Cultura
Veleiro Witness, do Greenpeace, vem ao Brasil para expedição científica na bacia da Foz do Amazonas

Chega a Belém (PA), em 28 de fevereiro, o veleiro Witness, a mais nova embarcação do Greenpeace. A presença do Witness em águas brasileiras é parte da expedição Costa Amazônica Viva, do Greenpeace Brasil, que, entre outras atividades, vai fomentar o aprofundamento de conhecimento científico sobre a costa do Amapá, e os potenciais impactos da exploração de petróleo na região.
Em um contexto de abertura de novas fronteiras de exploração de petróleo na Amazônia, em áreas extremamente sensíveis do ponto de vista socioambiental e insuficientemente conhecidas pela ciência, o objetivo da expedição científica é coletar dados sobre as correntes marítimas da região. Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), responsáveis pelo estudo, lançarão derivadores (equipamentos oceanográficos que emitem sinais de localização GPS) em diferentes pontos da Bacia da Foz do Amazonas para mapear as correntes de superfície no litoral do Amapá.
A expedição permitirá, entre outros objetivos, a obtenção de mais informações sobre a dinâmica das águas costeiras e oceânicas na bacia da Foz do Amazonas, que sofrem influência direta da descarga de águas do rio Amazonas.
O estudo busca contribuir para um entendimento mais acurado sobre a trajetória de eventuais vazamentos de petróleo, já que não há um consenso científico sobre tais dinâmicas. Pelo contrário, há um dissenso fundamental: as modelagens de dispersão de óleo apresentadas pela Petrobras, que indicavam que ele não chegaria até a costa foram recebidas com ceticismo por oceanógrafos de renomadas instituições do país.
Ainda há incertezas em relação ao risco do petróleo derramado atingir a costa amazônica, os manguezais, os rios, terras indígenas, açaizais e lavouras da região. Esses dados também são centrais para que a empresa apresente ações de prevenção e mitigação de impactos do óleo.
A modelagem da Petrobras contraria, ainda, relatos de comunidades indígenas e pescadores da região, que não tiveram suas vozes ouvidas, e afirmam reiteradamente que diversos objetos caídos em alto-mar já chegaram à costa do Amapá, aos rios e mangues do Oiapoque.
Além do mapeamento das correntes marinhas superficiais, que vem inclusive da oitiva desses relatos das comunidades locais, a expedição trará a percepção de povos indígenas e outros atores do território sobre a questão do petróleo na região, além de documentar os ambientes costeiros e Unidades de Conservação, mostrando a importância socioambiental da costa amazônica.
Com a expedição, o Greenpeace pretende fomentar o debate público em relação aos potenciais impactos do petróleo na região, cobrar responsabilidade das entidades de Estado (e o próprio governo) para que os povos do território e a ciência sejam escutados e que se respeite o Princípio da Precaução – que prevê a não implementação de projetos sem que haja consenso científico em relação à região e os potenciais impactos das atividades.
O Witness possui 22,5 metros de comprimento e, devido à elevação da quilha e do leme, é capaz de navegar em águas rasas e inacessíveis a barcos maiores. Adaptações tecnológicas promovidas na embarcação em 2022 visam tornar o veleiro mais ecológico e incluem células solares, turbinas eólicas e um sistema otimizado de gerenciamento de energia.
Cinema
De 14 a 20 de julho, a capital mato-grossense recebe a 22ª edição do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá – CINEMATO, que este ano bateu recorde de inscritos e confirma sua atuação como um dos principais festivais da região Centro-Oeste e um dos mais antigos do Brasil.

Com o tema “Decolonizando a Amazônia” e uma homenagem ao cineasta Silvino Santos (1886–1970), reconhecido como o “cineasta da selva” por sua contribuição pioneira ao registro audiovisual da Amazônia no século XX, o evento propõe uma reflexão contemporânea sobre a construção do importante território e bioma da Amazônia, destacando narrativas e sujeitos que muitas vezes são marginalizados.
A programação Gratuita traz 62 filmes de 19 estados do Brasil (SC, TO, SE, AL, MG, BA, RS, DF, MT, AM, PR, CE, PB, SP, PE, GO, RN e ES) dividas nas Mostras Competitivas de Curtas e Longas-Metragens, Cinema Escola, Hors Concours, Melhor Idade, Cinema Paradiso e Sessão Queimada Cuiabana – a maioria das sessões acontece no Teatro da UFMT em Cuiabá, além do Prêmio Dira Paes.
Para Luiz Borges, cineasta e coordenador do CINEMATO há mais de 30 anos, realizar um dos festivais de cinema mais antigos do Brasil e do Centro-Oeste é um desafio constante. A cada edição enfrentamos dificuldades de produção e outros obstáculos, mas as conquistas e contribuições do evento para o cinema brasileiro e mato-grossense nos motivam a seguir em frente. O CINEMATO impulsionou a realização de filmes em todo o país e especialmente em nosso estado, além de contribuir para a formação de técnicos e profissionais do audiovisual e a construir uma plateia importante para o cinema brasileiro.
Abertura
O evento abre no dia 14 de julho com uma sessão especial do documentário restaurado “Amazonas, o Maior Rio do Mundo”, de Silvino Santos – que contará com uma trilha sonora ao vivo executada pelos musicistas Henrique Santian e Jhon Stuart. Realizado entre 1918 e 1920, o filme retrata a paisagem, os ciclos econômicos e o cotidiano ribeirinho da região em impressionantes imagens em preto e branco. A obra, considerada perdida por quase um século, foi redescoberta em 2023 na República Tcheca. A sessão também marcará o início da homenagem oficial ao cineasta luso-brasileiro, autor de clássicos como “No Paiz das Amazonas” (1921), que documentou as relações de trabalho e as transformações na floresta durante o ciclo da borracha.
Filmes em Competição
Neste ano, 21 filmes – 6 longas e 15 curtas nacionais – foram selecionados para concorrer ao Troféu Coxiponé, inspirado na etnia bororo que habitava as margens do Rio Coxipó, símbolo da resistência cultural em Mato Grosso. A curadoria priorizou obras com diversidade estética e narrativa, protagonismo de grupos historicamente invisibilizados e conexões com o tema da Amazônia decolonial.
Os longas da Mostra Competitiva são “Mawé”, de Jimmy Christian (AM), ficção que narra o conflito de uma jovem indígena entre os rituais de sua aldeia e a vida urbana; “Pedra Vermelha”, de Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt (SC), documentário que acompanha comunidades impactadas por megaprojetos no Sul do país; “Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta”, de Marco Altberg e Tainá de Luccas (RJ), que mergulha no pensamento cosmológico yanomami; “O Silêncio das Ostras”, de Marcos Pimentel (MG), um ensaio sensorial sobre luto e meio ambiente; “Concerto de Quintal”, de Juraci Júnior (RO), que transforma a música em instrumento de resistência e pertencimento; “Serra das Almas”, de Lírio Ferreira (PE), que revisita a poética sertaneja em uma obra de ficção.
Já na Mostra de Curtas-Metragens, foram selecionados: “Maira Porongyta – o aviso do céu”, de Kujãesage Kaiabi (MT), “Albuesas”, de Glória Albues (MT), “Reagente”, de Bruno Bini (MT), “Cabeça de Boi”, de Lucas Zacarias (MG), “O Enegrecer de Iemanjá”, de Uê Puauet (PR), “Tapando Buracos”, de Pally e Laura Fragoso (AL), “Benção” (BA), “Dandara” (GO), “Coisa de Preto” de Pâmela Peregrino (SE), “Linda do Rosário” de Vladimir Seixas. (RJ), “Marcos, o Errante” de Thiago Brandão (BA), “O Último Varredor” de Paulo Alípio e Perseu Azul (MT), “A Nave Que Nunca Pousa” de Ellen de Morais, (PB), “Arame Farpado” de Gustavo de Carvalho (SP), “Mãe” de João Monteiro (RS).
A programação traz ainda a Mostra Hors Concours que exibirá obras recentes e premiadas, como: “60 Anos Depois”, de Flávio Ferreira (MT), mostra as profundas cicatrizes deixadas pela ditadura nos anos 60 no Brasil, “Cobra Canoa”, de Enio José de Oliveira Staub (AM/ 2025), Doéthiro Álvaro Tukano retorna ao Alto Rio Negro no Amazonas em busca de seus ancestrais;”Peixe Morto”, de João Fontenele (CE), dois amigos caminhoneiros enfrentam um problema mecânico e são ajudados por uma mulher, e “Passárgada”, de Dira Paes (RJ), uma ornitóloga solitária de 50 anos mergulha em uma viagem sensorial de resgate dos seus desejos. Para completar, a Sessão Queimada Cuiabana exibirá “Passagem Secreta”, de Rodrigo Grota (PR), filme com Arrigo Barnabé, que mostra a trajetória de Alice que é obrigada a se mudar sozinha para uma pequena cidade.
Antes do inicio da Mostra, o Cinemato realiza, desde de 1993, o Cinema Paradiso que leva filmes a presídios, hospitais e abrigos, ação que transforma o cinema em ferramenta de reabilitação social e humanização, e o Cinema Itinerante, promovendo exibições gratuitas em bairros periféricos, aldeia indígena e quilombo.
Prêmio Dira Paes
Na cerimônia de encerramento, marcada para o dia 20 de julho, a atriz Dira Paes retorna ao festival onde recebeu seu primeiro prêmio de Melhor Atriz em 1996 por “Corisco & Dadá”. A artista entregará pessoalmente o Prêmio Dira Paes, que homenageia mulheres com atuação de destaque no audiovisual e em causas socioambientais. O nome da homenageada desta edição será revelado no palco, como parte da celebração de trajetórias que transformam o cinema brasileiro.
30 anos de história
Desde sua primeira edição em 1993, o Festival de Cinema de Cuiabá (originalmente Mostra de Cinema e Vídeo de Cuiabá) surgiu como um ato de resistência cultural. Em um estado onde as salas de exibição se limitavam a um único cinema comercial, o evento ousou trazer o cinema nacional para as plateias mato-grossenses, revelando-se não apenas um espaço de exibição, mas um projeto pedagógico e político que transformou a cena cultural local.
O evento formou gerações que hoje atuam no audiovisual mato-grossense e brasileiro. O Cinemato foi palco de primeiras consagrações de grandes nomes como Dira Paes, que recebeu aqui seu primeiro prêmio de Melhor Atriz por “Corisco & Dadá” (1996), Fernando Meirelles, premiado por “Domésticas” (2001) antes de ganhar o mundo com “Cidade de Deus” (2002), e Hilton Lacerda, diretor e roteirista de “Tatuagem” (2014), entre outros.
Com realização do Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação, patrocínio do Governo do Estado de Mato Grosso, via Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), parceria com a Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev – UMFT), Primeiro Plano Cinema e Vídeo e Canal Brasil, tem o apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Secretaria Municipal de Cultura, Cineclube Coxiponés -UFMT, Curso de Cinema e Audiovisual da UFMT, Rede Cineclubista de Mato Grosso (REC-MT), TV Centro América, Cinemateca Brasileira e Sociedade Amigos da Cinemateca que entram mais uma vez como apoiadora do Festival, onde vai ceder parte do acervo de Silvino para ser exibido nesta edição.
SERVIÇO
22ª edição do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá – CINEMATO
De 14 a 20 de julho de 2025
Teatro da UFMT – Cuiabá (MT)
Entrada gratuita
www.festivalcinemato.com.br
Instagram: @festivalcinemato
Cultura
Desfile Solidário une moda e solidariedade em Cuiabá.

Na próxima sexta-feira, 14 de junho, a moda infantil se une à solidariedade em um desfile beneficente promovido pela loja Art Kids, com apoio do Instituto Sow. O evento, que acontece às 18h na Arena Pantanal, convida o público a participar com a doação de 1 kg de alimento não perecível, que será destinado às famílias atendidas pelo projeto
Brasil, junho de 2025: Mais do que um desfile de moda, o evento que acontece no próximo 14 de junho, às 18h, na Arena Pantanal, será uma noite de esperança e inclusão para dezenas de crianças em situação de extrema vulnerabilidade social. Idealizada pela loja ArtKids, em parceria com o Instituto Sow, a ação terá entrada solidária de 1 kg de alimento não perecível, com toda a arrecadação destinada às famílias atendidas pelo Instituto — reconhecido pelo trabalho incansável no enfrentamento à fome e à desigualdade.
Vinte e cinco crianças do bairro Jardim Mato Grosso, em Várzea Grande, acompanhadas pelo Instituto, ganharão o look completo e subirão à passarela ao lado de outras 50 crianças da sociedade cuiabana. Para muitas delas, será o primeiro contato com esse tipo de experiência — um momento único capaz de fortalecer a autoestima e criar memórias positivas em meio a realidades tão duras.
“Nosso objetivo é levar esperança. Queremos que essas crianças saibam que elas importam, que são vistas, e que têm o direito de sonhar. A fome dói, mas a indiferença machuca ainda mais. Por isso, cada ação do Sow carrega não só doações, mas dignidade, afeto e presença”, afirma Sheila Zanchet, fundadora do Instituto.
O Instituto Sow, com sede no Centro-Oeste, tem ampliado seu impacto em várias regiões do país. Atua ao longo do ano em sete grandes frentes — incluindo campanhas como Páscoa Solidária, Mês das Mães, Arrecadação Escolar, entre outras — sempre com foco em acolhimento, cultura, educação emocional e combate à fome. O trabalho envolve desde a distribuição de cestas básicas até ações de desenvolvimento humano, em parceria com empresas e voluntários engajados.
Em Mato Grosso, estado com um dos maiores PIBs agroindustriais do país, os números revelam uma realidade dura: 37,4% das crianças de até 4 anos vivem em insegurança alimentar grave. O Instituto Sow atua justamente onde os dados ganham rostos e nomes — como os das crianças que estarão no desfile.
Uma delas, ao ser escolhida para participar do evento, enviou uma mensagem à professora: “Muito obrigado por essa chance, tá? Eu te amo muito. Obrigado por me inscrever no desfile da Arena Pantanal. Muito obrigado por tudo que a senhora fez.”
A frase, dita com simplicidade e gratidão, resume o impacto que um gesto pode ter na vida de uma criança.
Mais do que vestir, o objetivo é marcar memórias positivas e fortalecer a autoestima dessas crianças por meio da experiência. “Queremos que elas se sintam valorizadas, parte de algo bonito e especial. Nosso propósito é mostrar que somos todos iguais, independente da origem ou da condição social”, destaca Sheila.
A sociedade cuiabana está convidada a participar e contribuir. Cada alimento doado será destinado às famílias das crianças atendidas pelo Sow, que estão na fila de espera por auxílio. Porque quando a fome bate à porta, não dá para esperar.
SERVIÇO
📍 Desfile Solidário – Moda que Transforma
📆 Data: 14 de junho (sexta-feira)
⏰ Horário: 18h
📌 Local: Arena Pantanal – Cuiabá
🎟 Ingresso: 1 kg de alimento não perecível
🤝 Toda arrecadação será destinada ao Instituto SOW
Como apoiar o Instituto SOW:
Instituto Sow – CNPJ: 36.375.043/0001-07
💜 Chave Pix: (65)99618-0832
📍 Site oficial: www.institutosow.com.br
📲 Instagram: @institutosow
Cultura
Uma empresa que destaca no marketing: Mox Mídia do Brasil.

Hoje em dia, podemos afirmar que é fundamental ter um site profissional para vender online seus produtos e serviços, além de contextualizar o público sobre a sua empresa. Além disso, para grande parte dos negócios, o segmento online representa uma quantidade significativa das vendas, tanto orgânicas quanto via campanhas.
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Telefone/ Whatsapp: (41) 9 9735-5599
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