Cinema
MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA EXIBE 18 FILMES EM LORENA
Festival acontece de forma gratuita até de setembro
* evento tem sessões abertas ao público na Unisal e na USP, além de exibições para estudantes em diversas instituições de ensino
* programação inclui títulos assinados por Estêvão Ciavatta, Fred Rahal, Laura Faerman e Marina Weis
* filmes premiados e com carreira em importantes festivais como IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest e Festival de Berlim
Até o dia 27 de setembro, a cidade de Lorena receberá a itinerância da 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, considerada como o mais importante evento audiovisual da América do Sul dedicado às temáticas socioambientais. Totalmente gratuita, a programação contará com a exibição de 18 filmes, incluindo obras premiadas e com carreira em importantes festivais nacionais e internacionais, destaques das edições mais recentes da Mostra Ecofalante em São Paulo e sessões para o público infanto-juvenil.
O evento terá sessões abertas ao público na Unisal e na USP, além de exibições educacionais na Faculdade Serra Dourada, no Colégio Drummond, na ETEC Padre Carlos Leôncio da Silva e em três escolas da rede estadual de ensino: EE Gabriel Prestes, EE Prof° Luiz de Castro Pinto e EE Prof° Francisco Marques de Oliveira Junior. A Mostra realiza ainda sessões para cerca de 2 mil alunos da rede municipal de ensino, que acontecem no período da manhã e da tarde na Unisal e na USP.
A programação completa do evento pode ser acessada no site ecofalante.org.br/programacao.
“Mulheres na Conservação”
Destaques da programação
A programação da Mostra Ecofalante em Lorena traz filmes nacionais e internacionais, incluindo obras de destaque das edições mais recentes do festival em São Paulo.
“Vento na Fronteira”, de Laura Faerman e Marina Weis, integrou a Competição Latino-Americana da Mostra em 2023; o filme acompanha a luta do povo Guarani-Kaiowá pelas suas terras, na região do Mato Grosso do Sul, que são objeto de disputa de grandes proprietários rurais.
Exibido nos festivais IDFA-Amsterdã e Sheffield DocFest, “As Formigas e o Gafanhoto”, de Raj Patel e Zak Piper, retrata a jornada de Anita Chitaya do Malawi à Califórnia, com o desafio de convencer os norte-americanos de que a mudança climática é real.
“As Formigas e o Gafanhoto”
“Uma Vez Que Você Sabe”, do documentarista Emmanuel Cappellin, trata-se de um alerta: para uma parte dos cientistas, a oportunidade de evitar mudanças climáticas catastróficas já passou. A obra, exibida em eventos na Itália, Reino Unido e Hong Kong, coloca a pergunta: como se adaptar ao colapso?
“Oeconomia”, dirigido por Carmen Losmann e selecionado para o Festival de Berlim, revela como as regras do jogo capitalista contemporâneo pré-condicionam sistematicamente o crescimento, os déficits e as concentrações de riqueza.
O canadense “Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis, exibido no festival HotDocs, é um documentário contundente sobre a falta de regulação da indústria cosmética e sobre o verdadeiro custo da beleza.
“Beleza Tóxica”
“Amazônia Sociedade Anônima”, de Estêvão Ciavatta, recebeu o prêmio One World Media Awards na categoria Impacto Ambiental. O documentário focaliza índios e ribeirinhos que, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a Floresta Amazônica.
“BR Acima de Tudo”, de Fred Rahal, trata dos impactos da possível expansão da rodovia BR-163, cujo traçado corta a floresta amazônica em direção à fronteira com o Suriname, projeto gestado durante a ditadura civil-militar (1964-1985).
Dirigido pela premiada diretora Cosima Dannoritzer, “Ladrões do Tempo” é uma coprodução Espanha/França que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte cobiçada. A obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida cotidiana.
Para o público infanto-juvenil, a Mostra exibe duas animações. “Meu Nome é Maalum”, de Luísa Copetti, conta a história de uma menina negra brasileira que enfrenta os desafios de uma sociedade racista e, com a ajuda de sua família, transforma a tristeza em orgulho por sua ancestralidade. Em “Vanille”, de Guillaume Lorrin, uma pequena parisiense embarca numa aventura cheia de mistérios em Guadalupe e faz as pazes com suas origens.
“BR Acima de Tudo”
Realização
A itinerância da 12ª Mostra Ecofalante de Cinema em Lorena é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O evento é uma apresentação da Valgroup, tem patrocínio da BASF e da Taesa e apoio da Drogasil. Tem apoio institucional da Prefeitura de Lorena (por meio da Secretaria Municipal de Educação), da Embaixada da França no Brasil, do Programa Ecofalante Universidades e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A Etec Padre Carlos Leôncio da Silva, Faculdade Serra Dourada, a Unisal e a USP são parceiras educacionais do evento. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.
Serviço
Mostra Ecofalante de Cinema – Lorena
18 a 27 de setembro
programação gratuita
ecofalante.org.br
Cinema
Vai até o dia 15/10 a 9ª edição da Mostra de Cinema Chinês de São Paulo| Gratuito.
Vai até o dia 15/10 a 9ª edição da Mostra de Cinema Chinês de São Paulo| Gratuito
***na programação filmes premiados como “É só por um tempo”, a animação “Boonie Bears: Viagem no Tempo”, e o documentário “De Trem Bala para a China”
Vai até o dia 15 de outubro no CCSP (Centro Cultural São Paulo), com entrada gartuita, a 9ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo, realizada pelo Instituto Confúcio na Unesp. O evento celebra cinco décadas da cinematografia chinesa, trazendo 14 filmes clássicos e contemporâneos que passeiam por diversos aspectos da sociedade e cultura do país.
Com a curadoria de Shi Wenxue, mestre em Ciências do Cinema pela Academia de Cinema de Pequim e Lilith Li, fundadora da LiLiMB Culture, a programação da Mostra de Cinema Chinês deste ano nos leva a uma viagem cinematográfica pela China, suas tradições, sua modernidade e sua visão de mundo.
A programação traz a beleza natural do Planalto de Loess no clássico “Vida”, de Tianming Wuatém, e o retrato do amor urbano contemporâneo em “À Espera do Amor”, de Shixian Wu. Já “Vidas Comuns”, de Yulin Liu Putong Nannu, explora as nuances da vida jovem e adulta na China moderna.
Em “Pós-verdade”, de Chengpeng Dong, vencedor do prêmio de Filme Mais Comentado do Ano no Weibo Movie Night Awards, o telespectador reflete sobre valores sociais atuais, e “Quatro Primaveras”, de Qingyi Lu, considerado um dos Dez Melhores Filmes em Língua Chinesa segundo a Associação de Críticos de Cinema de Shanghai, captura a essência das estações do ano e Sabores da vida usa a gastronomia como metáfora para as experiências da vida.
A seleção dos longas também inclui exemplos da crescente indústria de animação chinesa, como “Boonie Bears: Viagem no Tempo”, de Huida Lin, considerado um dos filmes de animação mais influente de 2024 no Douyin Movie Wonder Night e produções que celebram as artes tradicionais, como “A Lenda da Serpente Branca”, de Xianfeng Zhang, entre outros.
O evento traz outra novidade em 2024, parte da Mostra será exibida em algumas cidades do interior paulista, nos “Pontos MIS”, do Museu da Imagem e do Som, em nova parceria, entre os dias 21/10 e 11/11. A programação e lista de cidades serão divulgadas em breve.
Programação completa:
Serviço
9ª MOSTRA DE CINEMA CHINÊS
Até 15 de outubro no CCSP – Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 – São Paulo)| Sala Lima Barreto| 98 lugares
ENTRADA GRATUITA
Classificação Indicativa: Livre
Retirada dos ingressos: 1h30 antes da sessão
Programação
Quinta-feira, 10 de outubro
15h00: À Espera do Amor (107 minutos)
17h15: A Lenda da Serpente Branca (101 minutos)
19h30: É Só Por um Tempo (103 minutos)
Sexta-feira, 11 de outubro
15h00: Sabores da Vida (115 minutos)
17h15: Fora dos Palcos (123 minutos)
19h40: Pós-verdade (112 minutos)
Sábado, 12 de outubro
15h30: Vidas Comuns (110 minutos)
17h40: É só por um tempo (103 minutos)
20h00: Quatro Primaveras (105 minutos)
Domingo, 13 de outubro
15h20: Boonie Bears: Viagem no Tempo (108 minutos)
17h30: Vida (125 minutos)
20h00: O Fio da Espada (102 minutos)
Terça-feira, 15 de outubro
15h00: O Fio da Espada (102 minutos)
17h10: Retorno ao Tibete (109 minutos)
19h30: Vida (125 minutos)
Ciência
De 5 a 11 de outubro, o Sesc São Paulo amplia o alcance de um dos mais importantes eventos sul-americanos de produção audiovisual voltada para temáticas socioambientais: a Mostra Ecofalante de Cinema.
14 filmes de 6 países, em 9 unidades do Sesc no estado debatem questões socioambientais na Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema.
De 5 a 11 de outubro, o Sesc São Paulo amplia o alcance de um dos mais importantes eventos sul-americanos de produção audiovisual voltada para temáticas socioambientais: a Mostra Ecofalante de Cinema. A Itinerância do festival, com programação gratuita, leva um recorte da programação da Mostra, que aconteceu no mês de agosto na capital paulista, para o interior e litoral do estado.
As unidades do Sesc Bertioga, Birigui, Guarulhos, Itaquera, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Registro, Sorocaba e Santos serão palco de bate-papos e exibições de filmes que abordam temas como emergência climática, agricultura regenerativa, ativismo e direitos trabalhistas, entre outros, apresentados na 13ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema.
Entre os filmes internacionais, destaca-se “Solo Comum”. Premiado no Festival de Tribeca (EUA), o longa dirigido por Joshua e Rebecca Harrell Tickell aborda a agricultura regenerativa e seus benefícios para o solo, a saúde e a regulação do clima. A obra conta com a participação de celebridades como Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson e será exibida nas unidades de Ribeirão Preto, Itaquera, Mogi das Cruzes e Birigui.
Outro filme que circulará por diversas unidades – Santos, Ribeirão Preto, Itaquera e Guarulhos – é “Food, Inc. 2”. Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou sobre uma realidade preocupante: as refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais, com corporações multinacionais aumentando sua influência. “Food, Inc. 2”, de Robert Kenner e Melissa Robledo, revela que as empresas alimentícias apenas reforçaram seu controle sobre os supermercados. O filme acompanha agricultores inovadores, produtores de alimentos visionários, ativistas dos direitos trabalhistas e legisladores que enfrentam essas empresas para inspirar mudanças e construir um futuro mais saudável e sustentável.
O Sesc Ribeirão Preto recebe com exclusividade os títulos “Filhos do Katrina”, “Humano Não-Humano” e “Rowdy Girl: Santuário Animal”. O primeiro, vencedor do prêmio de melhor documentário de cineasta estreante no Festival de Tribeca, revela que o furacão Katrina não apenas destruiu parte de Nova Orleans em 2005, mas também transformou a vida de muitos jovens, incluindo o diretor Edward Buckles Jr., que tinha apenas 13 anos na época. “Filhos do Katrina” dá voz àqueles que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo. A relação do longa com as recentes tragédias no Rio Grande do Sul reforça a necessidade urgente da adaptação das cidades às mudanças climáticas.
O curta belga “Humano Não-Humano”, de Natan Castay, questiona a noção de humanidade por meio de um trabalhador que desfoca rostos no Google Street View por um centavo cada. O filme foi premiado como melhor curta-metragem documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica), recebeu menção honrosa no Doclisboa e foi selecionado para festivais como Gotemburgo, Helsinque, Visions du Réel (Suíça) e o Festival de Documentários de Montreal.
Em “Rowdy Girl: Santuário Animal”, de Jason Goldman, uma ex-criadora de gado do Texas se torna vegana e transforma o negócio de carne bovina de seu marido em um santuário de animais. O filme foi destaque no Hot Docs, um dos mais importantes festivais de documentários da América.
Birigui, Itaquera e Santos exibem “TikTok, Boom”, de Shalini Kantayya, uma ativista ambiental cujos filmes exploram direitos humanos na intersecção entre ciência e tecnologia. Lançada no Festival de Sundance, a produção traz histórias pessoais do aplicativo mais baixado do mundo, contadas por nativos da Geração Z, jornalistas e especialistas.
“Água é Vida!”, de Will Parrinello, será exibido no Sesc Piracicaba e Sesc Santos, e causou impacto no Festival de Mill Valley (EUA), onde venceu o prêmio do público. Com a participação de Diego Luna, o longa revela que, enquanto a mineração e as hidrelétricas ameaçam o abastecimento de água na América Central e do Sul, os povos indígenas lutam para proteger seus recursos e modos de vida. A câmera segue três líderes comunitários que enfrentam riscos de cárcere e assassinato enquanto lideram movimentos para proteger a água de empresas estrangeiras e governos corruptos.
As unidades de Guarulhos e Santos exibem “Plastic Fantastic”, da alemã Isa Willinger, que revela que plásticos estão por toda parte — existem 500 vezes mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas na galáxia. O longa participou de importantes festivais internacionais de documentários, como CPH (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e o Festival de Documentários de Munique.
Os padrões globais de cleptocracia e extrativismo são examinados no sueco “Breaking Social: O Fim do Contrato Social”, de Fredrik Gertten, presente na programação do Sesc Registro. O filme foca naqueles que quebram o chamado contrato social e recorrem a paraísos fiscais, colhendo lucros sem retribuir à sociedade. A obra circulou nos principais festivais de documentários, como IDFA (Amsterdã), Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH (Dinamarca) e Dokufest (Kosovo).
A coprodução EUA/Quênia, consagrada no Festival de Tribeca, onde foi eleita melhor documentário e venceu o prêmio de melhor fotografia, “Entre as Chuvas” será apresentada no Sesc Piracicaba. Filmado ao longo de quatro anos, a obra foca em uma comunidade queniana cuja infância se vê presa em uma cultura tradicional vítima das mudanças climáticas. Um jovem pastor questiona não apenas seu caminho como guerreiro, mas também a erosão cultural que moldou sua vida. A direção é de Andrew H. Brown e Moses Thuranira.
Outra coprodução, entre Brasil e França, “Samuel e a Luz” será exibida nos Sesc Bertioga e Guarulhos, mostrando o impacto da chegada da eletricidade e do turismo no cotidiano de um vilarejo de pescadores na costa de Paraty (RJ). Dirigido por Vinícius Girnys, o longa foi vencedor do prêmio de melhor documentário e do Prêmio Feisal no Festival de Guadalajara (México), e recebeu o prêmio de melhor documentário na Mostra Internacional de São Paulo, além de participar de festivais como Visions du Réel (Suíça), Hot Docs (Canadá), Festival de Cartagena, Porto/Post/Doc (Portugal), Festival de Dublin (Irlanda), Cinélatino (EUA), Rencontres de Toulouse (França) e Movies That Matter (Holanda).
Entre os títulos brasileiros que compõem a Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema, destaca-se “Rejeito”. Com exibição programada nas unidades do Sesc em Bertioga, Piracicaba, Registro, Guarulhos e Sorocaba, o filme alerta que, após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam milhões de pessoas em Minas Gerais. A obra, dirigida por Pedro de Filippis, mostra uma conselheira ambiental confrontando o modus operandi do governo e das mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas. O filme acumula uma respeitável trajetória, tendo vencido o prêmio de melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO), o prêmio da juventude no CineEco (Portugal) e menção especial no Festival Indie Memphis (EUA).
O longa paranaense “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” será exibido nas unidades Ribeirão Preto, Sorocaba, Piracicaba e Bertioga e revela como, no coração da Floresta Amazônica, um povo originário está vivenciando o renascimento de sua identidade após décadas de escravidão e opressão. Desde o ano 2000, os Huni Kuin, da Terra Indígena Humaitá, começaram a resgatar sua cultura e modo de vida ancestral. Dirigido por Lara Jacoski e Patrick Belem, o filme foi vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (EUA).
No longa “Memórias da Chuva”, apresentado no Sesc Bertioga, o veterano cineasta cearense Wolney Oliveira retrata a população obrigada a abandonar uma cidade do interior para dar lugar à construção de um açude que abastecerá a capital do estado. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos; da velha cidade, só restaram lembranças. Exibido no Festival de Havana, o filme venceu o prêmio de melhor edição e o prêmio do público no Fest Aruanda.
Além das exibições, a programação — totalmente gratuita — inclui bate-papos e oficinas, com o objetivo de ampliar os debates e reflexões sobre os temas abordados.
A programação completa está disponível em sescsp.org.br/itineranciaecofalante.
Serviço:
Itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema
De 5 a 11 de outubro
Unidades do Sesc: Bertioga, Birigui, Guarulhos, Itaquera, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Registro, Sorocaba e Santos.
Grátis
sescsp.org.br/itineranciaecofalante
Sinopses:
* “Água é Vida!” (“Water for Life”, EUA, 2023, 91 min) – Will Parrinello
Enquanto a mineração e as hidrelétricas ameaçam o abastecimento de água na América Central e do Sul, os povos indígenas lutam para proteger os seus recursos e modo de vida. O documentário acompanha três líderes comunitários que enfrentam riscos de cárcere e assassinato enquanto lideram movimentos para proteger a água de empresas estrangeiras e governos corruptos. O direito à água potável é um problema global – na América Latina, tornou-se uma questão de vida ou morte. Com participação do ator Diego Luna.
Vencedor do prêmio do público no Festival de Mill Valley (EUA).
* “Breaking Social: O Fim do Contrato Social” (“Breaking Social”, Suécia, 2023, 92 min) – Fredrik Gertten
Todas as sociedades se baseiam na ideia de um contrato social. Nos é dito que se trabalharmos arduamente, se tratarmos os outros com respeito, se cumprirmos as regras, seremos recompensados. Mas há também aqueles que quebram as regras, que recorrem aos paraísos fiscais e colhem lucros sem retribuir à sociedade. O filme examina os padrões globais de cleptocracia e extrativismo.
Exibido no IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo), Festival de Documentários de Munique e Bergan (EUA).
* “Entre as Chuvas” (“Between the Rains”, EUA/Quênia, 2023, 82 min) – Andrew H. Brown e Moses Thuranira
Filme realizado em colaboração com a comunidade Turkana-Ngaremara, do Quênia, que busca compreender as experiências de uma infância presa em uma cultura tradicional que é vítima das mudanças climáticas.
Vencedor dos prêmios de melhor documentário e melhor fotografia no Festival de Tribeca; melhor documentário internacional no Festival de Calgary (Canadá); exibido no Sheffield DocFest (Reino Unido) e no Festival de Zurique.
* “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (Brasil-PR, 2023, 70 min) – Lara Jacoski e Patrick Belem
No coração da Floresta Amazônica brasileira, o povo originário Huni Kuin está experenciando o renascimento de sua identidade depois de décadas de escravidão e opressão, desde quando capturados nas florestas e proibidos de viver sua cultura. Foi apenas a partir do ano 2000 que os Huni Kuin da Terra Indígena Humaitá, começaram a se lembrar de quem eram ao se unirem a recordar de sua cultura e modo de vida ancestral e espiritual. Após mais de 20 anos de fortalecimento através da guiança do líder espiritual Ninawá Pai da Mata, as comunidades da Terra Indígena do Humaitá vivem hoje um ápice cultural.
Vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (ambos nos EUA).
* “Filhos do Katrina” (“Katrina Babies”, EUA, 2021, 79 min) – Edward Buckles Jr.
Em 2005, o furacão Katrina não apenas destruiu grande parte da cidade de Nova Orleans, mas também mudou para sempre a vida de muitos jovens. O cineasta Edward Buckles Jr. tinha 13 anos quando isso aconteceu. Neste seu filme de estreia, ele dá voz aos que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo da época.
Vencedor do prêmio de melhor documentário de diretor estreante no Festival de Tribeca; exibido no Festival de Zurique
* “Food, Inc. 2” (EUA, 2023, 94 min) – Robert Kenner e Melissa Robledo
Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou os sobre uma realidade preocupante: as suas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais. E, no entanto, como revela esta poderosa continuação, os senhores supremos das empresas e da alimentação apenas reforçaram o seu controle sobre as nossas quintas e lojas.
Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Telluride (EUA) e Docville (Bélgica).
* “Humano Não-Humano” (“En Attendant Les Robots”, Bélgica, 2023, 38 min) – Natan Castay
O Turco Mecânico foi um autômato construído no século 18 que venceu as cortes europeias no xadrez. Indignado com a sua derrota, Napoleão exigiu que se desmontasse a máquina e assim revelou a fraude: nas entranhas mecânicas estava um ser humano. Hoje, essa anedota deu nome à plataforma de micro tarefas da Amazon, a Amazon Mechanical Turk. Otto passa noite e dia desfocando rostos no Google Street View por um centavo cada. Ao lado de seus colegas, Otto mergulha em um mundo robótico que questiona a noção de humanidade.
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica); menção honrosa no Doclisboa; exibido nos festivais de Gotemburgo, Helsinque, Visions du Réel (Suíça), Festival de Documentários de Montreal e Festival de Curtas de Pequim.
* “Memórias da Chuva” (Brasil-CE, 2023, 76 min) – Wolney Oliveira
A população de Jaguaribara, cidade do interior cearense, distante 162 km de Fortaleza, é obrigada a abandonar sua cidade para dar lugar a construção do Castanhão, açude que vai fornecer água para Fortaleza. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos, da velha cidade só restou lembranças.
Vencedor do prêmio de melhor edição e prêmio do público na Mostra Sob o Céu Nordestino no Fest Aruanda; exibido no Festival de Havana.
* “Plastic Fantastic” (Alemanha, 2023, 102 min) – Isa Willinger
Sobre diferentes atores que lidam com a produção de plástico, por um lado, e com a sua eliminação, por outro. Torna-se claro que todos vivemos num sistema interligado.
Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e no Festival de Documentários de Munique.
* “Rejeito” (Brasil-SP/EUA, 2023, 75 min) – Pedro de Filippis
Após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. Uma conselheira ambiental do Estado confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas.
Vencedor do prêmio de melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO); prêmio da juventude no CineEco (Portugal); menção especial no Festival Indie Memphis (EUA); exibido no IDFA-Amsterdã, Cinéma du Réel (França), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Camden (EUA).
* “Rowdy Girl: Santuário Animal” (“Rowdy Girl”, EUA, 2023, 72 min) – Jason Goldman
Determinada a tornar o planeta um lugar melhor, a ex-criadora de gado do Texas, Renee King-Sonnen, transforma a operação de carne bovina de seu marido em um santuário de animais de fazenda, incentivando outros agricultores a fazer a transição da agricultura animal para a produção de alimentos à base de plantas.
Exibido no Hot Docs (Canadá) e no Festival de Hamptons (EUA).
* “Solo Comum” (“Common Ground”, EUA, 2023, 95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell
A solução dos agricultores regenerativos para trazer a saúde do solo em todo o continente e além.
Vencedor do prêmio Human/Nature no Festival de Tribeca; prêmio do público no Festival de Palm Springs; exibido nos festivais de Vancouver e Mill Valley (EUA).
* “TikTok, Boom” (EUA, 2022, 97 min) – Shalini Kantayya
Dissecando uma das plataformas de mídias sociais mais influentes do cenário contemporâneo, o documentário examina os aspectos algorítmico, sociopolítico e econômico, as influências culturais e o impacto do aplicativo. Embora o filme compartilhe um interesse genuíno na comunidade TikTok e em sua mecânica inovadora, traz também um saudável ceticismo em torno das questões de segurança, dos desafios políticos globais e dos preconceitos raciais por trás da rede.
Exibido nos Festival de Sundance, SXSW, Festival de São Francisco, CPH:DOX (Dinamarca) e no Festival de Zurique.
Informações para a imprensa:
Marina Reis l marina.reis@sescsp.org.br l (11) 2607-8455 l (11) 97633-1152
Cinthya Martins l cinthya.martins@sescsp.org.br l (11) 2067- 3855
Aline Ribenboim l aline.ribenboim@sescsp.org.br I (11) 26078559
Celebridades
Escola de Teatro Cria promove educação e inclusão para crianças do Caju e zona portuária
Atividades são gratuitas e acontecem em escolas públicas
A Escola de Teatro Cria está transformando a vida de 1.000 crianças e jovens do bairro do Caju e zona portuária, utilizando o teatro como ferramenta de educação e inclusão. Por meio do Método Cria, que combina elementos do teatro com a Pedagogia Waldorf, o projeto está presente em seis polos teatrais espalhados pela região e se tornou disciplina eletiva em escolas públicas da região.
Nas oficinas, as turmas são organizadas por faixas etárias, garantindo que as técnicas teatrais e os conteúdos educacionais sejam adequados ao desenvolvimento de cada grupo. A abordagem visa estimular o conhecimento, o raciocínio lógico, o equilíbrio emocional e a iniciativa para a ação.
“A metodologia do Método Cria é projetada para atender as necessidades específicas de cada faixa etária, proporcionando um ambiente de aprendizado que é ao mesmo tempo divertido e profundamente transformador,” destaca Laura Campos Braz, idealizadora e diretora artística do projeto. “Nosso objetivo é gerar um impacto direto nas escolhas de vida das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, possibilitando uma mudança significativa em sua comunidade.”
O público-alvo principal do projeto são crianças e jovens com idades entre 3 e 21 anos, residentes no Caju e arredores, em situação de vulnerabilidade social e que são estudantes da rede pública de ensino. Com o trabalho realizado, o Projeto Cria foi certificado como o primeiro Ponto de Cultura do Caju, um reconhecimento de sua importância na promoção da cultura e da arte na região e conquistou o primeiro lugar na categoria Arte Educação no edital de Retomada Cultural realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec).
“O reconhecimento como o primeiro Ponto de Cultura do Caju é uma prova do trabalho árduo e dedicação de toda a nossa equipe”, acrescentou Jaura . “Estamos comprometidos em continuar oferecendo oportunidades educacionais e culturais que façam a diferença na vida de nossos jovens”.
Para mais informações sobre a Escola de Teatro Cria e como apoiar esta iniciativa acesse https://projetocria.org.br/
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