proteger a água de empresas estrangeiras e governos corruptos.
As unidades de Guarulhos e Santos exibem “Plastic Fantastic”, da alemã Isa Willinger, que revela que plásticos estão por toda parte — existem 500 vezes mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas na galáxia. O longa participou de importantes festivais internacionais de documentários, como CPH (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e o Festival de Documentários de Munique.
Os padrões globais de cleptocracia e extrativismo são examinados no sueco “Breaking Social: O Fim do Contrato Social”, de Fredrik Gertten, presente na programação do Sesc Registro. O filme foca naqueles que quebram o chamado contrato social e recorrem a paraísos fiscais, colhendo lucros sem retribuir à sociedade. A obra circulou nos principais festivais de documentários, como IDFA (Amsterdã), Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH (Dinamarca) e Dokufest (Kosovo).
A coprodução EUA/Quênia, consagrada no Festival de Tribeca, onde foi eleita melhor documentário e venceu o prêmio de melhor fotografia, “Entre as Chuvas” será apresentada no Sesc Piracicaba. Filmado ao longo de quatro anos, a obra foca em uma comunidade queniana cuja infância se vê presa em uma cultura tradicional vítima das mudanças climáticas. Um jovem pastor questiona não apenas seu caminho como guerreiro, mas também a erosão cultural que moldou sua vida. A direção é de Andrew H. Brown e Moses Thuranira.
Outra coprodução, entre Brasil e França, “Samuel e a Luz” será exibida nos Sesc Bertioga e Guarulhos, mostrando o impacto da chegada da eletricidade e do turismo no cotidiano de um vilarejo de pescadores na costa de Paraty (RJ). Dirigido por Vinícius Girnys, o longa foi vencedor do prêmio de melhor documentário e do Prêmio Feisal no Festival de Guadalajara (México), e recebeu o prêmio de melhor documentário na Mostra Internacional de São Paulo, além de participar de festivais como Visions du Réel (Suíça), Hot Docs (Canadá), Festival de Cartagena, Porto/Post/Doc (Portugal), Festival de Dublin (Irlanda), Cinélatino (EUA), Rencontres de Toulouse (França) e Movies That Matter (Holanda).
Entre os títulos brasileiros que compõem a Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema, destaca-se “Rejeito”. Com exibição programada nas unidades do Sesc em Bertioga, Piracicaba, Registro, Guarulhos e Sorocaba, o filme alerta que, após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam milhões de pessoas em Minas Gerais. A obra, dirigida por Pedro de Filippis, mostra uma conselheira ambiental confrontando o modus operandi do governo e das mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas. O filme acumula uma respeitável trajetória, tendo vencido o prêmio de melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO), o prêmio da juventude no CineEco (Portugal) e menção especial no Festival Indie Memphis (EUA).
O longa paranaense “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” será exibido nas unidades Ribeirão Preto, Sorocaba, Piracicaba e Bertioga e revela como, no coração da Floresta Amazônica, um povo originário está vivenciando o renascimento de sua identidade após décadas de escravidão e opressão. Desde o ano 2000, os Huni Kuin, da Terra Indígena Humaitá, começaram a resgatar sua cultura e modo de vida ancestral. Dirigido por Lara Jacoski e Patrick Belem, o filme foi vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (EUA).
No longa “Memórias da Chuva”, apresentado no Sesc Bertioga, o veterano cineasta cearense Wolney Oliveira retrata a população obrigada a abandonar uma cidade do interior para dar lugar à construção de um açude que abastecerá a capital do estado. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos; da velha cidade, só restaram lembranças. Exibido no Festival de Havana, o filme venceu o prêmio de melhor edição e o prêmio do público no Fest Aruanda.
Além das exibições, a programação — totalmente gratuita — inclui bate-papos e oficinas, com o objetivo de ampliar os debates e reflexões sobre os temas abordados.
A programação completa está disponível em sescsp.org.br/itineranciaecofalante.
Serviço:
Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema
De 5 a 11 de outubro
Unidades do Sesc: Bertioga, Birigui, Guarulhos, Itaquera, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Registro, Sorocaba e Santos.
Grátis
sescsp.org.br/itineranciaecofalante
Sinopses:
* “Água é Vida!” (“Water for Life”, EUA, 2023, 91 min) – Will Parrinello
Enquanto a mineração e as hidrelétricas ameaçam o abastecimento de água na América Central e do Sul, os povos indígenas lutam para proteger os seus recursos e modo de vida. O documentário acompanha três líderes comunitários que enfrentam riscos de cárcere e assassinato enquanto lideram movimentos para proteger a água de empresas estrangeiras e governos corruptos. O direito à água potável é um problema global – na América Latina, tornou-se uma questão de vida ou morte. Com participação do ator Diego Luna.
Vencedor do prêmio do público no Festival de Mill Valley (EUA).
* “Breaking Social: O Fim do Contrato Social” (“Breaking Social”, Suécia, 2023, 92 min) – Fredrik Gertten
Todas as sociedades se baseiam na ideia de um contrato social. Nos é dito que se trabalharmos arduamente, se tratarmos os outros com respeito, se cumprirmos as regras, seremos recompensados. Mas há também aqueles que quebram as regras, que recorrem aos paraísos fiscais e colhem lucros sem retribuir à sociedade. O filme examina os padrões globais de cleptocracia e extrativismo.
Exibido no IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo), Festival de Documentários de Munique e Bergan (EUA).
* “Entre as Chuvas” (“Between the Rains”, EUA/Quênia, 2023, 82 min) – Andrew H. Brown e Moses Thuranira
Filme realizado em colaboração com a comunidade Turkana-Ngaremara, do Quênia, que busca compreender as experiências de uma infância presa em uma cultura tradicional que é vítima das mudanças climáticas.
Vencedor dos prêmios de melhor documentário e melhor fotografia no Festival de Tribeca; melhor documentário internacional no Festival de Calgary (Canadá); exibido no Sheffield DocFest (Reino Unido) e no Festival de Zurique.
* “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (Brasil-PR, 2023, 70 min) – Lara Jacoski e Patrick Belem
No coração da Floresta Amazônica brasileira, o povo originário Huni Kuin está experenciando o renascimento de sua identidade depois de décadas de escravidão e opressão, desde quando capturados nas florestas e proibidos de viver sua cultura. Foi apenas a partir do ano 2000 que os Huni Kuin da Terra Indígena Humaitá, começaram a se lembrar de quem eram ao se unirem a recordar de sua cultura e modo de vida ancestral e espiritual. Após mais de 20 anos de fortalecimento através da guiança do líder espiritual Ninawá Pai da Mata, as comunidades da Terra Indígena do Humaitá vivem hoje um ápice cultural.
Vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (ambos nos EUA).
* “Filhos do Katrina” (“Katrina Babies”, EUA, 2021, 79 min) – Edward Buckles Jr.
Em 2005, o furacão Katrina não apenas destruiu grande parte da cidade de Nova Orleans, mas também mudou para sempre a vida de muitos jovens. O cineasta Edward Buckles Jr. tinha 13 anos quando isso aconteceu. Neste seu filme de estreia, ele dá voz aos que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo da época.
Vencedor do prêmio de melhor documentário de diretor estreante no Festival de Tribeca; exibido no Festival de Zurique
* “Food, Inc. 2” (EUA, 2023, 94 min) – Robert Kenner e Melissa Robledo
Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou os sobre uma realidade preocupante: as suas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais. E, no entanto, como revela esta poderosa continuação, os senhores supremos das empresas e da alimentação apenas reforçaram o seu controle sobre as nossas quintas e lojas.
Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Telluride (EUA) e Docville (Bélgica).
* “Humano Não-Humano” (“En Attendant Les Robots”, Bélgica, 2023, 38 min) – Natan Castay
O Turco Mecânico foi um autômato construído no século 18 que venceu as cortes europeias no xadrez. Indignado com a sua derrota, Napoleão exigiu que se desmontasse a máquina e assim revelou a fraude: nas entranhas mecânicas estava um ser humano. Hoje, essa anedota deu nome à plataforma de micro tarefas da Amazon, a Amazon Mechanical Turk. Otto passa noite e dia desfocando rostos no Google Street View por um centavo cada. Ao lado de seus colegas, Otto mergulha em um mundo robótico que questiona a noção de humanidade.
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica); menção honrosa no Doclisboa; exibido nos festivais de Gotemburgo, Helsinque, Visions du Réel (Suíça), Festival de Documentários de Montreal e Festival de Curtas de Pequim.
* “Memórias da Chuva” (Brasil-CE, 2023, 76 min) – Wolney Oliveira
A população de Jaguaribara, cidade do interior cearense, distante 162 km de Fortaleza, é obrigada a abandonar sua cidade para dar lugar a construção do Castanhão, açude que vai fornecer água para Fortaleza. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos, da velha cidade só restou lembranças.
Vencedor do prêmio de melhor edição e prêmio do público na Mostra Sob o Céu Nordestino no Fest Aruanda; exibido no Festival de Havana.
* “Plastic Fantastic” (Alemanha, 2023, 102 min) – Isa Willinger
Sobre diferentes atores que lidam com a produção de plástico, por um lado, e com a sua eliminação, por outro. Torna-se claro que todos vivemos num sistema interligado.
Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e no Festival de Documentários de Munique.
* “Rejeito” (Brasil-SP/EUA, 2023, 75 min) – Pedro de Filippis
Após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. Uma conselheira ambiental do Estado confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas.
Vencedor do prêmio de melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO); prêmio da juventude no CineEco (Portugal); menção especial no Festival Indie Memphis (EUA); exibido no IDFA-Amsterdã, Cinéma du Réel (França), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Camden (EUA).
* “Rowdy Girl: Santuário Animal” (“Rowdy Girl”, EUA, 2023, 72 min) – Jason Goldman
Determinada a tornar o planeta um lugar melhor, a ex-criadora de gado do Texas, Renee King-Sonnen, transforma a operação de carne bovina de seu marido em um santuário de animais de fazenda, incentivando outros agricultores a fazer a transição da agricultura animal para a produção de alimentos à base de plantas.
Exibido no Hot Docs (Canadá) e no Festival de Hamptons (EUA).
* “Solo Comum” (“Common Ground”, EUA, 2023, 95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell
A solução dos agricultores regenerativos para trazer a saúde do solo em todo o continente e além.
Vencedor do prêmio Human/Nature no Festival de Tribeca; prêmio do público no Festival de Palm Springs; exibido nos festivais de Vancouver e Mill Valley (EUA).
* “TikTok, Boom” (EUA, 2022, 97 min) – Shalini Kantayya
Dissecando uma das plataformas de mídias sociais mais influentes do cenário contemporâneo, o documentário examina os aspectos algorítmico, sociopolítico e econômico, as influências culturais e o impacto do aplicativo. Embora o filme compartilhe um interesse genuíno na comunidade TikTok e em sua mecânica inovadora, traz também um saudável ceticismo em torno das questões de segurança, dos desafios políticos globais e dos preconceitos raciais por trás da rede.
Exibido nos Festival de Sundance, SXSW, Festival de São Francisco, CPH:DOX (Dinamarca) e no Festival de Zurique.
Informações para a imprensa:
Marina Reis l marina.reis@sescsp.org.br l (11) 2607-8455 l (11) 97633-1152
Cinthya Martins l cinthya.martins@sescsp.org.br l (11) 2067- 3855
Aline Ribenboim l aline.ribenboim@sescsp.org.br I (11) 26078559
Celebridades
Escola de Teatro Cria promove educação e inclusão para crianças do Caju e zona portuária
Atividades são gratuitas e acontecem em escolas públicas
A Escola de Teatro Cria está transformando a vida de 1.000 crianças e jovens do bairro do Caju e zona portuária, utilizando o teatro como ferramenta de educação e inclusão. Por meio do Método Cria, que combina elementos do teatro com a Pedagogia Waldorf, o projeto está presente em seis polos teatrais espalhados pela região e se tornou disciplina eletiva em escolas públicas da região.
Nas oficinas, as turmas são organizadas por faixas etárias, garantindo que as técnicas teatrais e os conteúdos educacionais sejam adequados ao desenvolvimento de cada grupo. A abordagem visa estimular o conhecimento, o raciocínio lógico, o equilíbrio emocional e a iniciativa para a ação.
“A metodologia do Método Cria é projetada para atender as necessidades específicas de cada faixa etária, proporcionando um ambiente de aprendizado que é ao mesmo tempo divertido e profundamente transformador,” destaca Laura Campos Braz, idealizadora e diretora artística do projeto. “Nosso objetivo é gerar um impacto direto nas escolhas de vida das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, possibilitando uma mudança significativa em sua comunidade.”
O público-alvo principal do projeto são crianças e jovens com idades entre 3 e 21 anos, residentes no Caju e arredores, em situação de vulnerabilidade social e que são estudantes da rede pública de ensino. Com o trabalho realizado, o Projeto Cria foi certificado como o primeiro Ponto de Cultura do Caju, um reconhecimento de sua importância na promoção da cultura e da arte na região e conquistou o primeiro lugar na categoria Arte Educação no edital de Retomada Cultural realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec).
“O reconhecimento como o primeiro Ponto de Cultura do Caju é uma prova do trabalho árduo e dedicação de toda a nossa equipe”, acrescentou Jaura . “Estamos comprometidos em continuar oferecendo oportunidades educacionais e culturais que façam a diferença na vida de nossos jovens”.
Para mais informações sobre a Escola de Teatro Cria e como apoiar esta iniciativa acesse https://projetocria.org.br/
Ciência
A segunda temporada da série “Amazônia, Arqueologia da Floresta”, dirigida por Tatiana Toffoli, estreia em todo o Brasil no SescTV no dia 11 de setembro
A segunda temporada da série “Amazônia, Arqueologia da Floresta”, dirigida por Tatiana Toffoli, estreia em todo o Brasil no SescTV no dia 11 de setembro. Dividida em quatro episódios, a segunda temporada da série mostra uma equipe de arqueólogos, coordenada pelo pesquisador Eduardo Góes Neves, em processo de escavação no sítio de Teotônio, em Rondônia, na Amazônia.
Produzida pela Elástica Filmes, a série tenta identificar indícios de antigas ocupações indígenas. Em pedaços de cerâmica, sementes carbonizadas e resíduos microscópicos de amido, ressurge a vida de povos que habitaram o território por milênios, em contraste com as atuais formas de ocupação da Amazônia, marcadas pela destruição.
O sítio Teotônio foi ocupado por pelo menos sete povos indígenas diferentes ao longo de milhares de anos. Ali foram encontrados os registros mais antigos de terra preta na Amazônia, talvez a melhor evidência de que os povos indígenas modificaram a natureza. Sua localização privilegiada, próximo à cachoeira do Teotônio, no rio Madeira, atraiu diferentes povos, provavelmente em busca da grande quantidade de peixes disponíveis.
Para a diretora da série, Tatiana Toffoli, um destaque desta temporada é a presença do indigenista e ecólogo Daniel Cangussu, servidor da FUNAI na Frente de Proteção Etnoambiental Madeira-Purus. “Ele mostra artefatos dos Hi-Merimã, povo que vive em isolamento na região do alto rio Purus, em Lábrea, e faz uma analogia entre a arqueologia e a ciência mateira ao comparar os vestígios deixados por esses povos na floresta com os vestígios encontrados pelos arqueólogos nas escavações”, observa.
Ainda segundo a diretora, o que chama atenção nesta segunda temporada de “Amazônia, Arqueologia da Floresta” é que, além de mostrar a descoberta de importantes vestígios arqueológicos no sítio de Teotônio, a série também revela um processo contínuo de destruição da floresta amazônica, que se aproxima de um ponto de não retorno.
Natural de Porto Alegre (RS), a diretora Tatiana Toffoli concebeu, produziu, dirigiu e montou os 4 episódios da primeira temporada da série “Amazônia, Arqueologia da Floresta”. Ela também dirigiu e montou “Juruá”, que integra o longa-metragem “Pessoas Contar Para Viver” – Prêmio de Melhor filme na categoria Pensamento do Festival e Prêmio Curta! em 2023 (2019 – 43ª Mostra); “Baré, Povo Do Rio” (2015 – Melhor Realização Artística do TELAS); “Louceiras” (2013 – Menção Honrosa no 14ºFICA); “Chapa” (2009 – Prêmio no Con-can Movie Festival Japão). Montou “Chico Rei Entre Nós” (Prêmio de Público de Melhor documentário brasileiro e Menção Honrosa na 44º Mostra Internacional de Cinema), “Dona Helena” (2006 – Melhor documentário no Tudo Sobre Mulheres) e “Do Pó da Terra” (2016). Nos anos 90, foi produtora do MTV no Ar e dirigiu as séries Mochilão MTV e Expedição Caiçara (TV CULTURA).
Eduardo Neves é Professor Titular de Arqueologia e Diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, Brasil. É especialista em arqueologia da Bacia Amazônica. Escreveu os livros “Arqueologia da Amazônia” (2006) e “Sob os Tempos do Equinócio: 8.000 anos de História na Amazônia Central” (2022) e co-editou, com Colin McEwan e Cristiana Barreto, “Amazônia Desconhecida: cultura em natureza no Brasil antigo” (2001). Foi professor visitante em diversas universidades da América Latina, Europa e EUA.
Episódios
Episódio 1 – Terra Preta | Teaser: AQUI
A equipe de arqueólogos coordenada por Eduardo Neves retorna ao sítio Teotônio, próximo à Porto Velho (RO). Neste lugar, foram encontrados vestígios de terra preta com idade de 5.500 anos. Trata-se da terra preta mais antiga encontrada na Amazônia, um registro deixado pelas populações sedentárias que viviam ali. As cerâmicas escavadas no sítio sugerem grande diversidade cultural com, pelo menos, sete diferentes povos indígenas ao longo dos milênios.
Episódio 2 – O Construtor de Ruínas | Teaser: AQUI
A equipe, sempre com o olhar atento da câmera da diretora Tatiana Toffoli, descobre vestígios de cerâmicas polícromas que sugerem um local de consumo de alimentos por povos de origem tupi. Com a chegada dos portugueses começou a política de extermínio dos povos e exploração econômica da região.
Episódio 3 – Berço Tupi | Teaser: AQUI
Conforme as escavações avançam, aparecem evidências de manejo de diversas plantas, inclusive espécies exóticas, em áreas de terra preta profunda. A arqueóloga Laura Furquim e a antropóloga Karen Shiratori levam Eduardo Neves até à aldeia Marmelos, do povo Tenharin, cortada pela Transamazônica.
Episódio 4 – Viver na Floresta | teaser: AQUI
Pelo rio Marmelos, a equipe vai até a roça antiga do cacique João Sena para colher o milho da festa tradicional Tenharin, que lutam contra projetos econômicos que derrubam a floresta e ameaçam seus parentes que optaram pelo isolamento no território. Os palioecólogos Paulo de Oliveira e Francis Mayle retiram tubos com camadas de sedimento do fundo dos lagos para entender a relação das plantas com as mudanças climáticas nas proximidades do sítio Teotônio.
SOBRE O SESCTV
O SescTV é o canal cultural do Sesc São Paulo que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o país. Distribuído gratuitamente para mais de 60 operadoras de TV por assinatura e plataformas de streaming em todo o Brasil, sua grade é composta por espetáculos, documentários, filmes, curtas e entrevistas que tratam de temas como arquitetura, literatura, filosofia, teatro, política, sociedade, ética e cotidiano.
No acervo do canal, que passa dos 10.000 títulos, estão produções próprias e licenciamentos que são distribuídos ao longo da programação para criar uma experiência enriquecedora para o telespectador em todos os horários. Além da programação ao vivo, o site do SescTV oferece uma seleção de produções originais brasileiras e estrangeiras que podem ser assistidas na íntegra, gratuitamente e sem necessidade de cadastro em sesctv.org.br.
SOBRE A ELÁSTICA FILMES
Elástica Filmes é uma produtora de filmes e séries para cinema e TV, focada em temas contemporâneos, ciências, povos, saúde e artes. Fundada em 2006 pelas irmãs gêmeas Dainara e Tatiana Toffoli, com a intenção de desenvolverem seus próprios projetos, a produtora estreou no Festival É Tudo Verdade com o documentário “Dona Helena”, de Dainara Toffoli, em coprodução com a M.Schmiedt Produções. O filme ganhou melhor documentário no Festival Tudo Sobre Mulheres, participou de diversos festivais nacionais e internacionais e vem sendo, desde então, veiculado em canais de tevê como GNT, Canal Brasil, TV Brasil e TV Cultura.
Ao longo de 18 anos, a Elástica produziu diversos médias-metragens documentais, e o longa de ficção Mar de Dentro, de Dainara Toffoli, em produção conjunta com a Muiraquitã Filmes.
Produziu os documentários média-metragem “Louceiras” (Menção Honrosa no 14º FICA – Festival de Cinema Ambiental da Cidade de Goiás); “Baré, Povo do Rio” (Melhor Realização Artística no Telas – Festival Internacional de Televisão de São Paulo) e a série documental “Amazônia: Arqueologia da Floresta”, dirigidos por Tatiana Toffoli com realização do SescTV.
Serviço:
SESSÃO ESPECIAL: EXIBIÇÃO DO PRIMEIRO EPISÓDIO DA 2° TEMPORADA DA SÉRIE AMAZÔNIA, ARQUEOLOGIA DA FLORESTA
Dir.: Tatiana Toffoli | Indicação livre
Dia 06/09, sexta-feira, às 19h. Grátis.
Retirada de ingressos com uma hora de antecedência.
CineSesc. Rua Augusta, 2075.
ESTREIA DA 2°TEMPORADA _ SÉRIE” AMAZÔNIA, ARQUEOLOGIA DA FLORESTA”, NO SESCTV
Dia 11/09, quarta-feira, às 20h
Direção:Tatiana Toffoli
Produção: Elástica Filmes
Realização: SescTV
Classificação Indicativa: Livre.
Reapresentações: quintas, 2h30 e 16h30; domingos, 9h e 18h; quartas, 6h e 10h
Disponível sob demanda no site a partir de 6/9
Para assistir o SescTV:
Consulte as operadoras e serviços de streaming sobre a disponibilidade do canal.
Assista online em sesctv.org.br
Nas redes sociais: @SescTV
Informações para imprensa
Atti Comunicação e Produção
Eliz Ferreira – (11) 99110- 2442 | eliz@atticomunicacao.com.br
Valéria Blanco – (11) 9 9105-0441 | atticomunicacao1@gmail.com